sábado, 27 de dezembro de 2008

Feliz Fim de Ano

Uma coisa curiosa me aconteceu hoje: algumas semanas atrás perdi a posse de meu celular, junto com ele algumas mensagens que eu realmente gostava de rele-las, uns números importantes de pessoas, uns lembretes cotidianos, anteontem minha mãe e Miriam faxinaram a casa e encontraram um antigo aparelho celular que era meu, e quando liguei lá estavam, há, mensagens dos meus amigos ao longo de 2007 e 2008, lá estavam as mensagens de janeiro de 2008, do final de 2007, e graças a um infortunio grande, tive a oportunidade de rele-las, e é realmente bom podermos tocaro passado dessa forma, pelo menos, muito me agrada essa oportunidade.
E as mensagens me lembraram 2007, que me parece absurdamente distante e o começo de 2008, que foi prá lá de intenso, e as primeiras mensagens desse ano, recebidas de Luiz, Ana, Olga, Pri, Jojo, minha mãe e minha mana a Tainá, estavam lá e reconstruiam cenas inteiras em minha mente: Da viagem de trem, dos dias chuvosos em Ouro Preto, da Chuva!, das eternas monitorias de Inglês, da Eletrônica Analógica, das preocupações e expectativas. É muito bom poder relembrar isso tudo e com gosto me relembrar do Ano que é e foi 2008.
"Intenso por si só,
Nunca que demais,
Exaustivo ao final,
Esperançoso sempre"

E agora, vai chegando ao seu término e a expectativa de um novo Ano sempre renova animos e forças, fico por aqui, com expectativa de um 2009 tão proveitoso que 2008.

Abraços a todos e um Feliz fim de ano!

sábado, 13 de dezembro de 2008

Segundas impressões...

Depois de certo tempo passa-se a ignorar o fato de viver no 28º andar, ou pelo menos, não se apavorar com o fato.
Depois de certo tempo o zumbido das ruas se torna um initerrupto barulho e há um clima intenso de... velocidade? Talvez, eu chamo de correria mesmo.
Mas minhas origens me condenam: Sou fruto de um dos lugares mais "lentos" do mundo, então seria realmente natural que para minha referência, as coisasa fossem facilmente mais rápidas, o problema da impressão é que ainda assim, eu acho que é "rápido demais".
É como que se de tão rápido fosse, tão rápido é, que a vida nem se faz toda, mutila-se...
E lógico que nada é uma coisa só, então dá pra ter umas "amenidades" no caminho, só não são tão normais, ou frequentes, ou "naturais" como gostaria que fossem.
Meu maior problema se tornou o barulho e a cobrança, que acabou vindo grande parte de mim mesmo, pra entrar no ritmo, martelar o ritmo, enfim, depois começou a não dar muito certo, me senti "excesso", carregado de coisas, e fraco, e incapaz também, tudo isso ao mesmo tempo, e senti medo também.
Várias vezes.
O que me mais me chama a atenção, são as experiências incriveis que podemos viver, em várias esferas da vida. Se aprende bastante sim.
Mas quem na vida não quiz um tempo para voltar-se para dentro de si e se reorganizar.
Talvez um problema meu seja não gostar de estar em "desordem interna", apesar de "externamente" não ser muito organizado, quase nada.
E as dores?
Ah, doem, costumam doer com frequência e quase diariamente, alguns, já vi, tentam se acostumar e torna-las normais, outros, não. Fico no time de quem não tenta.
Tem dores que servem pra existir, e nos fazer "existir melhor".
Que dores? Ah, no meu caso, principalmente as dores cotidianas, os grandes contrastes e o absurdos das (des)humanidades.
Agora que aproveitei da minha inquietude (dessa vez é boa), do meu horário de sono desregulado, e da minha inspiração para contar-lhes essas experiências, deixo vocês aí lendo e vou dormir,

Boa noite a todos,

Thiago

Coisas de lembrar...

