sábado, 27 de dezembro de 2008

Feliz Fim de Ano

Uma coisa curiosa me aconteceu hoje: algumas semanas atrás perdi a posse de meu celular, junto com ele algumas mensagens que eu realmente gostava de rele-las, uns números importantes de pessoas, uns lembretes cotidianos, anteontem minha mãe e Miriam faxinaram a casa e encontraram um antigo aparelho celular que era meu, e quando liguei lá estavam, há, mensagens dos meus amigos ao longo de 2007 e 2008, lá estavam as mensagens de janeiro de 2008, do final de 2007, e graças a um infortunio grande, tive a oportunidade de rele-las, e é realmente bom podermos tocaro passado dessa forma, pelo menos, muito me agrada essa oportunidade.
E as mensagens me lembraram 2007, que me parece absurdamente distante e o começo de 2008, que foi prá lá de intenso, e as primeiras mensagens desse ano, recebidas de Luiz, Ana, Olga, Pri, Jojo, minha mãe e minha mana a Tainá, estavam lá e reconstruiam cenas inteiras em minha mente: Da viagem de trem, dos dias chuvosos em Ouro Preto, da Chuva!, das eternas monitorias de Inglês, da Eletrônica Analógica, das preocupações e expectativas. É muito bom poder relembrar isso tudo e com gosto me relembrar do Ano que é e foi 2008.
"Intenso por si só,
Nunca que demais,
Exaustivo ao final,
Esperançoso sempre"

E agora, vai chegando ao seu término e a expectativa de um novo Ano sempre renova animos e forças, fico por aqui, com expectativa de um 2009 tão proveitoso que 2008.

Abraços a todos e um Feliz fim de ano!

sábado, 13 de dezembro de 2008

Segundas impressões...

Depois de certo tempo passa-se a ignorar o fato de viver no 28º andar, ou pelo menos, não se apavorar com o fato.
Depois de certo tempo o zumbido das ruas se torna um initerrupto barulho e há um clima intenso de... velocidade? Talvez, eu chamo de correria mesmo.
Mas minhas origens me condenam: Sou fruto de um dos lugares mais "lentos" do mundo, então seria realmente natural que para minha referência, as coisasa fossem facilmente mais rápidas, o problema da impressão é que ainda assim, eu acho que é "rápido demais".
É como que se de tão rápido fosse, tão rápido é, que a vida nem se faz toda, mutila-se...
E lógico que nada é uma coisa só, então dá pra ter umas "amenidades" no caminho, só não são tão normais, ou frequentes, ou "naturais" como gostaria que fossem.
Meu maior problema se tornou o barulho e a cobrança, que acabou vindo grande parte de mim mesmo, pra entrar no ritmo, martelar o ritmo, enfim, depois começou a não dar muito certo, me senti "excesso", carregado de coisas, e fraco, e incapaz também, tudo isso ao mesmo tempo, e senti medo também.
Várias vezes.
O que me mais me chama a atenção, são as experiências incriveis que podemos viver, em várias esferas da vida. Se aprende bastante sim.
Mas quem na vida não quiz um tempo para voltar-se para dentro de si e se reorganizar.
Talvez um problema meu seja não gostar de estar em "desordem interna", apesar de "externamente" não ser muito organizado, quase nada.
E as dores?
Ah, doem, costumam doer com frequência e quase diariamente, alguns, já vi, tentam se acostumar e torna-las normais, outros, não. Fico no time de quem não tenta.
Tem dores que servem pra existir, e nos fazer "existir melhor".
Que dores? Ah, no meu caso, principalmente as dores cotidianas, os grandes contrastes e o absurdos das (des)humanidades.
Agora que aproveitei da minha inquietude (dessa vez é boa), do meu horário de sono desregulado, e da minha inspiração para contar-lhes essas experiências, deixo vocês aí lendo e vou dormir,

Boa noite a todos,

Thiago

Coisas de lembrar...

Já ouviram Espatódea do Nando Reis? Estou ouvindo agora, e me vem a cabeça umas coisas...
Essas coisas de memória são engraçadas, a cada momento tem suas peripécias.... E de forma engraçada essa música, tem algumas semanas, tem me feito muito lembrar de você e curiosamente, não sei se foi minha atenção que aumentou, mas eu tenho ouvido esta musica várias vezes "por acaso"....
Numa rádio... num clipe... na lista de músicas do meu irmão... ou até mesmo na rua.
E essa saudade que me aumenta?
E essa inquietude que não acaba? E essa vontade de cuidar, de proteger, de estar por perto?
Que eu faço com isso?
"Não sei se o mundo é bão, mas ele está melhor, desde que você chegou...
E perguntou, tem lugar pra mim?"
"Não sei se o mundo é bão, mas ele está melhor, porque você chegou
e explicou um mundo pra mim..."
"Não sei se o mundo está são, mas do mundo que eu vim já não era..."
E a sua voz? Cadê? E seus abraços, recados, telefonemas, aparições subitas?
E as minhas vontades loucas de carregar leite, ou explicar algo, talvez, lavar uma louça?
Que saudade disso tudo. O mais engraçado é que a história dessa música não tem tanto sentido para me lembrar de você... Mas lembra.
Me lembra as conversas longas, os encontros esperados, as diversas cartas trocadas
Me lembra você, com sono, dando gargalhada, me dando um abraço espontâneo...
O sorriso, os olhos, o rosto, o jeito de andar e pensar, que praticamente se traduzem um noutro.
Coisas que só você sabe fazer...
E permitam-me a modificação na letra...
"Minha cor, meu amor, minha calma..."

Saudades intensas,

Do seu amigo e companheiro,

Thiago.

sábado, 6 de dezembro de 2008

O Capitalismo e a Crise...

Crise no sistema, crise financeria, desvalorização das bolsas, pacotes para empresas privadas, medidas do governo para salvar a economia, aumento dos preços, férias coletivas, demissões...
A grande maioria dos trabalhadores só têm uma idéia, provavelmente, dos últimos três termos que disse, uma pena eu diria, afinal, se entendessem, entederiam o cumulo do absurdo.
Começa com a grande diminuição do poder de compra da classe média norte americana, o frequente endividamento das familias, a hipotecagem das casas para salvarem-se das dívidas, depois disso o descompasso do aumento da inflação (que eleva as taxas e o custo de vida) com o aumento dos salários, leva 30% das familias americanas a contrairem dividas na hipoteca, o sistema começa a entrar em colapso: os bancos se vêm com um grande problema financeiro devido à inadimplência, para sanarem as dívidas vários moradores vendem suas casas, ou as "dão" para o banco como forma de reduzir a divida, porém com o grande número de imoveis que entra nessa situação o preço dos mesmos caem, bancarrota sequencial de bancos norteamericanos, outros setores financeiros obviamente começam a ser afetados.
A crise se agrava, atinge dimensão continental e agora mundial e o que vemos?
Competindo com os absurdos da crise, vêm os pacotes bilhonarios, vã tentativa de amenizar o problema da crise: A crise têm suas raízes entravadas na lógica capitalista, o acumulo de capital como objetivo, meio e fim do sistema, logo, o emboprecimento frequente de uma classe, o excesso de capital nas mãos de um grupo reduzido, nas mãos de uma classe.
A contenção real da crise dentro do sistema, se dá na "queima", "destruição" de capital, ou seja, destriuição de forças produtivas (empregos e seus trabalhadores) e produtos (frutos do trabalho), desestabiliza-se o mercado internacional e consequentemente o mercado interno da grande maioria (para não dizer todos) os países, fica exposta aí a fragilidade do sistema capitalista. Fragilidade ou lógica? 1929 ~ 1960 ~ 1980 ~ 1998 ~ 2008 São meras coincidências devido a algum problema externo, ou outra coisa? São anomalias? Ou ciclos?
É por isso que não acredito na "humanização do sistema capitalista".
Um sistema que ciclicamente leve a humanidade para uma situação de caos intenso, que ameaça inclusive a sobrevivência desta, que opera unicamente sobre a lógica da acumulação de bens, da supervalorização do individuo sobre a sociedade, da liberdade de uns em detrimento da liberdade da maioria, aliás, da própria liberdade submissa ao capital.
Essa crise ainda não tomou suas proporções mais terriveis, mas chega a nós a passos que a mídia não tem tanto interesse em divulga exceto como pequenas notas "insignificantes".
Mas na lógica capitalista, quem paga a conta da crise economica? Quem perde os empregos?
Observa-se: 15% do PIB da União Europeia utilizado para salvar monopólios financeiros, nos EUA as contas já chegam a 33% do PIB deste país e no Brasil, a Caixa Economia Federal têm aval governamental para comprar ações (em geral "títulos podres" de empresas falidas!) para salvar empresas quem muitas vezes nem nacionais são, sequer estatais, até mesmo a Petrobrás sentiu os duros efeitos da crises que aos poucos se agrava, nenhuma medida, nem sequer uma mera medida provisória, foi feita para proteger os empregos dos trabalhadores, seus interesses, sequer preservar o preço dos alimentos.
A quem nesse país, serve realmente o Governo, a quem serve, nesta lógica, o Governo da grande maioria de países?
Quem não acredita que essa crise seja um fruto desse sistema, por favor, prove.

Eu poderia escrever mais, muito mais a respeito, mas quero tentar reduzir um pouco o post, na esperança de que ele seja mais "livel" que o normal.

Enfim, vou me...

Até a proxima (que virá em breve),

Thiago

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A Esquerda Unida...

...Jamais será?
Uma charge do artista Carlos Latuff propõe uma critica que gostaria de analisar.
Afinal, não é mentira se pararmos para pensar bem em nossas posturas e não acho perder tempo reavalia-las e propor novos comportamentos.
Somos muito poucos para nos desunir: Além das inumeras perseguições que datam do surgimento dos socialistas utópicos, passamos, durante o século 20 uma dura batalha contra dois grandes oponentes - o Capitalismo e nossos vicios e transviamentos- quantos foram os comunistas que na verdade de nada possuiam, em um carater , uma moral, realmente preocupada em construir uma Sociedade mais humana, que se consternavam realmente com os problemas do mundo e se dedicavam a lutar contra eles? Quantos foram os que fizeram de seus países, aproveitando-se de regimes autoritários, um governo que lhes apetecia? Quão distante das massas não ser tornaram vários desses governos? E a sabotagem da URSS, o capitalismo de Estado controlado pelo Paritdo Comunista Chinês, os vários pseudo-comunistas em várias partes do mundo, que muito mais fizeram por sua ansia pessoal de poder, do que algo realmente pelo povo, pelo poder popular? Em quantos partidos nos fragmentamos, em quantas correntes nos dividimos? Quantas vezes caimos na ilegalidade e vimos nossos companheiros sendo perseguidos e mortos? Até mesmo a palavra Comunista, a palavra Comunismo, causa medo em muitas pessoas ainda, a grande maioria delas nem sequer faz idéia do que é uma sociedade Socialista e a construção do Comunismo, a maioria daqueles por quem lutamos não entende sequer que lutamos por eles, aliás a direita fez uma antipropaganda excelente contra nós, até hoje somos vistos como "terroristas", "violentos", "autoritários" entre outras coisas mais.

E as inumeras correntes que nos dividimos? Na raíz, não lutamos pela mesma coisa? As diversas "linhas" não levam a um mesmo final? E nosso apego excessivo, que frequentemente ocorre, a idolos do passado, nos fragmenta mais ainda e pequenas divergências se tornam motivos de rixas inacabeveis.
Quem sai perdendo com isso tudo, se não nós mesmos e a nossa luta?
Não podemos mais perder tempo criticando as correntes uns dos outros, aqueles que estão convictos do que querem devem lutar juntos!
Precisamos nos unir novamemente! Nós , os comunistas, independente da "linha", do "partido", do "ídolo", lutamos todos por uma única causa.
E bem sabemos: aqueles que não estão dispostos a travar uma luta séria, não conseguirão acompanhar os passos daqueles que realmente tem a intenção de lutar, de mudar as coisas...

