Me poupo do trabalho de dizer que "tudo vai ficar bem".
Minha esperança deposito em outros lugares, esse excesso de luz que não compreende as contradições de anima, é mais fatal do que qualquer depressão, ansiedade ou angustia.
Infernos internos fazem parte, que não quero reuniciar jamais; Ao meu poder sentir-me injuriado, profundamente amargurado , angustiado, furioso ou triste, qualquer coisa de sombra em mim, enquanto houver sombra. E sempre haverá.
Não quero nunca amortalhar o sombrio, em mim, nem em ninguem.
Mas compreende-lo como parte, nem explica-lo.
Não silenciar os gritos no escuro, nem tolhir a sombra. Com essa claridade, ofuscante, desintegradora, e silenciosa. Essa claridade objetificante, esse racionalismo cego do mundo moderno.
Qualquer coisa de meio demonio, meio irracional, que há porque se brindar.
Porque somos também, da contradição que nos faz.
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