Grandes sentimentos estão represados em mim, dos quais tento com dificuldade escapar.
Outrora me questionava: Existe um modo correto de seguir a vida? Um jeito "melhor"? Qual seria? E qual seria o parametro para escolhe-lo? Será que nossas escolhas teriam valor se a vida tivesse uma lógica tão simplista e objetiva? As coisas não são tão simples, não é possivel conceituar e prender em padrões certas coisas.
Aos poucos vou entenendo que não existe um caminho certo, que os caminhos são válidos se sinceramente acredita-se neles, o mau hábito de julgar pessoas se torna algo muito mais cruel, quando pode faze-las duvidar de si mesmas, ou nas palavras de Nietzsche, de tornarem-se a si mesmas , ainda mais quando a importância das pessoas que "julgam" é grande demais.
Tal reflexão me leva as varias vezes em que fui "juiz" das pessoas e ataquei suas perspectivas e optica sobre o mundo. Talvez a arrogância, ainda muito na época, de que meu modo de ver as coisas fosse "superior" me levasse a esse erro.
Começo aos poucos a perceber denovo a dimensão da vida, e é ela que prova, de forma maior que consigo expressar, que a vida e a existência de cada um, as perspectivas, sonhos e modos de levar a vida, são muito válidos e deveriam ser respeitados em integridade.
Não temos certezas sobre nossas próprias vidas, erramos, acertamos, erramos denovo, aos poucos, melhoramos, mesmo os que se recusam a lutar são obrigados a encarar a vida e enfrentar suas dificuldades, somos incoerentes com nós mesmos, procuramos e lutamos por nossa auto-completude diária e anda assim, uma vez ou outra deslizaremos e erraremos denovo com nós mesmos. Não há nada de errado nisso, chama-se Humanidade.
Então, quem somos para julgarmos um ao outro?
Naturalizar essa reflexão é bem mais díficil do que escreve-las,o respeito pelas idéias e pela perspectiva de cada um, porque entende que tudo é "um grande acumulo sobre um olhar" e que "o olhar é de cada um" é um crescimento que eu almejo.
Sendo assim, rejeito qualquer julgamento, sobre mim ou feito por mim.
Deixe que cada um tenha sua própria perspectiva da vida.
Se permita ter sua própria perspectiva da vida.
Não é uma questão do caminho correto, mas da própria estrada.
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