Não podemos nos esquecer jamais dos principios que nos orientam.
As idéias que nos orientam surgiram do profundo sentimento de compaixão com os outros, com cada ser humano, com a vontade de construir um mundo para cada um de nós, seres humanos, então, não percamos de vista nosso humanismo, não percamos também de vista, nosso senso-critico, nossa capacidade de analisar a sociedade a fundo, seus pontos criticos coloca-los em cheque, e também , as idéias dos comunistas não são verdades absolutas, não são um fator histórico inevitavel, não é um destino, é uma possibilidade que queremos dar a humanidade, acreditar que aquilo que acreditamos é uma "verdade absoluta", além de muito arrogante, é terrivelmente "anti-marxista", deixemos então, que a humanidade escolha se querem ouvir a proposta que temos.
Por isso a importancia da união: derrotar aos falsos conceitos que nos apregoaram, propor que as pessoas conheçam aquilo que pensamos como é, sem impor nossas idéias, mas acima de tudo, fanzendo com que elas reflitam acerca da sociedade e busquem por sua própria vontade, por sua própria consciência, a construção de uma sociedade melhor e naturalmente e por "convicção construida" muitos irão se juntar a nossa causa.

Se Marx um dia disse: "Proletários do mundo uni-vos."
Agora está na hora de dizer: Comunistas, uni-vos.

A vitoria do Socialismo está ligado intrisecamente à vitória da Democracia,

Saudações Comunistas,

Thiago

terça-feira, 25 de novembro de 2008

A Revolução do amanhã

Dentro da juventude em que milito, há um chavão que preciso reconsiderar, que preciso discordar e expor meus argumentos e para mostrar por que não concordo com ele: "Nós somos a geração que fará a Revolução".
Infelizmente, foi exaustivamente usado no Encontro Internacional da Juventude Antifascista e Antiimperialista. Mas , nesses novos tempos , de conhecer outros lugares e pessoas, de lidar com a dura realidade de cuidar de si próprio, ainda que no meu caso, esteja amparado pelos meus pais, de ver a dureza das grandes cidades, da desumanização em seu aspecto mais vil, a apatia perante a gigantesca desigualdade social que apresenta uma cidade grande como Belo Horizonte. Percebo que tudo faz parte de um mecanismo, não é que as pessoas sejam "más por natureza" não se importem, mas que a falta de esperança, de um ideal para que acreditar e lutar, a falta de perspectiva nessa sociedade desorganizada em função da ditadura do capital por parte da grande maioria das pessoas, é isso tudo e muito mais centenas de milhares de microcontextos e outros varios argumentos que acabam criando essa crosta de apatia nas pessoas.
Nós, os comunistas, engatinhamos nossos primeiros passos, após as duras perseguições da ditadura cívil-militar que dominou o país por cerca de 21 anos, muito do nosso trabalho foi destruido e o preconceito contra as ideias do Socialismo e do Comunismo ainda é enorme e tais idéias em muitos lugares são repelidas "a ferro e fogo", sendo que a maioria não tem noção do que são, nenhum dos dois, nem acesso, a maioria da própria classe trabalhadora
Nesse contexto, como podemos falar em Revolução?
Não é a nossa realidade! Infelizmente, não é a realidade da nossa geração, e não digo isso com intuito de desestimular nossa luta, o que digo é que, através dessa análise, acho improvavel acreditar que nossa geração seja a geração da Revolução, creio que mais importante que alardearmos a Revolução, é preciso dar às novas gerações, condições para pensar , para construir, é fundamental e indispensável que se comece desde agora a preparação da sociedade para uma revolução que a permita alcançar niveis de desenvolvimento social que o capitalismo não pode nos oferecer, e que frequentemente demonstra que nunca será capaz de faze-lo, uma vez que sua lógica está estritamente atrelada à desigualdade.
Quando a Revolução estiver no coração das pessoas, quando os individuos que compõem a sociedade realizarem sua "revolução pessoal" que os permita lançar os olhos em outras perspectivas, em outras possibilidades da organização da sociedade humana, aí sim, teremos sustentação para construirmos a Revolução, mas nas condições atuais, é necessário que as pessoas sejam esclarecidas, é necessário lutar contras os preconceitos, é necessário trabalhar sim, em favor daquilo que é favoravel ao povo, dar exemplo e ensinar as proximas gerações para que estes tenham as condições materiais onde seja possivel a construção da Revolução.
É preciso reavivar a esperança nas pessoas de uma mudança significante, fazer com que a mundança que almejam como utopia passe a ser uma luta que travam diariamente!
É preciso ressaltar o carater solidario e o verdadeiro sentimento que deve mover os comunistas, nas palavras de Che, "um grande amor a humanidade", e é assim que deve ser, para com todos, independentemente da raça, cor, religião ou CLASSE e demonstrar, que pela lógica, não existe a vitoria do povo, a vitoria do socialismo,
sem vitoria da Democrácia!

Saudações revolucionárias!

Thiago

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Primeiras impressões?

Sinto rompimento, mas não nasci denovo, talvez tenha conseguido fugir do meu casulo de vidro, talvez, ainda esteja fugindo.
Não, fugindo não, saindo e se possivel, respirando ar puro.
Faço parte agora das estastisticas de jovens com segundo grau e ensino técnico profissionalizante, que não conseguiram um estágio e também da estatistica de jovens desempregados.
Meu mundo deixou de ser o mundo do incontado dinheiro do meu pai e da minha mãe, para ser o dinheiro contado e recontado a cada dia, a cada minuto, e os gastos calculados, quase tão importantes quanto os estudos dos calculos que vou precisar no vestibular.
Ainda
E talvez eu aproveitasse muito melhor qualquer coisa que fosse estudar, se me dedicasse apenas a isso, mas não, as minhas possibilidades, e hoje eu vejo isso muito mais claramente do que antes, não são essas. E nem sei se infelizmente ou felizmente, sei que , é um outro caminho, acho que entender aquilo que está dentro das minhas possibilidades é essencial para manter o meu caminho.
E por mais cidadões de papelão que venham e vão, ou um verdadeiro (e talvez proposital) exercito de desempregados, eu não me sinto triste de estar mais proximo dessa realidade, muito pelo contrario, seria negar minhas ideias aceitar um absurdo desse, que oportunidade melhor pra aprender , do que com o exemplo de vida dessas pessoas? Como posso me queixar de conhecer pessoas que desconhecem a própria sabedoria e conhecimento de mundo? E que me ensinam tudo o que aprenderam a cada momento, expresso, desde seus olhares, a maioria deles cansados, no fundo da alma indignados e confusos, até em suas palavras, que muitas vezes, carregam desabafos cheios de potencial!
Como eu poderia ousar denunciar a pobreza, a desigualdade social, as interminaveis injustiças do sistema, se não compartilhasse das angustias de vários outros seres humanos? Se não sentisse os meus próprios rancores com o sistema?
Me entristeço sim por esses problemas existirem, mas são os próprios problemas que dessa forma, me dão oportunidades e conhecimento para combate-los.
É assim que eu sigo e honro à minha maneira, grandes pessoas a quem muito respeito, e vou galgando os pés no meu próprio caminho. Portanto esperem!
Outras impressões virão...
Novos devaneios.

Transcisões...

Talvez um post não seja ideal, porque a maior parte das pessoas que lêem este blog compreendem muito bem meus motivos.
Falo principalmente para as pessoas que não acreditaram que era ou é possivel, mas para todos, porque eu sempre gosto muito quando "lêem meus pensamentos" (hahahaha)
E em primeiro deixo claro, que não acatei as suas sugestões porque não as ouvi, eu as ouvi , mas decidi não acatar, não significa que a opinão de vocês não tenha valor, eu apenas prefiri por uma escolha que fosse mais minha.
Eu sinto informar, mas já não estava escrevendo muito, mas escreverei menos, mais por falta de alcance , do que por falta de inspiração, os eventos em si me inspiram e quando as coisas começaram a acontecer ficarei ainda mais instigado e inspirado pra escrever aqui e quando as oportunidades aparecerem, certamente, escreverei.
E talvez eu tome um outro carater quando voltar,
Não sei ainda, já noto algumas mudanças, mas não sei exatamente aonde, será mais fácil pra vocês do que pra mim perceber.
Lembra do tocar o chão com as mãos, de ver o mundo com os próprios olhos?
Bom, pois é, estou pegando a minha mochilinha e fazendo o que posso pra satisfazer meus anseios.. eu , louco?
Sim, provavelmente. Mas ainda outro dia aprendi a fritar um ovo e já até abri minha conta no banco... Eu entendo a preocupação, não é pra menos e nem injustificavel, eu costumo pisar bastante nas cascas de ovos quando dou esses passos, mas eu escolhi e gostaria de arcar com as consequências disso, eu sei , muito bem, porque já sinto na pele, o quanto essa transição é díficil.
Mas posso dizer que com sorte, a maioria de vocês têm ao menos ideia dos meus motivos.
E talvez essas palavras ajudem vocês a entenderem meu silêncio.
Darei noticias...
Nem que seja por aqui.

Abraços fortes,


Thiago

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Cheiro de tempo...

Engraçada sensação.
Senti um cheiro estranho, primeiro achei que fosse o ambiente e procurei a fonte, não encontrei, não ali.
Mas achei de onde vinha, da memória.
Lá dos meus tantos aninhos de idade, numa praia, o cheiro da água salgada e do protetor solar, que marcaram pra mim o que eu chamo de "cheiro de praia".
Depois vieram outros, de coisas, pessoas, momentos.
Cheiro de suor, cheiro salgado que quase gruda no corpo, ou talvez estivesse grudado mesmo.
Cheiro de chuva! Aliás, de chuvas.
Desde umas finas, a lá Ouro Preto e umas outras, fortes, de uma terra quente e ainda por cima numa sorveteria, do lado de fora é claro.
Quase posso sentir o cheiro daquele frio.
E o cheiro de pessoas também me veio a memoria,
de lugares e de uma viagem de trem, de barco, de onibus e a pé...
Por que hoje?
Uma verdadeira revolução,
Meu nariz decidiu cheirar minhas memorias...

Ser ação na Imagem

Imaginação minha me serviu
Minha imaginação, não o ser vil...
Essa imaginação não me ser vil,
Não o servil
Mas minha imaginação viu!
Ou viu?
O viu!
É! Imaginação minha não foi...

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Propalítica...

Propaganda Política
Política Propaganda,
Propalítica,
Paralítica.

E lá vamos nós...
E nas folgas dos carros de som, fazendo paródias com todo tipo de canção para você decorar os numerozinhos de algum político, eu posto aqui meu desabafo e minha crítica.
Penso que a filosofia política fugiu do meu pais, ou que foi sequestrada pelos caras que elaboram essas musicas de campanha que não saem da nossa cabeça mesmo quando nós realmente precisamos que elas vão embora.
Infelizmente a competição mais ostensiva que ocorre entre os candidatos, não é a disputa ideológica, mas a disputa publicitaria, a propaganda se tornou o "carro-chefe" da política atual.
Já o debate e o confrontamento ideológico se escondeu em algum recanto pouco acessivel e desconhecido para a grande maioria do povo brasileiro.
Os partidos estão aos cacos, poucos se salvam, e vez ou outra aparece uma lei absurda que reduz ainda mais o acesso à democracia para os que estão de fora da gestão pública, estão de fora dos cargos políticos, ou seja, nós, os eleitores, aqueles que escolhem essas pessoas que definem sobre esta grande nação. E curiosamente é mais fácil ingressar em um partido político desses do que entrar em um show de uma banda ou coisa parecida, vê se o clássicos anuncios na internet: "Filie-se ao PX aqui" te pedem meia duzia de informações e de repente você passa a fazer parte de um Partido que também, teoricamente, teria um fundamento ideologico e um plano de gestão por trás de sua estrutura. Mas não para por aí, pode até ser fácil entrar, mas ser um dos "escolhidos" para pleitear um cargo de vereador, deputado, senador, prefeito, governador ou presidente é necessário estar na cúpula centra, ser escolhido pelo partido, escolha que nem sempre é feita de forma democrática.
Dessa forma, essa combinação absurda de falta de ética , malicia e poder demais cria uma falacia de democracia, votamos em pessoas que já foram escolhidas por seus grupos, que muitas vezes não permitem a ascensão de novas pessoas e ideias a política, restringem as escolhas dos cidadãos brasileiros por sua posturas dentro de seus partidos quaisquer que sejam, o comportamento geral é morno, em cima do muro, sem aprofundamento (e as vezes desconhecimento) de qualquer ideologia política, até mesmo a própria do partido, sem um plano de governo apenas repetindo o que o partido lhe manda repetir, com sua campanha definida muito mais pelo dinheiro que possuem ou por suas posições favoraveis ou não aos interesses da grande mídia "multinacional".
Para finalizar essa hipocrisia, eles sufocam o ciadadão brasileiro, com informações distorcidas, alienação de direitos como a comida, a dignidade, a educação, salario e trabalho descentes.
Com o trabalhador sem tempo para pensar em política porque mal consegue sustentar sua familia, com uma educação e saúde precarias, não consegue perceber isso tudo que acontece, o problema é que a grande maioria foi forçada a essa condição e uma classe mais ou menos média que a maioria prefere simplesmente não se mecher, "o sistema faz aceitar o absurdo assim como se aceita o frio no inverno".
Seu veneno é mental e sutil e nos controla paralizando nosso organismo, nosso senso crítico, nos embotando na "ditadura do senso comum".
E assim, como é possivel a democracia?
Quando um debate despreender mais trabalho do que a elaboração de uma música de campanha, quando "os políticos pararem de acreditar que os pobres se alimentam de promessas", e a Ideia superar a Imagem, ou ao menos começar, estaremos caminhando para a democracia.
E mesmo que não gostemos, vivendo em sociedade, a política é uma das nossas realidades, é uma das nossas partes, então fazer ela direito é fundamental para não ocupar-se mais do que o mínimo necessário para quem não gosta dela, e para quem gosta, para fazer fato seu verdadeiro proposito.

