Acordo, o coração disparado.
(do fundo de um mar...)
Outra decepção me vem a memória... e outras.
O coração nada, forte, pra não se afogar em lembranças...
de sal e gosto amargo.
Sobre os mares agitados de mim, paira um opressivo silêncio.
Uma calmaria, num céu puro, sem nuvens e um Sol Eterno...
Inclemente, a tostar as almas e o Tempo.
(E moer memórias...)
Tudo parece tão solene e hostil,
Entediantemente igual e distante.
E os Ecos repetidos num oceano sem Vento.
Gritam abafados...
"Não há nada novo por aqui"
Mas minhas marés insandecidas
continuam a querer rasgar o céu, e o Sol.
E inverter os rios e as cachoeiras.
Apagar todas as velas do mundo.
Inaugurar um Dia Longo de Noite
Uma Ode à escuridão...
Com Lua cheia e Estrelas...
E todas as Cores do Universo...
Com todos os lapsos do sangue,
e as células da alma,
e todos os corpos da mente...
Cultivar um Sol em Chuva
de Peito Aberto...
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