sábado, 18 de outubro de 2014

Des pedaços

Não tenho andado. Vou caindo,

Aos pedaços,

Partes de mim, que não formam um todo.

Despedaçado...

Desforme

Desforra,

Despedida,


Vou me embora de mim...


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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Linha reta...

E eu tentei te segurar...
Me agarrava a sua perna, esperando que parasse, colocava todo o meu peso.
Mas mesmo assim, você continuava...

Então, eu comecei a te segurar pela cintura, cravar as duas pernas no chão pra tentar te atrasar, te deixar mais lento, mudar de direção, qualquer coisa...

Mas você continuou, como se meu peso, simplesmente não fizesse diferença.

Então, eu entrei no seu caminho, entrei na sua frente e tentei empurrar você pra trás.
E nós brigamos, e brigamos, e brigamos...

Eu esperava poder fazer você ver de outra maneira.
Ver outros caminhos, experimenta-los...

Por muito tempo eu acreditei ter esse poder, o poder de alterar o seu rumo.
E dolorosamente fui descobrindo que não. Fui descobrindo que até nos falarmos, já era um esforço enorme de nossas linguagens tão diferentes.

Você, e sua crença no "bem e no mal", nas pessoas boas e nas pessoas más, sua linha reta, sua organização.

Eu, e meu desleixo, todas as cores, e os infinitos de cada um...
a inexistência de alguém bom ou mau.

E o que você mudou, eu demorei muito a perceber, o que eu desejava, continuei a desejar.
Nossos conflitos tomaram outras proporções...

Você me disse que queria rumar para um abismo.
Que tudo o que desejava era seu próprio fim...

E eu via isso em você, e me desesperava.
Por tudo queria que as coisas mudassem para você.
Nem que fosse necessario mudar o eixo da Terra...

Mas... não foi possível... e depois de um tempo, de tanto nos acostumarmos à nossa oposição.

À beiras de seus abismos, você me olha, eu tento te segurar. Você caí, e me diz:

"A culpa é sua."

E desaparece...


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sábado, 4 de outubro de 2014

Em meio ao turbilhão de coisas que se partem e quebram,



E dos laços que se revoltam, desfazem ou refazem,

Em meio a todas as perguntas não respondidas

E todas as ansiedades à flor da pele...

Há uma calma que não me passa,

Uma tranquilidade, mesmo diante da tristeza, ou tensão...

Que não consigo descrever, nem mensurar...



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