quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Os descaminhos...

E estou aqui, com a ficha de inscrição na mão. Vestibular. Unicamp. 2014...
História, denovo? É... parece que sim, mas pra deixar em aberto a opção noturna é educação física. O que seria interessante também.

Diante da possibilidade real de ser jubilado (de novo), decidi me inscrever normalmente nesse inferno que é o vestibular. Não sei nem se tenho condições para passar... "mas se não passar e for jubilado, vai fazer o que?"

Não sei, sinceramente, a princípio quero sentir o impacto dessa realidade me tomar por completo, se for este o caso, é claro. Normalmente até preferiria passar... mas e se não? Qual problema?

Minha formação não depende que eu a termine exatamente nesse momento. E talvez existem outras coisas na minha formação que neste momento estejam mais importantes, do que as leituras, os trabalhos, a mesmice da acadêmia, e em especial da Unicamp. Estou cansado do IFCH, gosto das pessoas, e são o que mais me mantém por perto, as pessoas que conheci e posso vir a conhecer, os bons amigos e amigas encontrados por aqui. É o vinculo que me faz rastejar aqui dentro, quando meu coração já está fora... longe... nem sei aonde...

Meus olhos se perdem numa estrada pra qual não sei a direção. Não está no sentido daquela que estava percorrendo... O "trem do progresso" da universidade Estadual de Campinas, tem me dado nauseas, suas paisagens e palavras repetitivas. Recebi hoje um e-mail do Sistema de Apoio ao Estudante, me convidando para uma palestra cujo o título era: "Ser ou não ser, eis a questão: Como se tornar um leitor estratégico e potencializar sua aprendizagem?"

É uma versão auto-ajuda em palestra (não que já não existam) na versão "para estudantes universitários perdidos". Eles (ou um programa de computador) devem ter uma espécie de sorteio (um bingo!) pra chamar os aluninhos mais ou menos perdidos, ou totalmente perdidos, para tomar uma boa dose de auto-ajuda em palavras, ficar tudo bem e seguir produzindo/produtivo e - naturalmente - com um CR mais decente, trazendo mais orgulho, pra instituição, pra sim e pra família...

No semestre passado, já prevendo o meu fracasso acadêmico, eles (ou essa máquina) me mandaram um sobre "Como aproveitar melhor seu tempo e obter maior eficácia nos estudos?". O que me causou uma sensação de "taylorismo" inexplicavel... mas não fui a palestra... não me tornei mais eficiente... Acho que os únicos  recordes que atingi foram os recordes de ineficiência. Ou não... já que seria um paradoxo ser eficiente em ser ineficiente...

 "Tenho muitas perguntas para suas respostas..." me mandaram outro dia. A frase continuou voltando pra mim, semana passada e essa semana inteira. Estou cheio de perguntas... de dúvida... Se perder nunca é uma tarefa fácil, ao contrário do que muitos pensam. É ir contra o que é sóbrio, racional, com o que muitas vezes é considerado "correto"... é ter que lidar com a reprovação constante de suas atitudes... e a sua própria culpa... não o libertando de ser atingido por quase tudo o que houve... No final das contas, é realmente difícil não se importar com o que os outros dizem.. e me pergunto até que ponto é desejavel cultivar a proeza de "não ouvir..."

Acho, no entanto, que ouvir não implica em conceder. E aí está o conflito. Meu coração está cheio de dúvidas, eu nunca sei, nem terei como saber se este é "o melhor caminho pra mim"... no fundo, não sei se importa tanto que seja... mas a reprovação de pessoas que respeito, admiro... amo... é difícil de lidar.

Por outro lado, a culpa muda muito pouco a atitude. Eu não tenho certezas, nem argumentos para defender minha posição, poderia até escavar alguns, para me defender do que ouço vez ou outra (sobretudo, do que ouço de mim mesmo, ecoando na minha cabeça)... não quero. Sem justificativas... Estou cansado.

Quando tudo se torna difícil demais para lidar, eu vou pro quarto e durmo. Esqueço por um tempo. Melhoro um pouco, mas logo que acordo... me lembro... de toda forma, acabo...

Continuo...



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terça-feira, 10 de setembro de 2013

Sombras na parede...

Fico a imaginar, que seria de minha vida contigo?
O que seria de tua vida pra ela?

Sua sombra enorme sobre a parede tem formas que
assombram nossos sonhos e nossos pesadelos...

 És uma pequena sombra fantasma a nos pregar peças nas horas distraídas.
Será mesmo sombra? Ou assombração?

 Não... não serias a sombra, mas sua criadora.
Incógnita a projetar outra sobre nossas vidas...
Vida a se projetar sobre nossas incógnitas?

perguntas escondidas.
respostas não dadas.
surrussos e vozes baixas...


 Não carece preocupar,
São apenas as sombras na parede..
A nos pregar peças...
                                   [distraídos...]




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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Vó...

Ontem alguém me disse que quando alguém está muito doente, as vezes, só está esperando por um filho que ainda não conseguiu estar por perto, ou um neto quem sabe. Pra depois poder ir...

E você ainda me deu um tempinho pra chegar em campinas, descansar e ajeitar as minhas coisas. Espero que se encontre com Vô logo e de-lhe um abraço forte. Também com o Bisavô que tu tanto sentia falta, e com a Bisa, que me esperou também, antes de ir...

Leve as notícias daqui. Vá tranquila.

 Já estou com saudades.


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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

As respostas...

Os caminhos estão ali, apontados.
Prontos, definidos e separados.

Não faltam vozes para aponta-los;
Não faltam direções.
                                                     [e eu inteiro, descaminho.]

"Faça isso", "Por aqui", "é disso que você precisa"...

Sabem o que me falta, mais do que eu sei de mim mesmo.
Sabem para onde devo ir, mais do que eu mesmo.
Sabem respostas de perguntas que não fiz.

Repetem. Repetem e repetem...

As Respostas são, no geral, apenas uma máxima, que, se seguida seriamente, resultará de maneira inevitável
no alívio de qualquer angustia, de qualquer mágoa ou ferida. E a continuidade de qualquer misérias, seria fruto apenas da "falta de comprometimento" assíduo com essa verdade dita.

Olho com desconfiança para as linhas traçadas, para essas respostas dadas.


Minhas perguntas são tortas...
E nem sempre as conheço.




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