terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A Celebração do Inferno.

Me poupo do trabalho de dizer que "tudo vai ficar bem".
Minha esperança deposito em outros lugares, esse excesso de luz que não compreende as contradições de anima, é mais fatal do que qualquer depressão, ansiedade ou angustia.
Infernos internos fazem parte, que não quero reuniciar jamais; Ao meu poder sentir-me injuriado, profundamente amargurado , angustiado, furioso ou triste, qualquer coisa de sombra em mim, enquanto houver sombra. E sempre haverá.

Não quero nunca amortalhar o sombrio, em mim, nem em ninguem.
Mas compreende-lo como parte, nem explica-lo.


Não silenciar os gritos no escuro, nem tolhir a sombra. Com essa claridade, ofuscante, desintegradora, e silenciosa. Essa claridade objetificante, esse racionalismo cego do mundo moderno.


Qualquer coisa de meio demonio, meio irracional, que há porque se brindar.

Porque somos também, da contradição que nos faz.


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