domingo, 22 de abril de 2012

E de repente...

Já não era a mesma coisa.
O que é que tinha mudado? Os traços do rosto?
Seria o cabelo longo, escuro e ondulado?

Algo mudou, não sei em quem.

Sei que ganhei um sorriso novo.

No peito.


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segunda-feira, 9 de abril de 2012

O que eu amo no mundo...

A forma como somos capazes de nos entregar...
Me perco e me apaixono, pelos amares das pessoas.
Pelos encantos que encantam e pelos encantados.
Amo os apaixonados, e suas paixões...
Não há gosto melhor, nem cheiro mais gostoso que o da entrega das pessoas,
aquele cheiro de tempo, de tempos, de expressão e vida.

Tempo esse que tem mais a ver com borboletas  e se jogar e abismos,
do que com o girar repetitivo do eterno ciclo do relógio,
que pode ter a duração de um beijo ou nos acompanhar vida a fora.

É o milagre do mundo, que nos faz ver as pessoas com quem esbarramos de uma forma nítida,
naquele pequeno fragmento de expressão...

Que se traduz em vida.



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sexta-feira, 6 de abril de 2012

ultimo suspiro de uma suposta sanidade...

escrita. perdição de si,
de mim.
reencontro,
me perco.
louco duas vezes ao avesso.
os diálogos rompidos, internalizados, um banquete dos meus, comigo mesmo. De mim mesmo.
O Festim das Minhas incorrespondências...

Peço, caso essa loucura um dia me tome,
(e dizer já não adiante mais nada)...
Peço, não me trancafiem...

me deem papel e caneta!


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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Dizeres...

(Ou A Celebração da Sinestesia)


"Coração do Outro é terra de ninguem"

Palavras ditas produzem,
os mundos sobre os quais dizemos...

Dizem mais respeito a nós - dizentes,
do que àqueles sobre quem falamos...
Ouvimos pouco... Cheiramos menos ainda,
Ainda nos tocamos... eu acho...

Saber ver é ouvir
e escutar com os olhos.
Não deixar a boca surda, solta.
Gritar bem alto com os ouvidos,
Cheirar com todas as peles,
Esbarrar, e nem saber bem onde, ou quando...


Sentir e só...
                                 [Com o corpo inteiro]


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