sexta-feira, 6 de março de 2009

Reflexões sobre História...

E lá vem, uma semana para lá de intensa! Sem dúvida há muito sobre o que falar, mas hoje, quero falar de História!
Primeiro, estou chocado, há algum tempo eu já não tinha crenças nas "verdades", elas geralmente impedem que se continue a questionar e por isso são um tanto quanto nocivas a qualquer campo do conhecimento, mas refletir sobre isso na História torna as coisas um pouco complicadas.
Minhas primeiras reflexões são baseadas numa leitura incompleta do livro "História Repensada" de Keith Jenkins.
De acordo com o autor, o costume de refletir de "como pensar a História", e são recentes as publicações nesse campo. (Ainda há muito a falar disso...)
A História se relaciona com o passado, portanto, o historiador nunca está em contato com seu objeto de estudo diretamente, com o passado, apesar de conseguir obter "fragmentos" do passado, no presente e trabalha-los. Se o passado como realmente foi é a "verdade" que a História buscou por tanto tempo, então, como podemos alcança-lo?
Existem teorias que acreditam que em determinadas condições é possivel, através de um método rigoroso de analise, para impedir "interpretações" do historiador.
Porém, todo objeto de estudo é passivel de leitura e ainda, seriam as leituras, todas de mesma forma? Cada historiador seria capaz de perceber um objeto estudado apenas de uma forma?
Temos um problema, daí vêm os métodos com suas práticas, porem, qual critério para escolher um método de "fazer a historiografia"? Você pode se indentificar com Marx, Hegel, Weber, talvez prefira algo mais atual, como a Escola dos Anales, ou uma visão feministas, cada qual com sua metodologia para analisar a História, como dizer que um é mais correto ou preciso que o outro?
Pode-se desconsiderar a subjetividade humana: Tanto de quem produz a fonte histórica ( como os registros de um monge do Séc. XII) como as de quem lê e interpreta tais registros, o historiador?
Nessa perspectiva, desconstruimos as verdades e nos colocamos num campo incerto, se é para relativizar ou não tudo, nesse momento não me preocupo, mas uma dúvida mordaz me abocanha as entranhas da minha alma:
Como ensinar História nessa perspectiva? Por que até agora o ensino de História não mudou?
Esse texto é ousado, ainda nem terminei de ler o que preciso ler, por isso não vou terminar de falar disso agora, eu prefiro deixar as dúvidas e pensar nelas também.


Boa reflexão a todos nós!

E que venha a História, a Unicamp e tudo mais o que for possivel!

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