sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Primeiras impressões?

Sinto rompimento, mas não nasci denovo, talvez tenha conseguido fugir do meu casulo de vidro, talvez, ainda esteja fugindo.
Não, fugindo não, saindo e se possivel, respirando ar puro.
Faço parte agora das estastisticas de jovens com segundo grau e ensino técnico profissionalizante, que não conseguiram um estágio e também da estatistica de jovens desempregados.
Meu mundo deixou de ser o mundo do incontado dinheiro do meu pai e da minha mãe, para ser o dinheiro contado e recontado a cada dia, a cada minuto, e os gastos calculados, quase tão importantes quanto os estudos dos calculos que vou precisar no vestibular.
Ainda
E talvez eu aproveitasse muito melhor qualquer coisa que fosse estudar, se me dedicasse apenas a isso, mas não, as minhas possibilidades, e hoje eu vejo isso muito mais claramente do que antes, não são essas. E nem sei se infelizmente ou felizmente, sei que , é um outro caminho, acho que entender aquilo que está dentro das minhas possibilidades é essencial para manter o meu caminho.
E por mais cidadões de papelão que venham e vão, ou um verdadeiro (e talvez proposital) exercito de desempregados, eu não me sinto triste de estar mais proximo dessa realidade, muito pelo contrario, seria negar minhas ideias aceitar um absurdo desse, que oportunidade melhor pra aprender , do que com o exemplo de vida dessas pessoas? Como posso me queixar de conhecer pessoas que desconhecem a própria sabedoria e conhecimento de mundo? E que me ensinam tudo o que aprenderam a cada momento, expresso, desde seus olhares, a maioria deles cansados, no fundo da alma indignados e confusos, até em suas palavras, que muitas vezes, carregam desabafos cheios de potencial!
Como eu poderia ousar denunciar a pobreza, a desigualdade social, as interminaveis injustiças do sistema, se não compartilhasse das angustias de vários outros seres humanos? Se não sentisse os meus próprios rancores com o sistema?
Me entristeço sim por esses problemas existirem, mas são os próprios problemas que dessa forma, me dão oportunidades e conhecimento para combate-los.
É assim que eu sigo e honro à minha maneira, grandes pessoas a quem muito respeito, e vou galgando os pés no meu próprio caminho. Portanto esperem!
Outras impressões virão...
Novos devaneios.

Transcisões...

Talvez um post não seja ideal, porque a maior parte das pessoas que lêem este blog compreendem muito bem meus motivos.
Falo principalmente para as pessoas que não acreditaram que era ou é possivel, mas para todos, porque eu sempre gosto muito quando "lêem meus pensamentos" (hahahaha)
E em primeiro deixo claro, que não acatei as suas sugestões porque não as ouvi, eu as ouvi , mas decidi não acatar, não significa que a opinão de vocês não tenha valor, eu apenas prefiri por uma escolha que fosse mais minha.
Eu sinto informar, mas já não estava escrevendo muito, mas escreverei menos, mais por falta de alcance , do que por falta de inspiração, os eventos em si me inspiram e quando as coisas começaram a acontecer ficarei ainda mais instigado e inspirado pra escrever aqui e quando as oportunidades aparecerem, certamente, escreverei.
E talvez eu tome um outro carater quando voltar,
Não sei ainda, já noto algumas mudanças, mas não sei exatamente aonde, será mais fácil pra vocês do que pra mim perceber.
Lembra do tocar o chão com as mãos, de ver o mundo com os próprios olhos?
Bom, pois é, estou pegando a minha mochilinha e fazendo o que posso pra satisfazer meus anseios.. eu , louco?
Sim, provavelmente. Mas ainda outro dia aprendi a fritar um ovo e já até abri minha conta no banco... Eu entendo a preocupação, não é pra menos e nem injustificavel, eu costumo pisar bastante nas cascas de ovos quando dou esses passos, mas eu escolhi e gostaria de arcar com as consequências disso, eu sei , muito bem, porque já sinto na pele, o quanto essa transição é díficil.
Mas posso dizer que com sorte, a maioria de vocês têm ao menos ideia dos meus motivos.
E talvez essas palavras ajudem vocês a entenderem meu silêncio.
Darei noticias...
Nem que seja por aqui.

Abraços fortes,


Thiago

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Cheiro de tempo...

Engraçada sensação.
Senti um cheiro estranho, primeiro achei que fosse o ambiente e procurei a fonte, não encontrei, não ali.
Mas achei de onde vinha, da memória.
Lá dos meus tantos aninhos de idade, numa praia, o cheiro da água salgada e do protetor solar, que marcaram pra mim o que eu chamo de "cheiro de praia".
Depois vieram outros, de coisas, pessoas, momentos.
Cheiro de suor, cheiro salgado que quase gruda no corpo, ou talvez estivesse grudado mesmo.
Cheiro de chuva! Aliás, de chuvas.
Desde umas finas, a lá Ouro Preto e umas outras, fortes, de uma terra quente e ainda por cima numa sorveteria, do lado de fora é claro.
Quase posso sentir o cheiro daquele frio.
E o cheiro de pessoas também me veio a memoria,
de lugares e de uma viagem de trem, de barco, de onibus e a pé...
Por que hoje?
Uma verdadeira revolução,
Meu nariz decidiu cheirar minhas memorias...

