quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Tregua...

As pazes não duradouras eternas. Ou o pressagio de outra guerra.
Terrivel é saber que me acostumei tanto a elas, tanto ao conflito, que meu corpo se ajeitou as formas de suas violencias, e violentou-se. Sob meus ventos internos, ninguem vê, sou um homem preso numa armadura - travado, por debaixo de placas metalicas, para lutar, lutar sempre.
E eu quis tanto tirar, quis tanto depender um pouco. Eu já precisei, já precisei de muita gente, mas eu sempre quis não dar conta. E num gesto terrivel de arrogância sou obrigado a dizer, que para a minha infelicidade, eu não caí. Quem sabe a queda fosse remédio que fizesse a guerra parar, já que não poderia ser travada sem guerreiros. Ou quem sabe o apelo ao amor de quem vem sendo destruido por tanta violencia, o apelo de morte, a fraqueza do corpo, não o sensibilizassem.
Mas não.

Tudo é uma tregua. E eu ouço atentamente os sons no silêncio, atento ao inicio da minha próxima marcha, da proxima batalha.

Eu , que já nem lutar mais quero, não para isso, não pra morte.


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