Já ouviram Espatódea do Nando Reis? Estou ouvindo agora, e me vem a cabeça umas coisas...
Essas coisas de memória são engraçadas, a cada momento tem suas peripécias.... E de forma engraçada essa música, tem algumas semanas, tem me feito muito lembrar de você e curiosamente, não sei se foi minha atenção que aumentou, mas eu tenho ouvido esta musica várias vezes "por acaso"....
Numa rádio... num clipe... na lista de músicas do meu irmão... ou até mesmo na rua.
E essa saudade que me aumenta?
E essa inquietude que não acaba? E essa vontade de cuidar, de proteger, de estar por perto?
Que eu faço com isso?
"Não sei se o mundo é bão, mas ele está melhor, desde que você chegou...
E perguntou, tem lugar pra mim?"
"Não sei se o mundo é bão, mas ele está melhor, porque você chegou
e explicou um mundo pra mim..."
"Não sei se o mundo está são, mas do mundo que eu vim já não era..."
E a sua voz? Cadê? E seus abraços, recados, telefonemas, aparições subitas?
E as minhas vontades loucas de carregar leite, ou explicar algo, talvez, lavar uma louça?
Que saudade disso tudo. O mais engraçado é que a história dessa música não tem tanto sentido para me lembrar de você... Mas lembra.
Me lembra as conversas longas, os encontros esperados, as diversas cartas trocadas
Me lembra você, com sono, dando gargalhada, me dando um abraço espontâneo...
O sorriso, os olhos, o rosto, o jeito de andar e pensar, que praticamente se traduzem um noutro.
Coisas que só você sabe fazer...
E permitam-me a modificação na letra...
"Minha cor, meu amor, minha calma..."

Saudades intensas,

Do seu amigo e companheiro,

Thiago.

sábado, 6 de dezembro de 2008

O Capitalismo e a Crise...

Crise no sistema, crise financeria, desvalorização das bolsas, pacotes para empresas privadas, medidas do governo para salvar a economia, aumento dos preços, férias coletivas, demissões...
A grande maioria dos trabalhadores só têm uma idéia, provavelmente, dos últimos três termos que disse, uma pena eu diria, afinal, se entendessem, entederiam o cumulo do absurdo.
Começa com a grande diminuição do poder de compra da classe média norte americana, o frequente endividamento das familias, a hipotecagem das casas para salvarem-se das dívidas, depois disso o descompasso do aumento da inflação (que eleva as taxas e o custo de vida) com o aumento dos salários, leva 30% das familias americanas a contrairem dividas na hipoteca, o sistema começa a entrar em colapso: os bancos se vêm com um grande problema financeiro devido à inadimplência, para sanarem as dívidas vários moradores vendem suas casas, ou as "dão" para o banco como forma de reduzir a divida, porém com o grande número de imoveis que entra nessa situação o preço dos mesmos caem, bancarrota sequencial de bancos norteamericanos, outros setores financeiros obviamente começam a ser afetados.
A crise se agrava, atinge dimensão continental e agora mundial e o que vemos?
Competindo com os absurdos da crise, vêm os pacotes bilhonarios, vã tentativa de amenizar o problema da crise: A crise têm suas raízes entravadas na lógica capitalista, o acumulo de capital como objetivo, meio e fim do sistema, logo, o emboprecimento frequente de uma classe, o excesso de capital nas mãos de um grupo reduzido, nas mãos de uma classe.
A contenção real da crise dentro do sistema, se dá na "queima", "destruição" de capital, ou seja, destriuição de forças produtivas (empregos e seus trabalhadores) e produtos (frutos do trabalho), desestabiliza-se o mercado internacional e consequentemente o mercado interno da grande maioria (para não dizer todos) os países, fica exposta aí a fragilidade do sistema capitalista. Fragilidade ou lógica? 1929 ~ 1960 ~ 1980 ~ 1998 ~ 2008 São meras coincidências devido a algum problema externo, ou outra coisa? São anomalias? Ou ciclos?
É por isso que não acredito na "humanização do sistema capitalista".
Um sistema que ciclicamente leve a humanidade para uma situação de caos intenso, que ameaça inclusive a sobrevivência desta, que opera unicamente sobre a lógica da acumulação de bens, da supervalorização do individuo sobre a sociedade, da liberdade de uns em detrimento da liberdade da maioria, aliás, da própria liberdade submissa ao capital.
Essa crise ainda não tomou suas proporções mais terriveis, mas chega a nós a passos que a mídia não tem tanto interesse em divulga exceto como pequenas notas "insignificantes".
Mas na lógica capitalista, quem paga a conta da crise economica? Quem perde os empregos?
Observa-se: 15% do PIB da União Europeia utilizado para salvar monopólios financeiros, nos EUA as contas já chegam a 33% do PIB deste país e no Brasil, a Caixa Economia Federal têm aval governamental para comprar ações (em geral "títulos podres" de empresas falidas!) para salvar empresas quem muitas vezes nem nacionais são, sequer estatais, até mesmo a Petrobrás sentiu os duros efeitos da crises que aos poucos se agrava, nenhuma medida, nem sequer uma mera medida provisória, foi feita para proteger os empregos dos trabalhadores, seus interesses, sequer preservar o preço dos alimentos.
A quem nesse país, serve realmente o Governo, a quem serve, nesta lógica, o Governo da grande maioria de países?
Quem não acredita que essa crise seja um fruto desse sistema, por favor, prove.

