terça-feira, 25 de outubro de 2011

"eu quero beijos intermináveis...

até que os olhos mudem de cor..."






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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Mãos que encostam...

Num abraço aberto...
nossos passos juntos, sincronizados.

Num jeito meio sem...
Sem jeito, a gente...

(Incorrigiveis.)

Olhares que se encontram e desviam...
Reencontro na ponta dos dedos...


Silencios que dizem por demais...
(Calam fundo em mim.)



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domingo, 16 de outubro de 2011

alguns silêncios são mordaças...

Hmm... me desculpe, as vezes acho que calar...
É medo de admitir na voz algo que existe.
E achamos que não dar voz a essas coisas, não as deixará existir...

Achamos isso para nós. As vezes, pros outros também...

No fim das contas, queremos é nos convencer...
"não existem"...

E o não dito...

Acaba dizendo...


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Ah, mas coragem...

é inquietude esquentada em banho maria!

A gente vai, inquieto, inquieto, inquieto...
vai falano que queria ter coragem...
E uma hora


A gente tem...

ponto.

E faz...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

papel em água...

As palavras como água, derretem e se recompõem...
Tintas de aquarela, com quais pinto meus textos, meus pequenos fragmentos de mundo...

"Por que que a gente escreve se não é pra juntar os pedacinhos?"

E a cada reescrita, derretem-se as tintas já usadas em tons e intensidades diferentes...
palavras derretem... novas cores... fazem tudo isso por conta própria, independente do meu desejo de apenas reescreve-las...

Nada reescrito. Tudo reinventado.
A cada nova palavra, um quadro novo.

Reinventam-se.
Reinventam-me.


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memórias da gente, memórias das gentes...

memoriamos-nos, e em memória sendo, tornamos os outros também.
Nos somos, e os outros são, também assim, lembrares e esqueceres...
E a cada memória de nós, uma memória de mundos
...assim também, a cada esquecer.

Memórias que nos contam, memórias que contamos.
O que nos contam de nós. E nós, de nós mesmos.
E nesses movimentos lembramos...e esquecemos...

Por vezes ensinam duro esse fluído, tentando nos convencer de que é vitreo e definido,
assim, de "sendo" passa a "é", e o mundo, e nós mesmos, encerramos em definições.
Outros totalitarismos, de nós e dos outros.

Mas fluímos... através das rigidezas - nossas e dos mundos...
E nos lembrando ou esquecendo...


Nos reinventamos...


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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Com carinho, para a garota verde-vermelha...

Preciso que saiba, aceito sua decisão. Posso ir embora moça, mas deixe-me dizer, ouça. E se te couber em alguma medida... responda-me...

Eu não te acho culpada de nada. Não acho que deva sustentar qualquer dor por quer que tenha se passado entre nós. Você me marca de uma maneira muito positiva, e é uma pessoa... incrível.

Talvez, riria um cado mais, pudesse se levar menos a sério, e rir mais de si mesma - encantar-se mais consigo mesma.

Até hoje quando você me afasta, tem a mesma voz lá no fundo... "é melhor assim". A mesma noção de q você machuca as pessoas...


Moça... nossas vidas são tãooo arbitrárias... nos encontramos em um determinado ponto de nossas histórias... e nós, com todas nossa “estórias e historias”, com todas nossas experiências e visões de mundo... com todas os nossos mundos e cores... eventualmente esbarramos em lugares que doem, que machucam. Fazer o que?

É difícil lidar com o fato de que machucamos e somos machucados justamente (e talvez) muito mais pelas pessoas que amamos mais do que pelas pessoas q não fazem tanta diferença assim...

Minha vida foi isso... por mais que tenhamos falado pouco sobre nossas trajetórias... isso é importante pra nós dois, nos diz muito.

Ainda que eu ache que essas coisas possam ser pensadas pra nossas relações em geral com as pessoas. Nossa vivencia acaba como um bom exemplo... dessas incorrespondências... mas e aí, que que a gente faz?


Ças coisas contecem... =\ vai responsabilizar alguém pela dor?

Com esse tamanhão que a gnt tem? Vai apontar o dedo e colocar na balança da justiça os culpados e as vitimas?

Esses papeis não existem... ninguém é culpado... Somos responsáveis, mas unicamente pelo fato de nos permitirmos viver... nos permitirmos encontrar... e eu creio que por isso só precisemos sustentar sorrisos...

Acho melhor primar pela companhia, por compartilhar tempos e cores. E lidar com esse problema da dor.

Poder se ver como alguém com capacidade de ferir os outros, e também de ser ferida e isso não ser o fim do mundo...

Por que de uma maneira muito estranha, nos ferimos porque de uma forma nos preocupamos... é assim, de uma maneira muito evidente, entre nós.

No limite, não sei se é tão positivo assim, que queiramos que os outros estejam sempre inteiros, bem... acaba que... assim nos distanciamos, optamos por não interferir, por não nos relacionarmos...

E por mais que você tente negar essa dimensão de você com tanta força... negar acaba afirmando... "Quando alguém nega demais é porque tá tentando se convencer daquilo"...


Quando se afasta de mim, é de mim (só) que você se afasta? Ou é de você mesma? Das coisas q você sente e pensa? Por que não pode dizer? Por que fica aí engasgada com essa quantidade de coisas?

Cê se lembra? "Tem dias q eu oio nesses zói seu e eu vejo uma tristeza q das maiores que eu já vi na vida, donde vem isso?" Te perguntei uma vez...

eu vejo você... eu não to aqui pedindo pra você negar seus vários anos de vida, não to te falando que seu jeito de ver o mundo é errado, inclusive porque eu me APAIXONEI por tudo isso... Por você inteira...


Só digo que... Queria q você não precisasse sustentar toda essa angustia sozinha... Que você pudesse voltar a acreditar em coisas q você se sente e se sentir bem e feliz com isso... Queria q pudesse se perceber com outras lentes... talvez, roubar um pouco dos meus olhos... sentir orgulho de você... eu continuo te achando uma pessoa incrível...

eu não quero que mude... só quero dizer... só queria q me escutasse...

Pra eu poder concordar com você - e ir embora... ir embora tranqüilo comigo mesmo, sabendo que te disse o que precisava te dizer afinal.


Eu amo você hoje...

De hoje em diante, por todos os meus hojes...


"Amares que mudam, mas não morrem".

Sim, eu continuo a ver o mundo com óculos-cor-de-rosa.

Com saudades, despeço-me, esperando por primaveras onde possam florescer novas cores em nós.

Um abraço atemporal...


Thiago.