quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Pesadelos... 1/


Loucura...


Estou louco, acordo várias vezes no meu quarto... qual deles?
Todos... e nenhum.
Todo o mundo se pinta e tons de cinza e não me lembro bem como cheguei até aqui,
sinto como se tivesse corrido, como se tivesse um peso sobre meu peito.

Meus amigos não me compreendem, querem me internar. Quem são mesmo?
[Quem sou mesmo?]

Sinto que algo que me devora por dentro...
E dissolverá tudo que eu vejo e fui,
lembro e amo,
em pó...


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domingo, 14 de outubro de 2012

riso...


E no riso leve, na companhia simples,
meus olhos aquecem alegrias,
 brilham como olhos de menino...

Encontro gargalhada causos despedida.

E uma tristeza fina que acorda no meu peito...
Nem sei d'onde, nem porque.


"Blackbird singing in the dead of night
Take these broken wings and learn to fly..."


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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Palavra...

Expressão 
 
Do tempo que habita em mim.
                                                   [Grito Silêncios afogados]
De todos e tudo o que há,
                                      [Fujo analiticamente das minhas objetividades]
que não sei,
                                                   [ Prolixamente navegando]
que existe,
                                       [Pessoa estava certo...]
nem quando.
                                                       [Navegar é preciso...]
Nem onde.

                                                                     [Viver não...]





Vontade;



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As palavras...

Faz tempo, muito tempo que meus textos começaram a derreter. Evito palavras muito firmes porque não queria que as pessoas vissem solidez aonde não existe, certezas aonde há mais dúvidas que todo o resto. Eu gosto das indagações e dos derretimentos. É verdade, se tornou quase impossível tratar de qualquer assunto específico e pontual no blog.  Bom, esta é a primeira tentativa em muito tempo, pra falar justamente sobre essas palavras.

Não gosto de palavras que me prendem, tenho uma preocupação muito grande em deixar o não dito mais presente no meu texto do que é necessário dizer. Inclusive porque - no final das contas - as pessoas entendem como for, é o entendimento delas, não meu. De qualquer modo, me preocupa um pouco aquilo que digo...

Esse blog, em seus primeiros passos , é um mar de reflexões solidas, teorias apaixonadas sobre o mundo, as pessoas e as coisas... É uma expressão de um determinado tempo de mim. De um certo Thiago com o qual este de agora, mais ou menos, dialoga, especialmente no que tange à escrita.

As teorias começaram a me incomodar e as duvidas que me invadiam e a unica regra que fiz para este blog tudo entrou em confusão: Minhas idéias não eram mais as mesmas, nem a convicção, nem a firmeza e as paixões, outras. As bravatas, a prosa e os projetos foram sumindo, derretendo...

Dando lugar às minhas inconsistências, às minhas dúvidas. O blog antes tinha como objetivo "comunicar para muitos", hoje não. E o mais irônico de tudo isso é que nos silêncios que me permito, as pessoas podem ser livres para se identificar ou não, ou melhor, identificarem-se à forma delas...
E isso, de uma certa maneira, diz mais.

As palavras são encantadas pelas pessoas à sua maneira...
Não existe uma interpretação objetiva, um motivo maior...

E tudo que preciso fazer é jogar tintas numa tela branca.

Quero das minhas palavras o que elas são:

Expressão...



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