A Democracia começa no berço, na rua, na sala de aula, na vida e só depois , nas urnas.
Correu por mim como se não estivesse lá e em resposta ao que seu amiguinho ou irmão lhe disse afirmou:
-Mas se você não ganhou água, eu te dou a minha.
Tem 5 anos minha interlocutora

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Incompletos fragmentos do tempo...

A casa azul e a rua, os vários machucados dos tombos.
a risada boa... os passeios, algumas fugas.
Meu cachorro doido,
A areia e mais tombos, as fugas do banho depois da brincadeira.
As fugas pro quarto para dormir junto deles.
Meu primeiro irmão e a primeira mudança de casa.
Sem bicicleta ou nado, o videogame como primeiro "esporte"
As confusões que me confundiam.
A praia, os primos, os tios e minha avó...
E eu me perguntava, por que o mar é tão grande?
De onde veio tanta água?
A escola e o raio da díficuldade pra escrever, mas adorava desenhar...
A casa grande que me dava medo e minha lata de estimação...
O primeiro escorpião que vi e achei que fosse um carangueijo...
A primeira vez que subi no morro no meio do mato,
e a segunda e a terceira, e na quarta que fiquei perdido e ficou de noite.
Eu me lembro dos tombos e que demorou muito pra eu aprender a andar,
lembro-me das experiências naquela escola estranha, da escolinha de futsal,
onde acabei como goleiro, mais por inabilidade de jogar na linha
do que habilidade para ficar no gol, depois, isso até melhorou um pouquinho...
essa era a época em que eu seguia...
seguia e seguia, e muitas vezes caia.
Mas veio o estudo de manhã, veio a confusão, ou ela terá apenas se agravado?
E mais mudanças e crises financeiras,
e o dinheiro passou de solução ao foco do problema,
e o alvo das minhas criticas eram ele,
E com isso vieram minhas primeiras paixões, por pessoas e ideológicas, e meu primeiro ceticismo.
"Por que uns tem tanto e outros não tem nada?"
"Por que o dinheiro é tão importante? Precisa de ser assim?"
E uma chuva de sentimentos que eu desconhecia...
Os questionamentos infantis que não deixaram morrer, cresceram.
E veio a desordem, mas veio também o Kung Fu...
Minha primeira revolução
E eu finalmente aprendi a andar, e andar.
Parar de seguir era novidade.
Entre os socos e chutes a autoconfiança,
e agora o comando era: se comande.
E novos passos, novos caminhos, fortes rupturas...
a amargua que se acumulava se esparramou,
mas não deixou de ser acumulada.
Nessa época, meu segundo irmão nasceu.
E eu ganhei um irmão e meu segundo cachorro.
E eu fiz amigos diferentes, de um tipo diferente,
e me apaixonei de uma forma realmente intensa quando entrei para aquela
grande escola, que desde pequenino visitava e andava por lá.
Amigos que para ser meus amigos eu não precisava ser mais nada além de eu mesmo?
Isso é novidade.
E aprender a andar me ensinou a lidar com amargura e ternura.
Confuso, porém sem pressa. Não mais.
Já tinham coisas demais pra resolver,
e rompi de seguir uma pessoa que tive a vida toda como exemplo e aceitei trilhar meu
próprio caminho de uma vez por todas.
Não surdo aos que os outros ouvissem,
e como diria um músico que eu gostava muito
e que acabou indo embora nessa mesma época
"Se a palavra é de prata, o silêncio é de ouro"
e aprendi a falar e aprendi a ouvir.
Ainda que ansiosamente...
Minha segunda revolução.
E segui anos de luta, derrota e conquista,
vivendo e me permitindo viver coisas que me preocupava demais antes.
E depois de tanto tentar e viver "correndo , tropeçando e caindo",
me levantei e continuei.
E eu comecei finalmente a narrar de verdade e
ganhar mais gosto ainda. RPG!
E foram também meus primeiros campeonatos
e a repetencia, e um desanimo que logo, logo, foi-se embora.
O primeiro namoro, as várias experiências, pensamentos
angustias e conqustas, e o primeiro término.
Me saturei dos problemas da escola,
Me saturei de sobrenatural e de preocupações
fui caçar um canto um tanto mais tranquilo.
E reconstruir alguns pedaços de uma represa que estava trincada.
Mas não valia realmente a pena, e quando me mostraram que não valia,
marretamos tudo, até restar só pozinho, mas veio a água guardada,
e me lavou por dentro, destruindo e arrastando coisas, trazendo a tona coisas
muito velhas... muito antigas.
E não, não me cansei dos meus ideais... não me cansei de ter esperança
aliás, tudo isso, serviu em muito para fortalece-la.
E vieram mais pessoas,
Que tanto se aproximara, bons amigos
E o meu segundo namoro,
e todas as experiências novas,
as novas angustias e superações
e assim continuamos, nos conhecendo e caminhando,
E segui, ao longo desse tempo, enfrentando e vencendo
como sempre , no meu jeito de menino, andar desajeitado,
tropeçando, caindo e , tomara que por muito tempo,
me reerguendo.
Tenho quase 20 anos.
Será a vida tão curta assim quanto achamos?

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Insonia...

Nem tanto do corpo... mas da alma. O que acaba me fazendo não querer ir pra cama do mesmo jeito, ainda que amanhã cedo seja importante acordar.
Há uma inquietude díficil de resolver do lado de cá. Tentando encontrar algo que nem sei por onde procurar, geralmente, tento por aqui mesmo, nessa mente louca, mas há dias não encontro muitas coisas.
Fragmentos e coisas fragmentadas e que são dificeis de juntar, entre coisas inteiras e sólidas, escondidas nas trincas dos pensamentos, nos silencios entre as palavras.
E afiadissimas, nem sempre mecher com elas pode ser sensato, ou agradavel e nessas condições, acabo fazendo aquilo que me é menos produtivo, do lado acordado, ou concreto da história.
É como se eu tivesse que conversar com alguem, ou encontrar alguma coisa e fosse realmente importante, mas que por mais que procurasse não encontrasse e ainda assim tendo um monte de outras coisas pra fazer.
Talvez seja uma boa hora pra deixar de lado as opiniões alheias e só ouvir aquilo que realmente for para me ajudar, de culpa já basta a minha, de confusão já basta essa aqui.
Ela se amarra a muitas coisas, de dentro e de fora.
Vão desde ideias, a fatos, a passado e presente e as vezes, até "criam" um futuro, geralmente aterrorizador...
Estou num quarto empoeirado e escuro que é a minha mente, e tem cacos de vidro que eu preciso juntar e limpar, para "mudar" este local e por enquanto o que sinto é que estou tateando meio cego, cortando a mão nuns destes cacos e sentindo que faço pouco progresso.
Mas escrever já ajuda, já é um progresso saber o que eu tenho, ainda que seja:
"O que você tem?" "Confusão" , ainda que "confusão" não defina muita coisa, já é uma coisa.
E como diriam vocês, se eu já to fazendo piada disso, é porque não é tão pesado assim, e realmente, não é.
As vezes não consigo explicar, por exemplo a amplitude disso, tem muito sentimento, muita história e misturado há um tanto perigoso de culpa, então fica complicado falar.
E espero que entendam que não é uma questão de querer brincar de "quebra-cabeça" no escuro e sozinho, eu não sei mesmo se tenho muita escolha, não sei se escolheria diferente.
E sinto que seja lá como for que eu vá resolvendo isso , vocês vão entender, só estou explicando mais ou menos, pra não dar susto em ninguem.

As palavras me faltam, mas não os pensamentos, mas esses não trespassaram a barreira entre eu e o blog para se tornarem palavras, vou guarda-los por enquanto e brincar um bocado, quando resolver coloco algo aqui.
E, ei, obrigado por estarem aí.
Vou dormir... Boa noite a todos.
Abraços fortes

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Para minha Amiga e Companheira...


Hoje quero esquecer as palavras certas, e pedir para que esqueça as suas.
Até porque, hoje as palavras me fogem, por ter coisas demais para dizer, sem saber como dize-las
Quero que o tempo, cesse. E nem exista por alguns momentos, mesmo que seja, enquanto lê isto.
"Uma data não é importante porque muda um numerinho... é importante porque reforça a dimensão do tempo que estamos lutando" e eu e você sabemos muito bem, "a vida é muito, sem ser excesso", não sei as palavras mágicas, as palavras certas, mas tento instigar sua memoria, gostaria que se lembrasse e tentasse sentir novamente o que sentiu, nos momentos que se lembra, ao longo da sua vida, nos momentos que te marcam.
E isso, é teu, acima de tudo, você pode até compartilhar com os outros, mas é sua, sua História.
E eu digo, mesmo sendo suspeito para dizer, que é uma História que eu gosto bastante, sem conhecer tudo de uma pessoa, que conhecendo, e até sem conhecer, eu admiro.
Hoje, eu brindo, eu brindo a você e a sua força de vontade incrivel, eu brindo ao seu jeito de transbordar amor como só você consegue, a inteligencia que me espanta, ao carinho que não te falta, nas palavras e nos modos, a força que sabe ser forte, sem deixar de ser gentil, a dedicação que nunca faltou para com ninguem, mesmo com aqueles que não conseguem perceber seus sacrificios, e aqueles que percebem, confirmam o que digo.
E ouse sorrir quando lhe digo isso, porque mesmo que te conhecesse menos, eu te admiraria pelo que se tornou, em como você se construiu e se constroi ao longo desses 17 anos de vida.
E talvez, seja o único tempo que eu tolere agora, o seu tempo.
E se o Sol se põe tão bonito para te trazer um fragmento da minha alma, eu garanto que um fragmento grande de mim, já está com você , em nós, porque eu fui conquistado por essa pessoa incrivel que conheci, que cego, poderia ver esse amor radiante que é tão seu...
Expresso nesse sorriso lindo, no brilho do olhar, no carinho dos abraços e das palavras, na presença por mais ironico que isso pareça para nós e em mais um monte de coisas que não são menos importantes porque me fogem a memoria agora... xD
Que os ciclos da sua vida, que seus anos de luta permitam ver a pessoa incrivel que você se tornou! Que o teu cansaço e as tuas angustias, sejam, aceitaveis, ainda mais para alguem que luta tanto e pede tão pouco.
Você não está sozinha, se o fardo pesar, seus amor já nos conquistou, alegres dividiremos o fardo com você. =)

Hoje eu brindo a você, Ana Luiza Rocha do Valle!
Minha amiga e companheira!

Feliz Aniversário!