Ser ação na Imagem

Imaginação minha me serviu
Minha imaginação, não o ser vil...
Essa imaginação não me ser vil,
Não o servil
Mas minha imaginação viu!
Ou viu?
O viu!
É! Imaginação minha não foi...

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Propalítica...

Propaganda Política
Política Propaganda,
Propalítica,
Paralítica.

E lá vamos nós...
E nas folgas dos carros de som, fazendo paródias com todo tipo de canção para você decorar os numerozinhos de algum político, eu posto aqui meu desabafo e minha crítica.
Penso que a filosofia política fugiu do meu pais, ou que foi sequestrada pelos caras que elaboram essas musicas de campanha que não saem da nossa cabeça mesmo quando nós realmente precisamos que elas vão embora.
Infelizmente a competição mais ostensiva que ocorre entre os candidatos, não é a disputa ideológica, mas a disputa publicitaria, a propaganda se tornou o "carro-chefe" da política atual.
Já o debate e o confrontamento ideológico se escondeu em algum recanto pouco acessivel e desconhecido para a grande maioria do povo brasileiro.
Os partidos estão aos cacos, poucos se salvam, e vez ou outra aparece uma lei absurda que reduz ainda mais o acesso à democracia para os que estão de fora da gestão pública, estão de fora dos cargos políticos, ou seja, nós, os eleitores, aqueles que escolhem essas pessoas que definem sobre esta grande nação. E curiosamente é mais fácil ingressar em um partido político desses do que entrar em um show de uma banda ou coisa parecida, vê se o clássicos anuncios na internet: "Filie-se ao PX aqui" te pedem meia duzia de informações e de repente você passa a fazer parte de um Partido que também, teoricamente, teria um fundamento ideologico e um plano de gestão por trás de sua estrutura. Mas não para por aí, pode até ser fácil entrar, mas ser um dos "escolhidos" para pleitear um cargo de vereador, deputado, senador, prefeito, governador ou presidente é necessário estar na cúpula centra, ser escolhido pelo partido, escolha que nem sempre é feita de forma democrática.
Dessa forma, essa combinação absurda de falta de ética , malicia e poder demais cria uma falacia de democracia, votamos em pessoas que já foram escolhidas por seus grupos, que muitas vezes não permitem a ascensão de novas pessoas e ideias a política, restringem as escolhas dos cidadãos brasileiros por sua posturas dentro de seus partidos quaisquer que sejam, o comportamento geral é morno, em cima do muro, sem aprofundamento (e as vezes desconhecimento) de qualquer ideologia política, até mesmo a própria do partido, sem um plano de governo apenas repetindo o que o partido lhe manda repetir, com sua campanha definida muito mais pelo dinheiro que possuem ou por suas posições favoraveis ou não aos interesses da grande mídia "multinacional".
Para finalizar essa hipocrisia, eles sufocam o ciadadão brasileiro, com informações distorcidas, alienação de direitos como a comida, a dignidade, a educação, salario e trabalho descentes.
Com o trabalhador sem tempo para pensar em política porque mal consegue sustentar sua familia, com uma educação e saúde precarias, não consegue perceber isso tudo que acontece, o problema é que a grande maioria foi forçada a essa condição e uma classe mais ou menos média que a maioria prefere simplesmente não se mecher, "o sistema faz aceitar o absurdo assim como se aceita o frio no inverno".
Seu veneno é mental e sutil e nos controla paralizando nosso organismo, nosso senso crítico, nos embotando na "ditadura do senso comum".
E assim, como é possivel a democracia?
Quando um debate despreender mais trabalho do que a elaboração de uma música de campanha, quando "os políticos pararem de acreditar que os pobres se alimentam de promessas", e a Ideia superar a Imagem, ou ao menos começar, estaremos caminhando para a democracia.
E mesmo que não gostemos, vivendo em sociedade, a política é uma das nossas realidades, é uma das nossas partes, então fazer ela direito é fundamental para não ocupar-se mais do que o mínimo necessário para quem não gosta dela, e para quem gosta, para fazer fato seu verdadeiro proposito.

A Democracia começa no berço, na rua, na sala de aula, na vida e só depois , nas urnas.
Correu por mim como se não estivesse lá e em resposta ao que seu amiguinho ou irmão lhe disse afirmou:
-Mas se você não ganhou água, eu te dou a minha.
Tem 5 anos minha interlocutora