Eu poderia escrever mais, muito mais a respeito, mas quero tentar reduzir um pouco o post, na esperança de que ele seja mais "livel" que o normal.

Enfim, vou me...

Até a proxima (que virá em breve),

Thiago

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A Esquerda Unida...

...Jamais será?
Uma charge do artista Carlos Latuff propõe uma critica que gostaria de analisar.
Afinal, não é mentira se pararmos para pensar bem em nossas posturas e não acho perder tempo reavalia-las e propor novos comportamentos.
Somos muito poucos para nos desunir: Além das inumeras perseguições que datam do surgimento dos socialistas utópicos, passamos, durante o século 20 uma dura batalha contra dois grandes oponentes - o Capitalismo e nossos vicios e transviamentos- quantos foram os comunistas que na verdade de nada possuiam, em um carater , uma moral, realmente preocupada em construir uma Sociedade mais humana, que se consternavam realmente com os problemas do mundo e se dedicavam a lutar contra eles? Quantos foram os que fizeram de seus países, aproveitando-se de regimes autoritários, um governo que lhes apetecia? Quão distante das massas não ser tornaram vários desses governos? E a sabotagem da URSS, o capitalismo de Estado controlado pelo Paritdo Comunista Chinês, os vários pseudo-comunistas em várias partes do mundo, que muito mais fizeram por sua ansia pessoal de poder, do que algo realmente pelo povo, pelo poder popular? Em quantos partidos nos fragmentamos, em quantas correntes nos dividimos? Quantas vezes caimos na ilegalidade e vimos nossos companheiros sendo perseguidos e mortos? Até mesmo a palavra Comunista, a palavra Comunismo, causa medo em muitas pessoas ainda, a grande maioria delas nem sequer faz idéia do que é uma sociedade Socialista e a construção do Comunismo, a maioria daqueles por quem lutamos não entende sequer que lutamos por eles, aliás a direita fez uma antipropaganda excelente contra nós, até hoje somos vistos como "terroristas", "violentos", "autoritários" entre outras coisas mais.

E as inumeras correntes que nos dividimos? Na raíz, não lutamos pela mesma coisa? As diversas "linhas" não levam a um mesmo final? E nosso apego excessivo, que frequentemente ocorre, a idolos do passado, nos fragmenta mais ainda e pequenas divergências se tornam motivos de rixas inacabeveis.
Quem sai perdendo com isso tudo, se não nós mesmos e a nossa luta?
Não podemos mais perder tempo criticando as correntes uns dos outros, aqueles que estão convictos do que querem devem lutar juntos!
Precisamos nos unir novamemente! Nós , os comunistas, independente da "linha", do "partido", do "ídolo", lutamos todos por uma única causa.
E bem sabemos: aqueles que não estão dispostos a travar uma luta séria, não conseguirão acompanhar os passos daqueles que realmente tem a intenção de lutar, de mudar as coisas...

Não podemos nos esquecer jamais dos principios que nos orientam.
As idéias que nos orientam surgiram do profundo sentimento de compaixão com os outros, com cada ser humano, com a vontade de construir um mundo para cada um de nós, seres humanos, então, não percamos de vista nosso humanismo, não percamos também de vista, nosso senso-critico, nossa capacidade de analisar a sociedade a fundo, seus pontos criticos coloca-los em cheque, e também , as idéias dos comunistas não são verdades absolutas, não são um fator histórico inevitavel, não é um destino, é uma possibilidade que queremos dar a humanidade, acreditar que aquilo que acreditamos é uma "verdade absoluta", além de muito arrogante, é terrivelmente "anti-marxista", deixemos então, que a humanidade escolha se querem ouvir a proposta que temos.
Por isso a importancia da união: derrotar aos falsos conceitos que nos apregoaram, propor que as pessoas conheçam aquilo que pensamos como é, sem impor nossas idéias, mas acima de tudo, fanzendo com que elas reflitam acerca da sociedade e busquem por sua própria vontade, por sua própria consciência, a construção de uma sociedade melhor e naturalmente e por "convicção construida" muitos irão se juntar a nossa causa.

Se Marx um dia disse: "Proletários do mundo uni-vos."
Agora está na hora de dizer: Comunistas, uni-vos.

A vitoria do Socialismo está ligado intrisecamente à vitória da Democracia,

Saudações Comunistas,

Thiago