quinta-feira, 19 de maio de 2011

Assim despreocupados...

Ela se encostou no portão, como quem nada queria e hesitou em chama-lo.
Chamou. Ele veio descalço, andando pelo chão gelado da casa, seus pensamentos concentrados em louças. Abriu a porta. Sorriram. Se abraçaram por um tempo, um bom tempo, talvez, nem tanto pros dois, falaram sobre quaisquer flores, as louças continuaram lá, agora só eram lavadas, pelos dois, mas nem pensavam muito sobre elas.
Sentaram-se ao Sol na varanda, e contavam dos pássaros que sabiam, dos que não sabiam, e os insetos que eventualmente apareciam também - formigas, aranhas, lagartas, cupins (banquete dos passaros). Contavam, coisas e causos, desses e de outros tempos, de quaisquer cores e cheiros...

Era uma tarde ensolarada qualquer, e ambos tinham quaisquer coisas pra resolver, e se perderam ali, em horas de companhia e conversa.

E assim, como quem não quer nada, se deram as mãos...

E se perdendo, se encontraram...





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