terça-feira, 20 de setembro de 2016

Vida em desfazimento...

Quando caí de folha,

Matei a dente um rato, e me descobri assim, tão somente só.
E tudo aquilo que me era, me pesava mais que asfalto ou arranha-céu.

Aí que vi e sobretudo, senti o cheiro do verde que matei a pau.
Aí quem me dera  a sorte do esquecimento...

Essa pedra que vai a lama tanto se merece e desfaz...

Mas a parte ruim não é essa, é lembrar-se pedra.


Da memória dura, e os passos à pressa.
Meus curtos horizontes, espelhos em identidades.
Espelhado em paredes...

Até que não...

E daí em diante, eu simplesmente não sei mais...

.

Vida em progresso.

Adiante vai, máquina.

Maquinando, maquiando.
Planos e maquinagens.
Adiante sempre adiante,
Nenhuma memória que não se preste ao futuro.
Toda convicção a vapor, sem espaço para moderações -
Todas as respostas ali, servidas à vontade.

A serviço da vontade.

Servidão voluntária do ego...
À serventia do culto do "Eu".

Vida em maquina.

A maquinar.

A maquiar...