Eu Amo Você.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Para tocar o chão com as mãos e ver com os próprios olhos...

Tocar o chão com as mãos.
Sentir a terra.
Ver com os próprios olhos,
É tudo diferente de quando te contam como é.
É tudo, aquilo que vc acha que é.
Como é quando a gente se corta?
Como é arrastar as mãos pela terra suja e senti-la entrar em suas unhas?
Como é sentir o sal do mar na tua pele banhada pelo sol do verão?
Como é respirar depois de um minuto de baixo da água?
Como é saltar na Lua?

As coisas são para nós como as percebemos.
É importante sentir, para poder ter uma opinião.
Cada um de nós, acha, pelo aquilo que lhe contaram, mas
quando sente, sente pra si, é diferente e não dá pra explicar,
por isso, que quando nos contam, é díficil que quando fazemos, é diferente.

Senti uma vez,
Necessidade de ir além das afirmações dos meus parentes.
Dos meus professores.
Dos meus amigos.

Sinto agora,
Necessidade de ver as coisas com meus olhos,
De tocar o chão com as mãos e saber se a sensação de
arrastar as mãos na lama,
de deitar no chão sujo,
de olhar as pessoas nos olhos,
é tão assim como as pessoas dizem,
Ou como será pra mim

A inversão dos meus conceitos.
Pode ser, na verdade,
a Construção dos meus conceitos...

Porque quando paro para pensar naquilo que me deram
Se mudo, é porque não me satisfaz.
Correto?
Não sei, talvez, até para escolher podemos ser influenciados,
Mas ainda que influenciados, podemos escolher.
Construir-se, assim, não é tarefa fácil...

E é disso que possuo necessidade...
De estar além das opinões alheias.
De estar acima do normal e dos conceitos,
Não por me considerar melhor,
Mas para poder descobrir a mim mesmo,
O que penso disso? E disso? E daquilo outro? O que penso das coisas?
O que quero ser? Como me insiro no meio disso tudo?
Quem sou eu, no meio disso tudo? Quem sou eu, a parte disso tudo?

Por isso,
Mais agora do que antes,
E mais a cada instante,
Quero sentir de perto, as injustiças que me revoltam,
A indiferença que mata, nossa fraqueza e nossa fortaleza,
A superação e o fracasso,
Quero conhecer vários,
Outros seres humanos e ser mais do que ouvinte de suas vidas.
Quero toca-las com a minha.
Quero ser tocado, pela delas.

Para que com humanidades,
Possa ser humano (cada vez mais)
Para que alguns seres humanos
Possa humanizar.

Quero que possamos todos,
Sentir também,
Com cada um, cada coisa,
Em seu próprio modo,
Para seus próprios propositos.


.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Educação e transformação...

Sem muitos fundamentos teóricos, ou aprofundamento no assunto, mas acho que vale a pena escrever a respeito...

A Educação pode ser uma ferramenta de transformação:primariamente do individuo, e através da transformação dos individuos, da formação destes, transforma toda a sociedade.
Mas isso também permite que seja utilizada para controlar a sociedade,
um exemplo:
Quando dizem que a educação tem que ser isenta, que não deve intervir na familia ou se posicionar em relação a sociedade creio que estamos falando, então, de uma educação caolha, porque não é possivel nos excluirmos da sociedade e como a escola e a educação é constituida por pessoas (nós), não é possivel essa isenção, e acaba que essa isenção se manifesta de uma outra forma: potencializa a passividade política de nossas classes, a partir que ignora a política desde a formação básica do individuo durante sua infancia.
Esse modelo se reproduz em grande parte das escolas e ainda é, na prática, dominado por um autoritarismo que vem, culturamente, de nossos lares. Essa outra asa maligna da "deseducação", cria nosso hábito de não tolerar os questionamentos dos pequenos, das crianças, que gera, no futuro, um aprendiz que não quer mais aprender, porque teve seu interesse assassinado logo na infancia.
O modelo da nossa educação e seu alcance limitado criam uma realidade bastante complexa no Brasil: Muitos são os que não podem estudar em nosso país e dentre aqueles que podem, o sistema provoca uma formatação que castra o individuo de uma certa capacidade de senso critico, só não acontecendo em raras excessões em que ocorre uma negação desse sistema.
Assim, as escolas acabam por gerar continuadores: pessoas que apenas querem continuar a exercer algo que outro exercia e a viver para si mesmas acima de qualquer "dever e direito que possuem como cidadãos", acabam sendo como engrenagens novas de uma grande maquina e isso é muito triste.
Creio que como um primeiro passo para escapar desse grilhão, é instigar em nossos alunos a capacidade de questionar e sua inserção no contexto em que estamos envolvidos, ou seja, justamente o contrário daquilo que comumente é feito. Isso em questão de modelo, não há como avaliar a prática pessoal de cada professor, tenho professores fantasticos e conheço outros tantos que adoraria ter aula com eles que são excelentes e conseguem quebrar vários grilhões, embora continuem a ser esmagados pelo sistema.
É preciso levar em conta que é um trabalho humano, ou seja, por mais que haja uma mudança no sistema, devemos levar em conta a realidade das pessoas com quem estamos trabalhando e fazer todo o possivel para reascender a esperança e a perspectiva de mudança dessas pessoas, bem como a capacidade de liderar as lutas por estas mudanças! E ter em mente que podemos não ser bem sucedidos em nossos objetivos, mas que cada um já trará um sentimento tão bom que fará valer todas as lutas, fracassos, lagrimas e sucessos.
E a partir daí, com novas pessoas, com novas ideias, almejando mudanças, acho que a sociedade mudará por própria conta, propondo novas coisas , criando um sistema que consiga trazer para uma gama maior de seres humanos, prosperidade, satisfação e felicidade, ou pelo menos que permita que isso aconteça.

Meus agradecimentos os mestres que antes de nós observaram com muita inteligencia esse mecanismo, a todos os educadores do passado, do presente e do futuro.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Decadencia de Maugrim

"Venham meus caros e sentem-se, mas por favor não se sintam muito confortaveis.
O conforto vos fara baixar a guarda e aqui... isso pode ser um tanto perigoso...
Essa terra vasta é cheia de mistérios além de suas imaginações e agora me relembro de uma trágica história que vou lhes contar..."

Quem aqui já ouviu falar dos anões? Eles são um povo endurecido como as rochas que cavam em suas profundas minas, muito organizados, com um apreço grande por aquilo que constroem, sejam armas, sejam estruturas de engenharia admiravel, são dedicados à familia e à raça com absoluta presteza e vivem em torno de quatro a cinco séculos... vivem muito para nós.
E a nossa história é a história de um infeliz anão! Que dizem, até hoje, murmurra frases de ódio contra sua raça e seu rei, nas montanhas cinzentas, dizem que seu ódio é tão pronfundo que é possivel ouvir seus sussurros reptidos, carregados pelo vento, para alertar os tolos que ali não é seguro...
Mas ainda assim muitos vão! Para tentar furtar os tesouros admiraveis criados e obtidos pelo anão.
Há muito tempo, antes de mim, de você, e acho que de quase toda essa terra, Maugrim, um artesão da raça anã, renomado por sua incrivel capacidade decidiu que queria sair das terras de seus ancestrais, aprender mais, ver mais coisas e trazer metais novos, que pudesse trabalhar e criar maravilhas impressionantes. Lógico que havia uma questão maior por trás disso, Maugrim tinha seu coração preso a Luneria, uma cleriga de Moradim, o criador dos anões e ela partiria com uma expedição para as terras externas, para investigar o desaparecimento de uma patrulha das montanhas e o aparecimento de criaturas terriveis na região, suspeitavam de um morto vivo...
Luneria estava prometida ao soldado que iria liderar a expedição Regdar, um nobre guerreiro, considerado um de maior potencial de todo o reino e muito estimado por Durandor, o rei.
Maugrim se uniu a eles sobre voto de confiança do rei, que poderia contribuir com as magias que aprendera para moldar o ferro e compreender a terra, um raro mago anão, mas principalmente artesão.
Durante as viagens Maugrim tentou se aproximar de Luneria mas ela só tinha olhos para Regdar e um ódio profundo começou a se instalar no coração do nobre Maugrim. Mais tempo durante a missão e perceberam que a fonte do mal provinha de uma residencia de um mago humano, um homem que desafiava a vida e a morte, um depravado necromante!
Na torre do mago Maugrim foi capaz de evitar grandes perigos e mostrou valor maior do que nos confrontos anteriores e finalmente chamou a atenção de Luneria.
O poderoso necromante da torre atacou os aventureiros com seus servos mortos-vivos até seus limite e então foi ao encontro deles.
Já haviam se passado dias e Luneria se aproximou de Maugrim de um jeito que Regdar não gostou e começou a desejar que o companheiro morresse na incursão.
Quando o poderoso necromante chegou ao comodo, aparentemente se expondo aos aventureiros é que se deram conta que o inimigo não era um mero mago humano e sim um morto vivo também, do tipo mais atemorizante: um vampiro!
A luta foi dura contra o grupo e eles foram obrigados a recuar, uma tática bolada pelo próprio Regdar que tinha outros planos em mente: criar uma oportunidade para se livrar de Maugrim e expo-lo a um ataque direto do vampiro. O plano fracassou e eles foram encurralados, Luneria jazia inconsciente e os dois anões cercados pelos varios servos mortos vivos e o vampiro.
O ódio entre os rivais veio a tona e em meio ao combate começaram a discutir, o vampiro, interessado no conflito, ordenou que seus servos parassem e apenas observava...
Maugrim era um artesão hábil, porém não era um bom guerreiro, quando ameaçado pelo poderoso Regdar ele recuou e caiu pateticamente no chão, humilhado e em seus olhos um ódio raro ia crescendo. Um sentimento perigoso caros ouvintes!
Então o vampiro já tinha o teatro que precisava para lançar em danação pior que a morte os pobres anões e o combate que se seguiu foi uma mera encenação.
Os mortos vivos foram facilmente derrotados por Redgar e aparentemente ele havia decepado a cabeça do vampiro. Uma mentira, havia apenas decepado a cabeça de mais um zumbi, enquanto o vampiro se escondia e observava lançando suas magias mais poderosas para se ligar mentalmente a Maugrim.
Por que a Maugrim? Ora, ambos eram arcanos! O necromante não gostava dos brutos guerreiros e preferia atormenta-los, se Maugrim cooperasse receberia davida maior que ele poderia dar: a imortalidade, além disso, não que tenha vasta experiência, mas imagina passar séculos sem ninguem para conversar? Mesmo o coração egoista de um vampiro ainda é atormentado por sentimentos confusos! Eu mesmo já tive uma amiga raptada porque um desses se sentia solitário demais, bom, mas isso é outra história hehehe. continuemos...
Maugrim começou a ter sonhos durante a viagem de volta e se tornou recluso, maquinava coisas sombrias em sua mente, tinha sonhos onde elas se concretizavam.
Numa noite então decidida o vento do acaso, ou melhor, a mão do necromante, pesou a favor de Maugrim e eles foram atacados na perigosa estrada do Abismo: uma perigosa estrada na beira de um abismo profundo, no alto das montanhas cinzentas, aliás costumam até dizer que lá há uma passagem para o Reino Cinzento.
A batalha nas montanhas foi dura para Regdar, os mortos pareciam querer sua carne, e quando menos esperava uma explosão, Maugrim usara uma magia poderosa em uma parte mais alta da montanha provocando um deslizamento, mas a tragedia o perseguiu, sua vilania foi punida com a culpa de ter matado não só a seu rival, mas a sua amada: Luneria correu para tentar proteger Regdar, por dentro se sentia dividida e via as diferenças entre os dois aumentarem, queria que fossem amigos, foi seu ultimo sacrificio...
Luneria foi arrastada, assim como Regdar para o profundo abismo...
Maugrim se deixou cair na neve e os servos do Necromante o levaram.
"Te darei poder além da vida, poder até para trazer sua amada de volta, se aceitar se tornar um leal servo meu." Disse o mago maligno
Em desespero o pobre anão aceitou!
E se tornou uma depravação da honra, lealdade e longevidade inspirados por sua raça, se tornou um vampiro.
Mas o destino não foi menos cruel que isso, não conseguiu jamais retornar a seu lar,
foi escravizado por anos pelo "mestre necromante", e finalmente quando se livrou de seus grilhões, descobriu que estava muito além do seu poder manipular a vida a ponto de trazer sua amada de volta, aliás, que a vida e ele, já haviam se tornado opostos entre si.
Abandonado ele passou a vagar solitario pelas montanhas, não aceitando sequer a presença de outros mortos vivos, e canta um lamento triste, sobre sua própria história e murmurra sua própria desgraça que é carregada pelo vento para que todos possam saber...
O sinal de sua existencia são as esculturas encontradas nas cavernas das montanhas cinzentas, sempre mostrando três anões, aparentemente unidos, felizes e amigos...

