domingo, 22 de fevereiro de 2015

Escorrer a loucura...

Tenho feito muitas orações ultimamente.
Pedidos, feitos às escuras num quarto, ou em algum canto de minha mente.
Peço, silenciosamente, que toda minha raiva se torne tristeza,
Que toda culpa, vergonha, que toda sensação de desamparo, se torne tristeza
Porque é mais fácil lidar com a tristeza...

E que essa tristeza, que também é todas essas outras coisas, possa escorrer de mim.
Se essa tristeza precisa vir ao mundo de alguma forma,
Que seja na forma de gota, nas lagrimas de um chorar silencioso.
(Que são, nesse momento, o meu modo de gritar)

Nessa minha tentativa, um tanto perdida, muitas vezes frustrada.

De escorrer a Loucura.


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sábado, 14 de fevereiro de 2015

Longa-escrita

Como eu gostaria, algo entre o caderno e a tela de um editor de textos. Poder riscar no caderno, escrever na ponta da caneta sempre me dá uma ótima sensação, e as palavras fluem e as longas histórias que gostaria de contar se esboçam ali naquelas linhas. Mas , com frequência, pelo quantidade, e pelo cansaço, a letra se deforma, as palavras se confundem, as ideias se esmaecem, me perco no meu próprio oceano de palavras. Não sei do que disse, nem do que vou dizer, não há como localizar no texto e reler, com frequência, me faz recomeçar. A longa escrita tanto desejada, os contos, as narrativas, as histórias, são recontadas mil vezes, mas nunca terminadas, tampouco publicadas. Ah! Como eu queria algo, entre o papel branco do editor de textos e o caderno aberto sobre a mesa...


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Sobre a sede...

Com frequência, nosso esforço de nos auto-afirmar,
É também um esforço de saciar a sede
De afeto que nos aflige;


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