domingo, 13 de março de 2011

O Monstro...

Hoje eu me lembro claramente de que quando li o "Médico e o Monstro" para um seminário pra materia da Amnéris , eu achei divertidissimo, pois me considerava nada parecido com o personagem: Tão profundamente cindido internamente, que conseguia possuir em si, dois de si, cada um qual, não suportava as caracteristicas do outro. O monstro Hyde , pouco desenvolvido, baixo e feio... Hoje, eu senti meu monstro andando nas minhas entranhas, baforando suas chamas para fora de minha boca, me ardendo como fogo na pele....
Meu monstro é um masculino deformado, de dentes afiados e hábitos imprevisiveis, eu sempre acreditei que dilui-lo nos meus atos e conte-lo o faria desaparecer, que tudo que existirião seriam aspectos, mas nunca o algo-todo, aquilo de separado, profundo e antigo, que senti mover-se em mim hoje.
E pela minha cabeça se passaram os mais crueis pensamentos, e a violência vibrava em minha pele como que com alegria e uma absoluta cegueira dos outros me invadiu, ficaram assim, na boca, destilando seu veneno em mim, que morria para segura-los - reconhecendo-os.

Fugi pra agua e pro grito. Me sinto enjoado, quero vomita-lo. Como se livrar do monstro, sem permitir que para ele ir, possa em qualquer momento me-ser?

Eu bati com um profundo abismo em mim, com dentes afiados, glutão, aquilo de mal que eu via em todos os homens, mas que no fundo no fundo eu sabia estar cultivado profundamente em mim...

Um novo antigo que eu sabia que retornaria...

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