Por isso caros ouvintes! Cuidado com o que desejam e não permitam nunca que os sentimentos pervesos os dominem! Ou eles saberão se aproveitar disso..."

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Quem entende? Coisas da Comunicação

Deslizes de comunicação acontecem, a minha volta os vejo por todo lado...
E falar disso me lembra de alguem que me contou, de uma frase de outra pessoa,
que a gente só sabe o que disse depois que a pessoa te respondeu... Ou algo assim (entenderam?)
As pessoas não ouvem aquilo que dizemos, interpretar é mais do que apenas absorver o que foi ouvido, também é mais que tirar conclusões, mas vamos tomar que seja por aí e então passamos a entender que a medida que somos seres humanos diferentes, pra ser mais exato únicos, várias vezes aquilo que dizemos pode não ser aquilo que os outros ouvem.
Não quer dizer que não saibamos nos expressar, na verdade sabemos e são incrivelmente variadas as formas, sou encantado com as maneiras de se expressar das pessoas e presto bastante atenção a isso, os minimos trajeitos, os olhares, a intonação da voz e as palavras usadas e os gestos são formas de comunicação amplas e interessantes, mas por outro lado apesar de conseguirmos nos entender, nossa capacidade é limitada e, mas embora não possamos nos compreender inteiramente, podemos nos compreender e, por enquanto, isso basta, mas há vezes em que interpretamos coisas bem diferente daquilo que queriam nos dizer, ou interpretam aquilo que queriamos dizer muito diferente daquilo que queriamos dizer...
Eu entendo que seja normal que consigamos nos comunicar melhor com aqueles que se "alinham" de uma certa forma conosco e esse "alinhar" é um alinhar-se de forma ampla, em preferencias em comum e contextos: político, economico e socio-cultural.

Será que também temos uma necessidade de nos expressarmos? Por isso tantas formas diferentes, e incrivelmente interessantes?

Cada gesto, cada olhar , pensamento, frase solta, palavra, cada aperto de mão , abraço, cada passo dado ao lado, cada corpo se aproximando, isso torna praticamente tudo uma comunicação.
Desde desenhos até a lingua dos bebês...
Acho que são perguntas relevantes a quem pretende ensinar pessoas de realidades muito diferentes e pessoas muito diferentes.
E também a um ser humano, que muitas vezes quis dizer algo e ouviu as pessoas entenderem errado o que queria dizer.
As quantas vezes que se envolvia com um problema de familia, tentando mostrar-lhes o quanto os amo, quantas vezes entenderam que isso era ingratidão e desrespeito.
E quem está isento disso?
E quem disse que aquilo que pensamos não conta?
Para mim, continuo entendendo que fiz o que fiz porque gosto demais da minha familia e como fui eu quem fiz, acho que posso ficar tranquilo comigo mesmo, mesmo que ainda há quem aqui entenda como que foi apenas uma fase de um "garoto egoista cheio de problemas", mas a gente supera.
Essas coisas não acontecem só comigo e nos afetam bastante...
Nos afetam ainda mais quando amamos a pessoas que possuem um "alinhamento" tão diferente de nós, mesmo que muito próximas, que não são capazes de perceber os sacrificios que realizamos em função desta e as várias vezes em que ela não percebeu a intensão dos nossos atos. E que muitas vezes também não conseguimos entender, parece que há um grande abismo de realidades apesar de muitas coisas em comum
Muitas vezes que queremos dizer pra alguem, bem alto, gritando (de não caber em nós): "Eu Amo Você", mas ela só percebe o grito, e se irrita porque estão gritando...
Quem disse que a sua intensão não conta?
Não que sirva pra todos os casos, mas pra esse eu diria que, entender que há um problema de comunicação e tentar coisas novas, pode ser um belo começo e reconhecer que há uma intensão verdadeiramente positiva, a partir daí tentar se aproximar da linguagem que o outro entende é fundamental para inciar um contato positivo e reparar as aparas de uma relação, bom, é o que eu acho, nesse caso...

Muitas vezes também queria poder fazer mais, mas reflexão é necessária e a intensão da minha comunicação nem tão velada assim, que se figura de simples interesse e gosto pelo assunto, quando também é uma tentativa de ajudar.

Espero que gostem e me contem o que acham a respeito, já podemos começar a escrever um livro?
Abraços a todos.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Contos de cobras e pessoas...

Ahh... dizem que a nossa familia deveria ser nosso maior sustento para nossas aspirações.
Mas na familia das cobras , quem arranca as presas vira minhoca, e é rejeitado.
Quem nega é renegado, e quem sai dos padrões corre o risco de ser envenenado.
Falsidade é confundida com cortesia e sinceridade com grosseria, e as viboras disformes vivem a fugir de si mesmas, a destilar venenos uma contra as outras e contra aquelas que trairam seu sangue, para esquecerem o veneno que destilaram em si mesmas, sua deformidade monstruosa, suas questões, mas nem todo filho de cobra, cobra é...

A maior delas tem uma grande crista, e sua mordida é fatal pela força que possui destroi o corpo e a mente... Ja seu veneno despejado em doses leves, veneno de esperança, parece que é soprado ao ar e como uma nuvem e impregna o ar com um forte cheiro de medo e moralismo, esse gás do desespero, corroi os sonhos e destroi a esperança. Mas a grande que se gaba de seu poder, não consegue se levantar sobre seu próprio peso, dizem que o seu orgulho está pesando muito e por isso, fica díficil se erguer, então, debil e doente, despeja seu veneno no ar, amedrontando aqueles que tentem apontar qualquer uma de suas varias debilidades de sua impotencia perante si mesma...
A segunda maior, é mais fina, suas presas não mordem mais, apenas inoculam veneno, um veneno perigoso também, o veneno das culpas, um corrosivo poderoso, um ácido desgastante, destroi as relações, destroi as vontades. Desaprendeu a morder, não sabe se defender, apenas segue ordens e quando seu veneno doi demais em si mesma, ela tenta destilar seu mal contra outros, quando o veneno de suas proprias insatisfações a incomoda demais, ela se desfaz dele, despejando sobre suas crias, tentando banha-las, jamais consegue questionar a onipotencia da grande, mas por tras, tambem derrama ácido sobre suas costas, desejando poder despejar todo o rancor acumulado ao longo dos anos com aquela grande e tirana e desejando desfazer-se de suas questões, mas continua fugindo, fugindo , fugindo...
As cobras tem três crias e vivem no rio que não lhes pertence, pagam com caças ao senhor, e o senhor sempre lhes cobra, as cobras confusas, envenenam suas riquezas, isso insadece suas dividas assim os moveis, eletro-domesticos e utensilos da casa-rio aumentaram, inchadas, como um cancer, como incham as feridas abertas pelas mordidas das cobras, mas o lugar em si permaneceu pequeno, e hoje, mal acomoda os seus cinco moradores...
Será que o ambiente ficou envenenado?

As crias são curiosas,os filhos das cobras: um sapo, um passaro e a criança.

O sapo sempre foi presa, é recluso, mas não deixa de dizer o que pensa, dá saltos altos em momentos inesperados, dizem que é um salto de sinceridade, as vezes, não há nada mais doloroso, o sapo deixa de lado as cobras, afasta-se quando elas não se entendem e quando acham que ele é presa, ele astutamente escapa, e salta, salta sobre suas cabeças com sinceridade, machucando-lhes a consciência...

O pássaro, as cobras tentaram engaiolar, e reproduzir nele, suas deformadas imagens, aquela velha história de tentar das asas a cobra, só que aqui ao contrário, tentaram dar "cobras ao passaro", mas nem todo passarinho que acompanha cobra vira vibora e o passaro usou o bico e saiu da gaiola, e agora ele quer voar, mas as cobras, incapazes de sustentar o próprio peso, de se erguerem, incapazes de admitir que alguem seja capaz disso, vivem desmotivando o passaro, que por muito tempo ter ficado trancado, tem dificildades em voar sozinho, mas sonha em voar alto, ainda que as vezes, sinta medo de altura, apesar de gostar das paisagens distante, mas ele continua tentando e sonhando e tentando aprender o anditodo contra qualquer veneno da alma: esperança.

A criança, inocente, tentaram envenenar, mas o sapo e o passaro,o curam, o distraem, tentam manter-lhe a pureza, o sapo, pouco paciênte, muitas vezes salta e se vai, mas sempre que a criança precisa, ele está lá, para leva-la aonde precisar. O passaro gosta de voar com a criança para passear em outros lugares, nos sonhos e além do rio, além do conhecido e do comum, torna-la um passaro nas ideias, e nas perguntas é claro!
A criança inspira sonho e expira doçura, cuida atenciosa de seus companheiros quando feridos, cuida, com cuidado, com carinho, ele segue também seu próprio caminho, a parte daquilo que almejam as maiores cobras em sua confusão. A criança inspira a esperança do mundo. As crianças talvez sejam assim...

Os irmãos estão mais unidos que seus progenitores, que despejam venenos contra todos e contra tudo, sem querer enxergar que os unicos envenenados são eles mesmos, os irmãos apesar de tudo, lembram-se de bons momentos, que não falo aqui porque me falta caber em alegrias num momento de indignação, mas existiram, existem, mas o que os irmãos realmente queriam é que as cobras, seus pais, fossem felizes.
Queriam que as cobras aprendessem a voar.

terça-feira, 15 de julho de 2008

"Um brinde aos encontros da vida!"

E os olhos encontraram os olhos,
E os abraços se encontraram,
E os lábios se uniram,
E os dias nem foram contados,
Outro reencontro esperado...

Almejado, sonhado, procurado e encontrado...

E se deram as mãos,
as almas se entrelaçaram ainda mais,
"Quanto mais te amo, mais te amo..."
E os copos brindaram, mais de uma vez
o mesmo brinde...
E as almas se abraçaram... se encontraram...
Muitas conversas, muitas palavras,
Umas faladas, umas... ditas com a alma...
Muitos lugares, muitos Encontros, sorrisos, quebra de rotina,
os amigos, nós, a noite, o dia e, é claro
o frio... e a felicidade

E aquilo que parecia grande,
Deixei passar, o paradoxo do controle caiu,
e eu, estive lá,
e eles também
e você também...
Nós.

Lua risonha veio para nos presentar...
Noite sem nuvens, geladas,
noite de palavras quentes,
De conversas intensas,
Das coisas intensas,
E como nos contos de pessoas,
perfeito, por não ser ideal,
mas por ser real...

Mas, ainda que as angustias viessem a tona,
Elas passavam, porque
"a Felicidade não compete, só ganha",
E as amizades se fizeram presentes,
E os laços da alma, de todos nós, se fortaleceram

E depois de tudo isso,
Dos dias incontados,
Dos passeios,
Das pensamentos iguais
aqueles que demoramos a dizer,
Dos tatos e contatos,
Das graças,
Dos risos e sorrisos,
Das lagrimas,
Dos encontros
Retomamos nossos rumos...

E a saudade escorreu pela face em forma de gota,
E a felicidade escorreu pela face em forma de gota,
E o coração não coube no corpo,
E as palavras choveram na noite fria,
aquecendo o ambiente e as almas,

Despedidas são sempre complicadas...
Mas os laços da alma, comigo e com todos
não serão rompidos pelas distancias,
Somos maiores do que isso...

Vai com um pedaço de mim
Fica aqui um pedaço de ti...



Nunca um inverno tão frio...
Nunca um inverno tão quente...

.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Mudanças...

