terça-feira, 22 de maio de 2012

Observanças - Os Corpos inquietos.

Me engano ao imaginar que o tato lhes seja muito importante?
Parecem quererem se encostar, mas não sabem como.
Eu não me lembro de como aprendi, acho que caí, ou fui empurrado em algum momento.

Assim, eles e elas brincam, brigam, se esbarram, se irritam, se abraçam - se buscam.
Por certo, melhor do que a fria distancia que separam as carteiras, melhor do que todos os silêncios que existem sobre o corpo... Sob o corpo.

Ah, essa inquietude, essa vontade de correr pra jogar bola, pra alcançar alguém. O sino do recreio como o sinal do inicio de uma corrida desesperada...

Como somos tão desatentos a essa curiosidade?

Que melhor do que a inquietude, um pouco de agressividade, com pitadas de violência para liberar a alma, o corpo preso da carteira?

Não seria a bagunça, frequentemente, um grito por liberdade, uma oposição singela e sincera ao tédio, à falta de sentido das coisas e á escrotisse dos "mestres"?


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