terça-feira, 30 de agosto de 2011

e as flores no caminho... /3

E amar...

Quando presença já é lembrança,
e os dedos já não mais se entrelaçam
e já não caminhamos lado a lado,
Mas recordamos...

"recordar, do latim recordis,
fazer voltar a passar pelo coração"


Amar é planta que se cultiva nas fronteiras dos mundos...

E as flores no caminho....

Permanecem...


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domingo, 28 de agosto de 2011

flores no caminho... /2

E amar...
no presente que se caminha junto,
nesses passados que num dado momento se deram as mãos,
ver as flores da paisagem e esperar por ainda mais belas...
encantar-se pelo o por do Sol.

e pela vida.


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flores no caminho... /1

Esperança...

Que as flores nasçam na primavera, e que a colheita seja boa.
Que o filho seja forte! E a Lua linda!

Somos passados presentificados...
E como passamos, olhamos adiante, futuramos por aí....

Wondering if...

Vivendo "a la Koseleck" entre experiência e expectativa...






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esperanças...

quero mais que tudo
estar do lado
dar um abraço e dizer...

"ei menina...
não precisa ser assim..."

reforça loucamente meu desejo d'estar ao lado dela
minha vontade de ama-la cada vez mais...
e a vontade de preservar isso...
guardar numa caixinha...
pra que não mude...
não mude até ela ter abertura para mim no mundo dela...


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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Brincares...

É, não pudemos prevenir da dor, embora não possamos dizer que não tentamos. Era possivel?
Não é esperar de mais que dois assim, sempre tão errados dessem tão certo ao primeiro passo?
Não caímos para aprender a andar? E nossas brincadeiras? Esfolar os joelhos, as vezes até rachar alguns ossos, não fazem parte? Alguns tombos de bicicleta definem o seu aprendizado. E aprender a dançar acaba envolvendo alguns pisões no pé...

E se nas nossas brincadeiras infantis o importante era brincar, estar junto ali, naquele momento. Naquela inconsciencia infantil, alheio a qualquer tombo possivel, alheio até mesmo ao fim da brincadeira. Por que é tão díficil em relação ao amor? Por que não levamos essa expectativa para nossas vidas?

Talvez precisemos brincar mais. Não sei...

Sinto sua falta. E das nossas brincadeiras...

"AH! Te odeio, praga!"

"Sua doida!"

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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Apegar-se...

Nos apegamos, uns aos outros, e nos apegamos pra depois desapegar.
É estar junto, pr'aprender a deixar a ir.

Viver um tempo junto e depois... não.

E a gente de um jeito ou de outro, acaba sentindo falta... perdemos uns pedaços...
Passam, mas também a fazer parte de nós.

E assim nos recompletamos
e indo acabaram ficando.

E nos fazemos, em mãos dadas que se dão e que se separam.
Nos sorrisos e abraços que não sendo, são.

Díficil dialética da vida...

Aprender desaprendendo,
Vivendo a morrer....


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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Mas as cores em rio...

Cores que tentaram fazer ser maior que todas as outras cores.
Cores de verdades. Branca, da luz das palavras santas, ou vermelhas da verdade classista, azuis-liberais, ou Amarelas como o Rei-Sol. Hermetizadas no aparato cientifico: é o "mundo" ali, expresso em suas analises acreditam - é o entendimento do mundo reduzido a um tubo de ensaio preenchido com a cor que mais lhe for conveniente.

Não raro, não entendemos que não são só as cores, mas seus movimentos, suas misturas, ao longo de seu tempo, não nos seus modelos, nos seus tubos de ensaio - Mas o inapreensivel do mundo, todas as cores sendo em seu momento, se misturando, e se encontrando, no caos de nossas vidas, no caos de tantos mundos.

Aquilo que não nos cabe, em palavras ou em dimensão, nos faz pequeninos - encantados -, assombrados, arrogantes ou não, com os mistérios de tantas cores.

Cores em movimento, como um rio.



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