Itensas mudanças praticamente diárias, caminham por aí e se encontram e desencontram comigo...
Mudanças... Elas me trazem interesse, qual é o mecanismo das mudanças?
Várias vezes eu mudei, diria que mudo diariamente, mas não consigo perceber, quando percebo já estou mudado. As vezes é de tiro, pá! E começa um intenso processo de mudança... Noutras vou mudando aos poucos, mas geralmente só percebo q mudei quando aquilo que mudou já diferencia um bocado daquilo que era...
Mas noutras vezes encontrei um tanto de coisas que queria mudar, e tentava, porém, retornava aos velhos hábitos, por que?
E ainda, noutras vezes trabalhei duro e mudei por vontade, por que?
Sou obrigado a ressaltar também, que o mero toque de pessoas em nossas vidas é capaz de muda-la por demais. É a linha tenue que separa um simples desconhecido, de alguem próximo.
Claro que somos muito marcados pelas pessoas que nos rodeiam, mas não só por elas, ainda que por elas talvez seja de uma forma mais intensa, mas as vezes um simples olhar de um desconhecido em uma situação determinada, pode começar a operar em você uma mudança, as vezes grande, revolucionária, noutras simples, mas não menos importante.
Mudamos constantemente em função das experiências vividas, das pessoas que cruzam nosso caminho, dos sonhos, das angustias, das limitações, das derrotas e vitorias e de um tanto de outras coisas que não me lembro nesse exato momento, basicamente tudo pode operar mudança, até a quantidade de oxigênio no ar ou hemacias no seu sangue. xD
Se fosse analisar os anos de minha vida encontraria "20 Thiagos diferentes", que são todos eu mesmo, porém mudado, e as vezes um traço simples da personalidade que tenha mudado, é o suficiente para encontrarmos outro individuo. Isso desperta minha curiosidade, é instigante, fico intrigado, como? Por quê?
Descobri esse ano um universo que eu desconhecia a dimensão, apesar de já saber a existencia, o universo da mente humana, e consequentemente me deparei com algo que nunca havia pensado antes, apesar de já ter sentido: a dimensão e a fragilidade da vida...
Parem para analisar o curso da vida de vcs, ponto-a-ponto, venham caminhando ao longo de suas próprias histórias, e eu lhes perguntarei, é a vida tão curta como afirmam grande parte das pessoas? E ainda, conseguem perceber como mudaram? E ainda, quais foram os "gatilhos" dessas mudanças?
Não sei quanto a vocês, mas isso me encanta, pelo menos por enquanto, hehehehehe...
Mas enquanto ainda não mudei, há outra coisa...
Por mais que mudemos existem coisas também que sempre se parecem, podem até ter mudado um pouco, mas não radicalmente, sei lah, é como se existisse uma parte de nós que fosse resistente as mudanças. E noto isso em mim, por exemplo, existem algumas caracteristicas da minha personalidade que apesar de se manifestarem em outros comportamentos partem da mesma base, como se houvesse um pilar que orientasse as mudanças e fosse mais díficil de ser mudado, e aí, o que vcs acham?
Espero apenas que me perdoem o excesso de exemplos comigo mesmo, mas é que o único exemplo justo pra eu levantar aqui, é o meu próprio das minhas reflexões, não é uma questão de megalomania não, hehehehe, pelo menos, acho que não...

E ainda continuo com a minha duvida, cujo interesse nem é tanto a resposta... "O que opera a mudança?"

.

sábado, 5 de julho de 2008

O Sabado e a política...

Cansei, hoje eu queria ter nas mãos, palavras pesadas e duras.
Não por rancor ou descrença, mas porque as vezes, elas ensinam melhor do que as explicações amenas e racionais.
Não basta mostrar um raciocinio, é necessário fazer com que grave fundo na alma do ouvinte e só gravará se lhe tocar o coração, poucos são os mestres que fazem seus alunos ouvir com os ouvidos da alma.
Não se pode negar o processo, ou a tentativa, de estagnação do movimento estudantil atual, desde suas bases municipais até nossas maiores representações, assim como a própria juventude não possui as características que possuia em outras épocas, nada mais natural, afinal, estamos em outros tempos, não é?
Seria um absurdo dizer, generalizando, que a juventude e o movimento estudantil, são fracos e alienados, mas é igual absurdo dizer que ele se configura com uma representatividade e força que deveria ter, e igual absurdo desconsiderar as questões e os problemas que rondam o movimento estudantil brasileiro e a juventude...
Entendo que depois da ditadura, houve uma desfiguração das entidades estudantis de forma geral, impera o partidarismo político, talvez na época fosse a mesma coisa e o que os unisse fosse apenas o "inimigo comum"...
E se os partidos são aqueles que escolhem quem vamos escolher parar resolver os nossos problemas, confesso que têm dado bastante trabalho no movimento estudantil dos nossos tempos... Afinal, cade a UBES, as UMES, a UCMG e a UNE? Quantos de vcs já ouviram falar?
Imagino que as situações de crise nos levam a nos mover de forma mais abrupta, e a ditadura foi certamente um momento propicio para o engajamento desses movimentos mais ativos. A UNE mesmo estagva ilegal na época em função de sua mobilização...
Hoje em dia, o controle, o absurdo, é sutil...
Nos envenenam desde pequeno para aceitar que tem gente no mundo morrendo de fome,
por falta de saúde, em guerras, e que isso é normal.
Coisas do sistema...
Consequentemente, grande parte da sociedade, especialmente a que compõe os setores explorados da sociedade, foram absorvidos por essas formas de controle e vivem, muitos, mas felizmente, não todos, sobre o cabresto dos mecanismos de controle social.
Grande parte do movimento estudantil não se salvou, assim como a maioria dos jovens. Não sei, talvez eu seja pessimista demais, mas a maioria dos que vejo não é engajada, não tem interesse e não vê perspectiva de mudança.
I Conferencia Municiapal de Juventude...
Certamente um evento rico, mas não falava muito sobre o que iria ter na propaganda, confesso que julguei que não seria grande coisa qdo vi o papel, mas fui verificar, afinal, não é todo dia que existe alguma mobilizaçao estudantil em Ouro Preto que não sejam bagunças...
E apesar de ter sido um pouco bagunça, foi bem mais rico do que a grande parte das mobilizações estudantis ouropretanas que estive presente.
Porém de cara devo criticar algo: Conselho Municipal de Juventude??????
Que isso? Quando isso? Ahm?
Sim! A conferencia era para aquilo, para "montar" o conselho municipal de juventude, porém, se haviam 100 jovens dos municipios e distritos, era muito. Mais da metade do auditorio do CEFET-OP estava vazia, mas a ausencia é um dos problemas enfrentados por aqueles que se engajam nas lutas dos jovens, sejam em suas escolas, que quer que seja, a ausencia está sempre presente, se mover é dificil demais, mas...
... Pra onde vai a democracia quando 7 tomam a frente da luta de 7 milhões?
Jah passei por isso, conheço muitos que já passaram, a ausencia nunca me deixou na mão, mas ela me ensinou algo fundamental pras lutas travadas, perfeitamente explicadas nas palavras de Agostinho Neto:

"Não basta que seja pura e justa a nossa causa É necessário que a pureza e a justiça existam dentro de nós"

Eu comecei a perceber que lutavam até o final apenas aqueles que tinham o IDEALISMO real em suas convicções, não lutavam por desespero ou por falta de alternativa, lutavam por Convicção e isso os tornava fortes!
Dos 100 que ali haviam, grande maioria não prestava atenção as palavras ditas a frente, dispersos perdiam-se em conversas e em assuntos pessoais mais importantes do que a representação da juventude de um municipio com cerca de 100 mil habitantes...
Presenças solenes, cmo a do prefeito, dois vereadores, e alguns já representantes dos estudantes em outros movimentos e também o pessoal responsável pela organização do evento, as pessoas de diversos "grupos" e de diversos distritos incluindo "a sede" Ouro Preto, entre as pessoas comuns, meros cidadãos sem partido, estou eu.
Quantos ouviram a indecencia do nosso hino nacional "paz no futuro e gloria no passado" (e tantas outras)? Fico feliz com a perspectiva de paz, mas chamar de glorioso o genocidio que foi o nosso passado? Talvez, daqui a um milenio faça sentido cantar essa musica, homenageando a gloria daqueles que nos nossos tempos se levantaram para lutar, aí paro de reclamar do hino, mas enquanto não fizermos nosso passado digno de gloria e nosso futuro merecedor de paz, vou discordar, por enquanto canto para minha patria, com enfase, "Veras que um filho teu não foge a luta, Oh , Patria Amada!"
Quantos ouviram o que o XP ou o Daniel, ou o Adilson disseram? Quantos entenderam? Quantos lutariam por aquilo que eles falaram?
"a sociedade de consumo"... "o desrespeito e a rotulação dos jovens"..."a padronização das pessoas"..."a massificação promovida pela midia"...
Quantos ali não se encaixavam nos padrões, não eram alienados, ainda presos ao sistema?

Quantos se interessavam pelo que eles diziam?

Por isso que disse no começo, hoje eu queria as palavras e imagens mais duras, para mostrar-lhes um pouco daquilo pelo qual todos deveriamos lutar contra.
Fiquei pensando no trabalho de filosofia muito forte que uma amiga minha apresentou essa semana , vontade de mostra-lo aquelas pessoas.
Para dar-lhes perspectiva! Para tocar a alma dessas pessoas! A maioria dos presentes, para não dizer todos, sofre de alguma forma com a organização atual do sistema, com a exploração e divisão promovida por este, muitos deles provavelmente jah sofreram muito mais do que eu sofri nas mãos deste sistema.
Ao se indentificar com outros que sofrem, não ficariam sensibilizados?
Quão profundamente desumanizado podemos estar?
Tomariam por normal a fome que mata milhões, e matará ainda mais com a crise de alimentos?
Por normal os assassinatos, a corrupção? A falta de ação desses tantos poderosos que em nossa pseudo-democracia escolhemos para representar nossos interesses?
Eu tenho esperança que pelo menos um deles não.
Porque, tratando de seres humanos, pouca diferença faz a quantidade, cada um é um universo unico e fascinante! Cada um tocado e com desejo pela mudança é uma vitoria unica, uma conquista da consciencia de um humano na construção de uma Sociedade.

