segunda-feira, 18 de março de 2013

Abraços de Outono...

Vem Outono, estende seus braços de vento sobre o mundo,
com tuas mãos gélidas, cata as folhas quasi-mortas das árvores,

 Tece um arrepio na pele que se encosta.
Faz um belo tapete marrom-amarelado, para mim;
                                                                             
                                                                                          [desvergonhe as Árvores]
E com seu sorriso de noites geladas...

                                                         [cabelos e as saias...]

E torna só o Sol, choramingando saudades de Verão,

                                              [e tudo seja esquecimento]

 Invejando os beijos estalados que tu distribui por aí,

                          [levados a-braços de vento]

 pálido, de paisagem, que Sol nos alcance com as pontas dos dedos.

 [beijos na nuca...]

 Outro arrepio.



 .

quarta-feira, 6 de março de 2013

divisões...

Guerra civil...
Se espalha pelo continente de mim.
Guerra fria , crua, de extermínio.

Traições e tréguas,
Mas sem visão de fim.
E a cada novo dia, o medo é o mesmo.
E a desconfiança, também.

Não sei quando nos traímos,
eu e eu mesmo, assim
Tão profundamente,
definitivamente.

Talvez não seja quando,
Talvez não seja onde.

E talvez, não haja porque.
Porque as fronteiras, as divisões,
são mitos criados pelo olhar...

Porque eu , e eu mesmo, não nos traímos.
Só discordamos, um pouco, levemente, na medida do que somos:
Um todo.

[O medo que se tem, de encarar o que há adiante,
de pular, ir, cair ou o que for...
Trocar qualquer coisa pelo que não seja,
Esse brinde diário à autodestruição...
Escolher.]