domingo, 29 de maio de 2011

Que saudade...

E eu sei que até é impotante uma certa distancia.
E que a saudade tem seu charme. Hoje eu sou pura saudade, mas uma saudade que não queria falar. Que não queria gritar que é, que queria ficar ali quietinha.
Sem te mostrar, por mais que você saiba, e bem.
Até se perder num abraço de segunda.
Jeitos de dizer-se sem dizer, transbordar-se.
Mas hoje, escapou...

"Que Saudade..."

E minha saudade virou meu jeito de dizer "Te Amo".


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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Assim despreocupados...

Ela se encostou no portão, como quem nada queria e hesitou em chama-lo.
Chamou. Ele veio descalço, andando pelo chão gelado da casa, seus pensamentos concentrados em louças. Abriu a porta. Sorriram. Se abraçaram por um tempo, um bom tempo, talvez, nem tanto pros dois, falaram sobre quaisquer flores, as louças continuaram lá, agora só eram lavadas, pelos dois, mas nem pensavam muito sobre elas.
Sentaram-se ao Sol na varanda, e contavam dos pássaros que sabiam, dos que não sabiam, e os insetos que eventualmente apareciam também - formigas, aranhas, lagartas, cupins (banquete dos passaros). Contavam, coisas e causos, desses e de outros tempos, de quaisquer cores e cheiros...

Era uma tarde ensolarada qualquer, e ambos tinham quaisquer coisas pra resolver, e se perderam ali, em horas de companhia e conversa.

E assim, como quem não quer nada, se deram as mãos...

E se perdendo, se encontraram...





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sexta-feira, 13 de maio de 2011

Vô...

E com seus acordes eu corro pra te acompanhar.
Conversamos com os dedos, e você repete pra mim uma música que não esqueço nunca.
E tudo começa com a sua risada, e termina na minha memória.
E no meu desajeitado acompanhar, vou atrás da sua arte, nossos dedilhados são nossas palavras. Nossos violões conversam por nós;

E acho que você nem sabe. Mas você disse, e ainda diz muito; E fica;

E um dia, eu ainda vou te imitar, pra contar e cantar teu violão Vô.
Pra contar pros meus netos, como a gente deu de conversar mesmo depois que você já tinha ido.


Que saudade.

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terça-feira, 10 de maio de 2011

Silencios de dentro...

Eu me perco de mim mesmo, nos abraços e sorrisos.
Me perco de mim mesmo na luz do Sol, nos treinos e nas palavras dos textos.
Me perco nos sabores dos beijos.
Eu quero me perder. Sou apenas um barulho por dentro, que não me deixa dormir.
Nas minhas procuras pra fora, grito por dentro - Calém a boca!

Só quero silêncio de mim. Um pouco menos de mim...

E desfrutar gostosamente a companhia das pessoas amadas...
A vivacidade dos treinos...
A amenidade dos dias...

O efêmero.


E me desencontrar...


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domingo, 1 de maio de 2011

Mundos e Cores...

E vemos o mundo, com essas lentes e cores, que se fizeram quase que junto com nossos próprios olhos, que se fizeram assim, no nosso tempo, nesses encontros e esbarrões que damos por aí.

Vivemos, nos espectros das cores que nos permitirmos enxergar...
E do jeito que vemos, criamos os mundos que nos são possíveis.
O que percebemos sobre o que vivemos e que nos permitimos viver;

Frequentemente acreditamos, demais, nas coisas que vemos, nas cores com as quais tingimos o mundo. Criamos os nossos. O mundo não precisa ser cinza ou rosa, importante é saber desconfiar dos próprios olhos.

Bom é sabermos brincar de roubar, as lentes um do outro para ver um pouquinho os mundos de cada um. Combinar as cores que tingimos o mundo, pra ver outros.

Nos abrirmos à possibilidade de conhecermos os mundos e as cores de cada nós.

E inventar outros...

Mundos e Cores...


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