Mas ao invez disso... A organização, podia participar das eleições, representações claramente partidarias apareceram e grupos organizados apareceram também, como a "pastoral da juventude" que não sei "de quem é"...
Isso me chateia, sempre me chateou, iam votar representantes para um Conselho Municipal de Juventude e , como se não bastasse a organização participar, a votação seria um "cabresto grupal", ou como costumo chamar "voto corporativo", funciona mais ou menos assim: não importa quem seja quem vc tá votando, se ele é seu conhecido e está no mesmo grupo de vc então tudo bem, vc simplesmente vota nele.
Cansei de ver isso... é irritante, ainda mais, deve ser pq eu sou comunista, mas ninguem é dono meu não, sou dono do meu próprio e grande nariz e carrego a bandeira dos meus próprios ideais, portanto, a maioria das vezes, lutei ao lado de poucos, que preciso ressaltar: almas raras, da qual me sinto honrado em partilhar minhas lutas, mas nunca nos prendemos ao "voto em vc pq é meu amigo"... É esse pedaço da politicagem que me deixa com raiva, os partidos metem o bedelho em tudo, não em busca de contribuir de fato, nem sempre, grande maioria das vezes é por voto, é pra "arrebanhar massa" e ali, em vários aspectos, não foi diferente.
Com muito custo conseguiram 16 canditados para compor o tal do Conselho Municipal de Juventude, eu e o Wilson estavamos entre os canditados masculinos, eram 4 titulares masculinos e 4 suplentes mais 4 titulares femininos e 4 suplentes...
Tinhamos um minuto para falar com eles quem eramos e qual nosso interesse, a essa altura do campeonato, já bem chateado com o rumo que as coisas estavam tomando e tomando dimensão da cagada que estava acontecendo, comentei com Wilson: "minha vontade era de cutucar todo mundo", bem disse ele, ironizando o clima: "Ah, mas se vc fizer isso, perde votos- politicalha"...
Acabei tentando cutuca-los, "nós estaremos lá para representar vocês!", entre outros comentários, mas não fui duro como costumo ser, me faltou o contexto, o tempo e as palavras, fico pensando que talvez foi minha melhor oportunidade para incomoda-los quanto a própria condição... Enfim, com os 16 prontos a unica coisa que não podia acontecer é vc não receber voto algum, portanto foram todos os canditados eleitos, servindo os votos apenas para decidirem quem era suplente e quem não era...
Wilson comentou quanto as dificuldades de aviso, mas como ele mesmo perguntou: "Mas será que talvez, não fosse interessante tão poucas pessoas?". Preocupante realmente...
Mais engraçado era, ainda, as falas dos nossos colegas, pediam votos a semelhança de um político convencional, faziam promessas e "mendigavam o voto" do mesmo modo e isso não se limitava aos garotos, fizeram isso também algumas garotas, outras, considerações duras, um tanto radicais, das quais precisariamos de um longo debate para nos posicionarmos... Enfim, achei as falas pobres.
E naturalmente ganharam as pessoas que já eram conhecidas por seus grupos, ou membros da organização, para serem os titulares, os demais receberam poucos votos e se tornaram suplentes.
Como representar a tantos com uma Conferencia, ainda que interessante nos temas, com tão pouca gente? Com tantas coisas já pre-estabelecidas? Com a própria Comissão organizadora do evento participando das eleições? E os membros de grupos que haviam levado suas "massas votantes"? Que raio de democracia, eu já imaginava que não iria ganhar, mas a suplencia, contanto que eu seja convocado para as reuniões tudo bem ,farei valer minha voz, pelo voto que não poderei dar...
O tempo todo se falou da importancia da juventude, do momento da juventude, da manipulação das massas, da injustiça do sistema, em momento algum foi questionado a posição do jovem ali, não tocaram os jovens o suficiente para que se empenhassem com a devida consciência da importancia daquela representação...
Após a votação grande parte dos grupos foi embora, Por que hein?
Logo na hora que a parte mais interessante ia começar: As discussões , ora bolas!
Aí me dizem: "Ah, mas não é todo mundo que se interessa por isso como você"...
reconheço que sim, mas nossa, quanta gente sem interesse! Em assuntos tão importantes, e o pior, tomaram a maxima decisão posivel: votaram, se o desinteresse era tão grande nem isso deveriam ter feito. A democracia sem consciência é uma arma perigosa...
As discussões foram fantasticas! O grupo "Amar e Mudar as Coisas" de estudantes de Filosofia da UFOP chamou minha atenção e aplaudo suas idéias, postura e coragem. Mas para aquelas pessoas não bastavam os questionamentos diretos, a tentativa de criar um interesse nelas, era preciso primeiro, dar as pancadas, machuca-las com palavras duras... Mostra-las a dureza das coisas, traze-las a flor da pele! Para aí então discutirem coisas que naturalmente já nos deveriam deixar a flor da pele! Ainda mais estavamos falando de algo tão vil, manipulação...
Afinal, que mais absurdo do que a manipulação da capacidade de escolha da maioria de uma nação? A critica ali estava, o simbolo conhecido, e a frase "Sorria, você está sendo manipulado", o mais engraçado é que a propria conferencia parecia "montada" para aquela configuração, para levar ao Conselho pessoas já pre-estabelecidas... Isso não seria Manipulação? O grupo da Filosofia era convidado, não sei a ligação deles com a Comissão Organizadora, mas eu bem queria que a tal comissão pensasse nisso que to falando agora... Reclamam da manipulação da midia, porém, manipulam massas de jovens, a repetirem seus discursos e gritos de guerra! Reclamam que a midia cria padrões e tantos ali, padronizados... E para finalizar a hipocrisia: a organização distribuiu entre os participantes do evento folhetos feitos em um belo papel caro, sobre ninguem menos do que a Juventude do PMDB... Ah! Então tiraram as mascaras! Isso me chateou, mas como estava discutindo muito interessadamente no que a turma do "Amar e Mudar as Coisas" estavam falando, tentava e não sei se tive exito, cutucar os ouvintes, que cairam para menos da metade depois da votação, sobre sua própria condição.
As experiencias relatadas por Alessandra e Valmiro , de um grupo que cuida de alcolatras e viciados também foi muito interessante, mas de pouca duração, incrivel é a capacidade das pessoas de, ao superarem sua propria condição, estender suas lutas, ambos sofreram com o vicio, ambos lutam para ajudar aqueles que estão presos a eles, isso é um exemplo de humanização...

E falando em humanização...
"Amar e mudar as coisas", interessante, gostei da ideia. Quero conhecer o grupo mais de perto e, certamente, vou colocar um link para o incrivel blog deles aqui.
Foi um dia e tanto este sábado, vendo uma dança exotica entre os conscientes e os manipuladores, no estranho mundo da política, ao som de musica jovem brasileira.
Queria ouvir mais a voz de todos aqueles jovens, queria ter podido derramar estas palavras como facas durante aquela reunião, queria desesperadamente tocar-lhes a alma, queria palavras duras, mas não o fiz, não me coube fazer ali, fica então aqui, a reflexão e a critica, a quem quiser ler.
Quero ainda muitas coisas, quero que a falsidade ideologica caia por terra, que voltemos a perguntar, que a sociedade se torne sociedade, que a humanidade se torne feliz.
Como diria um amigo meu, somos mais ambiciosos do que imaignamos, queremos coisas que sabemos que não veremos prontas vivos...


Mas de imediato, apenas gostaria que as pessoas que acompanham o blog, lessem esse post, por mais enorme que seja, é importante pra mim.

sábado, 28 de junho de 2008

De outras terras...

Noite fria de inverno...
A neve caia mas não atrasava os passos do vulto que caminhava pela estrada sem iluminação...
A figura sombria se dirigia em direção a uma pequena vila, os animais se inquietavam na presença do viajante, mas ele ignorava. Tinha questões em sua mente, mais importantes que a estranheza de sua própria visita a aquele local, caminhava em passos firmes pela neve, uma longa capa escura cobria a maior parte do corpo, e o capuz lhe ocultava a face, portava consigo uma espada longa e se dirigia a passos firmes pela pequena praça da vila, a uma casa em especifico, a mais bela das casas.
A casa de Haumam Bekcderram, um rico comerciante da capital, conhecido por sua imensa riqueza e ter dado inicio a Guilda de Mercadores de Damaria, a casa era a mais luxuosa, notoriamente diferente das demais, geralmente , casas de camponeses que viviam ali sob a prodigiosa proteção do conde local.
O frio não lhe tirava a atenção, nem os animais inquietos, nem sua própria presença, tão estranha naquela pequena vila, seus pensamentos estavam fixos, focados, só existia um proposito, frio como a neve e tão inquietante quanto sua presença naquele local, vingança.
A casa era a unica casa protegida na cidade, soldados locais faziam rondas permanentes nos portões de ferro do grande solar.
O viajante não hesitou, sequer se indentificou, os guardas sequer tiveram tempo de nota-lo...

-o barulho de uma lamina cortando o ar- dois baques secos - silencio novamente-

"Sequer gritaram" - pensou

Pegou a chave de um dos guardas e abriu o portão, com um gesto rápido limpou a lamina de sua espada e entrou caminhando firme como estava a pouco, matar já não fazia mais diferença...
Como chegara a tal ponto?
Por mais mais trevas que aceitasse em seu coração, ele ainda insistia em lhe fazer a mesma e irritante pergunta...
"Como cheguei até aqui?" "Como pude chegar até aqui?" "Pra isso?"

E agora, no fim de tudo... ele hesitava...
Por que?


- Contos

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Queimar-se...

Vou lavar minha alma no oléo dos sonhos e correr com a tocha da realidade...
Vou incendiar meu corpo com os o fogo de minha vida e consumi-la por completo nessa luta, nessa combustão...
tentando iluminar um pouco a minha volta, criando o caminho através da escuridão,
tendo como ferramentas, meu sonho e minha vida...
Eu escolhi isso...
Como ir adiante e me preservar?
Qual a utilidade da vida, se não gasta-la?
Por que o temor à dor? Pela dor muitas vezes cresci...
E de me proteger já feri os outros...
É possivel viver plenamente sem se consumir em suas próprias chamas?
Duvido muito...
Não pense que sou suicida, apenas parei pra pensar, que devo viver a vida...
E não, ela não é fácil e não teria graça nenhuma se fosse.
A minha vida é muito boa e feliz atearei fogo a ela...
Gosto do calor da chama e de sua luz.
Quem sabe possa trazer luz a mais alguem?
Vale a pena tentar...
Dúvido que tenha só uma...
É hora de parar de me esconder,
De me proteger, porque ninguem será forte se não cair
ninguem aprenderá a lutar se não tentar,
Ninguem deve travar por mim minhas lutas se não eu mesmo...
Caros amigos, perdoem minha covardia,
Vou supera-la...
Abraços a todos...

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Fragmento...

Um dos presentes mais belos que já recebi...
O fragmento da alma,
O mais sincero sorriso,
A felicidade compartilhada,
As mãos dadas, os olhos na mesma altura,
a refletirem a alma...

O abraço mais longo,
Nosso reencontro esperado,
A Noite, que nos corrige,
Dois por engano...
Mergulho no mais profundo abismo,
Como é bom voar de mãos dadas

Céu encomendado,
Com direito a bela musica,
Vontade de dançar,
A Lua,
A Praça, as crianças, as pessoas,
E, é claro,
Nós.

Que mágica é essa que torna dias comuns,
Em dias únicos, perfeitos?
É a felicidade aproveitada para cada instante,
Dos contos de pessoas,
"Parece até filme"
"Não, é melhor, é a vida"...

Nossa... É a vida.
Como podemos acha-la ruim, se podemos torna-la tão bela?
Não vale a pena lutar por isso?
Ah, eu acho que vale...

De tou o meu melhor presente,
Que não é comprado,
Mas foi feito por mim,
Como sempre quis dar a alguem,
E as vezes dei sem saber,
Um pequeno fragmento da minha alma,
Um pedaço da minha memoria,
Compartilho com você, uma parte da minha história,
E me entrego de corpo e alma a esse sentimento...


Deixando que a felicidade prevaleça sobre as angustias,
E que os bons sentimentos, suprimam qualquer mágoa e rancor,
Aprendendo a ser menos amargo,
Aprendendo o que mais admiro em você,
Que ressalta o melhor de nós:
A humanidade...
Você, que transborda amor.
Minha amiga e companheira.
A Ana Luiza...

Amo Você...

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Autoconsciência e a Semana Longa...

Definitivamente não curto muito essa parada de ficar doente...
(não é muito saudavel sabe?)
Bom, essa semana foi inevitavel, fiquei , desde domingo até ontem detonado por um começo de inflamação na garganta (e suspeito que tbm esteja gripando), passei a segunda e a terça "na cama", não diria de cama, porque eu, em minha inquietude ( e puxa vida, justificavel, eu esperava fazer qualquer coisa, menos ficar prostado na cama dormindo ¬¬) saia para perambular pela casa, sem ler nada, pq os olhos doiam demais, sem demorar demais pq o corpo doia demais, sem pensar muito pq a cabeça doia demais, e nossa, como doía esse negocio de pensar...
É bom ter pessoas por perto para puxarem minha orelha, prudentemente fui na UPA na terça, para pelo menos ter certeza do que tinha e começar a tomar medicação (ou as providências necessárias).

Mas não posso negar, tive oportunidade de me perceber no contexto e acho que a duas semanas eu estava "vivendo em terceira pessoa", como alguem passageiro, um "personagem secundario", aqueles PdMs de segunda categoria, como um taverneiro de uma das quinhentas tavernas que existem na capital do Reino, ou coisa parecida. Eu estava doente e vi como me relaciono com as pessoas através dessa óptica e notei, na fila da UPA , que a sutil diferença entre ser apenas um personagem secundario e um personagem principal de uma história, é um olhar, e nem precisa ser um olhar com os olhos...
Tive tempo para pensar sobre muitas das minhas questões, por mais que doesse (quase literalmente) foi bem útil.
Não posso fazer parte de um terceiro contexto, mas é preciso entender que entre as pessoas que conheço existem relações próprias delas, por mais obvio que esse raciocinio pareça eu acho importante falar um pouco sobre ele, as pessoas que eu conheço tem relações entre si, e eu não me torno alheio a isso porque isso existe, mas é necessário que isso exista, o que é dificil é se adaptar não tendo nenhum referencial. Porque apesar de entender bem o que é ficar sozinho, eu não sei "agir sozinho", não que não consiga fazer nada, mas tenho sérias restrições.
Diga-se de passagem , durante a vida toda sempre tive facilidade para estudar com os outros, e utilizava disso frequentemente para conseguir estudar, nem que fosse apenas da presença da pessoa e é obvio que o peso da obrigação de uma prova também empurrava (ainda que de um modo não tão positivo) aos estudos e agora, livre de qualquer obrigação exceto a para comigo mesmo meus estudos insistem em não fluir, ou fluirem "abaixo da média".
Mas uma coisa não posso negar, a vida me ensina muita coisa e como meu coração está muito perto da História, eu observo muito o que a vida me ensina da História.
E digo, que se passei segunda e terça deitado, numa cama refletindo sobre estas questões, ora furtando um pedaço de bolo de chocolate da geladeira ou (sim, eu me rebaixei a esse ponto) assistindo seção da tarde, a quarta feira de noite foi o divisor de águas da semana.
Um encontro um tanto inesperado, do qual tenho muito a dizer, mas é claro,
numa próxima oportunidade.
Abraços a todos

quinta-feira, 5 de junho de 2008

O Bardo...

Existem modos controversos de se conhecer uma pessoa.
E ninguem deve duvidar que nosso modo de nos conhecermos foi o mais estranho,
e a nossa aproximação então hein? Ninguem aceitava, mas quantas vezes as maiorias não erraram?
Erraram conosco também , nós nos tornamos amigos de verdade, ficamos muito próximos que até conseguimos tocar nos assuntos delicados que fazem parte da época em que nos conhecemos.
Ainda , e com certeza, vou te dar um "pedala" por não contar que vc completava mais um ciclo esta semana e pode ter certeza que meu irmão também o fará. Que absurdo camarada!
Um bom amigo, com certeza uma das pessoas mais humildes que eu conheço ( e cuidado com sua humildade camarada, para não se rebaixar), e também muito lucido, muito mais que eu (que seria de mim sem os conselhos em horas de desespero >.<), e com certeza um bardo pra lá de pra frente ( Que o grupo de Alanion o diga ¬¬ ), mas não há como negar, indispensavel, na vida e no RPG. HAHAHAHAHA, sim RPG é quase tão importante como a vida ( alguns até dizem que mata)... Ah e meu bom companheiro de viagens também afinal para quantos lugares já não fomos juntos e para quantos não iremos não é? (E afinal o quanto não temos o que falar dessas viagens não é? HAHAHAHA)
Bom, vemos o mundo de óticas muito parecidas , cada um ao seu modo, obrigado por aguçar minha visão bom amigo.
E gostaria sim de ter te dado um parabéns decente , porque vc merece, porque além de um excelente amigo é um ser humano admiravel e um grande bardo, afinal de contas, o que são dos bons aventureiros sem quem contar as histórias de suas aventuras, em belos poemas e canções em uma noite na taverna não é?
Parabéns Luiz. Que os ciclos da sua vida sejam sempre um recomeço em alegria e luz, mas que nunca faltem trevas e angustias , para que o gosto da alegria não se anestesie e para que a luz não te ofusque.
Para o que precisar estaremos aí.
Abraços

Filosofo Moíses...

(Não, eu não vou ir dormir sem escrever algo útil.)


Moíses, quem dera vc tivesse tido a oportunidade de ter mais estudo bom amigo,
eu queria muito que pudesse, ninguem como vc sabe valorizar o conhecimento, suas convicções seriam lapidadas assim como seu olhar sobre o mundo, sua genialidade impressionante máximizada. Não é possivel distinguir essas caracteristicas suas ao observar seu jeito simples de se portar, sua longa história e trajetoria de vida, com bem menos oportunidades do que as que tive até agora, e sei que com certeza tem idade para ser meu pai.
O trabalhador reflexivo, um verdadeiro operario em construção, que percebe a hipocrisia do sistema e a sensibilidade da natureza, um senhor reflexivo e inteligente de longas conversas , e como longas não é bom amigo?
Gosto de discordar de você, você tem a coragem de repensar suas coisas e não usa o argumento frequentemente usado por aqueles que já viveram muitas coisas (que é a própria idade), você fala que precisa pensar e realmente pensa e não só pensa como se lembra e retoma o assunto em outra ocasião.
Como se sente incapaz bom amigo?
Por isso queria tanto que pudesses estudar, vc merece. Se quisesse ensinar o que sabe, ou ao menos as pessoas a terem essa instigação , essa percepção aguçada que vc tem ,tenho certeza que teria muito sucesso.
Não se sinta incapaz, já me ensinou tanto e nada que aprendo guardo apenas para mim, e hoje
escrevo para queridos amigos , sobre os ensinamentos do Filosofo Moises, que muitos estão em minhas palavras, mas muitas vezes não me refiro ao verdadeiro autor desses pensamentos, ou das bases deles.
É incrivel saber como alguem de origem simples, consegue perceber ao próprio Criador, questionar o que teve como educação "de familia" criar próprios conceitos e ainda, pensar além disso. Não é para qualquer um não.
Fico me perguntando aonde arranjou tanta audácia, tanta personalidade para conseguir se livrar dos grilhões do sistema e das vendas das verdades e se lançar num campo de duvidas, reflexões, enfim, no Campo da Filosofia, como?
Mas essa não é uma pergunta com uma resposta, apenas quem teve a oportunidade de conhece-lo (e quem sabe ainda terão?) podem pelo menos tentar dizer que o Filosofo Moíses se construiu: Com o barro do mundo, com o barro de si mesmo.

Abraços grande amigo.

Inquetude...

[ Por uma questão de mal (ou mau?) humor aconselho você , caro leitor, a não ler este post, definitivamente , só presta para mostrar um lado inutil e um pensamento que eu insisto em chamar de tolo ]... Ainda que não deixe de sentir.

Ou seria quebra de expectativa?
Um grande problema esse de esperar demais, não acontecer o que se esperasse q acontecesse.
Tenho um bilhão de coisas para falar sobre está longa semana, porém não vou falar agora, estou inquieto, naqueles momentos onde ainda estou absorvendo que minha expectativa foi frustrada, quando me "mancar" vou ler um livro e ir dormir que , provavelmente, é o melhor que eu faço.
E sim... estou mal humorado... ¬¬
Apesar de poucos motivos. HAHAHAHA, e não, não estranhem essa mudanaça, os textos tem um poder incrivel de extravasar o que eu sinto e trocar por outros sentimentos. Mas eu não gosto dessa apatia, não me suporto. Aliás , essa frustração costuma me deixar apático, e eu espero demais, logo, fico várias vezes no dia apático: Não é apatia por não sentir nada, é ao contrário, frustração tamanha que me impede de demonstrar o que realmente sinto, ou uma dificuldade em absorver que não aconteceu o que achava q iria acontecer. (Talvez eu devesse esperar menos). Bom, não é nada demais, nem deveria ter criado tanta expectativa, mas queria ouvir algo a mais. Deixa pra lah... Acho que a inquietude está indo embora, vou postar essa "merda" de post só pra vcs conhecerem esse ladinho, também de merda, meu, que com bilhões de coisas para falar sobre, foi ficar caraminholando besteira com coisas pequenas demais...
Mas é complicado, apesar de falar tudo isso... definitivamente, o que eu sinto é um buraco no meu dia de hoje nesse horario que deveria ter sido preenchido com outra coisa a ficar reclamando de minha frustração.
Argh... absolutamente irritante...
Peço perdão aos leitores, mas ao mesmo tempo acho injusto simplesmente ocultar isso de vcs.
E como disse anteriormente, desabafando as coisas melhoram xD (Jah to até um pouco melhor)
Abraços a todos.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Ousadia...


Hoje eu irei ousar! Voar alto! Sonhar!
Um dia, em nosso mundo não haverá fomes ou guerras.
Não seremos donos de ninguem, a terra não será de ninguem, e a Terra será de todos.
Seremos apenas a raça humana.
Nos respeitaremos o suficiente para pensarmos diferente.
E nos amaremos o suficiente para que , acima das nossas diferenças, prevaleçam nossas semelhanças.
Havéra tempo e a forma como organizamos nosso tempo será ao nosso tempo.
E a cultura, a musica, o teatro, o riso e a brincadeira terão seu espaço.
Assim também terão todas as artes e ciências, exceto uma, que iremos preferir guardar como memoria de um tempo de confusão, a arte da guerra e a ciência bélica.
Iremos para nossas escolas como verdadeiros aprendizes, almejando compreender melhor os fabulosos universos que estão a nossa volta, o universo físico, o universo da história, o Universo de cada um de nós e todos os universos que eu me esqueci de citar...
Não nos preocuparemos mais com o tempo e só correremos quando isso for necessário.
Respeitaremos as crianças e os antigos em sua sabedoria.
E os jovens em sua impetuosidade os adultos na sua maturidade,
Aliás, respeitaremos a todos , cada um ao seu modo.
Haverá espaço para tratar-se qualquer miséria da alma e do corpo...
Haverá espaço para contemplar o espaço e a natureza também...
Para nos impressionarmos com o canto do passaros e o barulho da chuva, sem nos preocuparmos com o atraso... aliás, não haverá atraso, pois não nos prenderemos ao tempo, ou talvez, pararemos de fingir que podemos controla-lo e nos permitir não nos controlar por ele.
Vão existir problemas, dores, angustias, mas haverá humanidade, e ainda, uma humanidade disposta a ajudar aqueles que tem problemas, a superar as dores e curar as angustias.
Haverão seres humanos capazes disto...
Haverá espaço para o amor, para as pessoas, para os amigos, para o perdão, para a reconciliação, para nos dedicarmos as coisas que nos falam à alma.
Para nos descobrirmos e redescobrirmos em nossas conversas, para rever os velhos amigos e novos, para fazer novos também, para sentir saudade dos lugares distantes, para visitar os lugares em que tanto sonhamos em ver, havera espaço para nós mesmos, para ficarmos sozinhos, para melhor nos compreendermos.
Seremos a favor da humanidade, acima de todos os nossos problemas e dificulades..
Haverá espaço para divergencias, mas também haverá espaço para paz.
Para ouvir e para calar, para sentir e para sonhar!
Não um mundo perfeito, não teria graça, um mundo de humanos, um mundo de humanidades, sonho com esse mundo de humanos, que aprenderam a ser, como diria uma amiga e companheira minha, felizes para cada instante...

sábado, 24 de maio de 2008

Mana-Flor.




Sabe por que uma data se torna especial?
Eu acho, e me arrisco por expor meu pensamento, mas eu sei que de quem falo hoje, não pensaria duas vezes, entre se expor e se arriscar ou calar. Falaria.
Uma data se torna especial, a medida em que ganhamos a dimensão da vida, em que refletimos sobre as nossas experiências e imaginamos as infinidades de experiências que existem, a singularidade de cada ser humano.
Se torna especial quando um ser humano nasceu nesse dia, ainda mais um ser humano querido e amado e todos os anos quando completamos esse ciclo comemoramos, mas eu comemoro não a mudança de um digito na idade, não o envelhecimento, comemoro a vida. E hoje é um dia muito especial para mim, minhar irmã-flor, minha irmã Flora, nasceu há 17 anos! Cada dia da vida é uma vitória, e a 17 anos você está vencendo! Construiu para si uma personalidade forte e humana, amiga, livre, a cidadã do mundo, a garota-flor! E eu te admiro muito pelo que em todas estas batalhas construiu! Gosto demais de você minha irmã, não por apenas ser minha irmã, mas por voar alto como os mais belos passaros fazem, olhar longe, nunca cegar seus olhos e falar alto, como só os quem têm coragem o fazem.
Felizes vitorias, 17 primaveras, invernos , outonos e verões vencidos pela minha irmã-flor, pela amiga Flora, pelo incrivel ser humano, Flora Servilha.
Te Amo maninha!