sexta-feira, 3 de maio de 2013

Desarranjos... (ou "Para alcançar o céu com os dedos")

Acordo, o coração disparado.
                                    (do fundo de um mar...)
Outra decepção me vem a memória... e outras.
O coração nada, forte, pra não se afogar em lembranças...
de sal e gosto amargo.

Sobre os mares agitados de mim, paira um opressivo silêncio.
Uma calmaria, num céu puro, sem nuvens e um Sol Eterno...
Inclemente, a tostar as almas e o Tempo.
                                                  (E moer memórias...)


Tudo parece tão solene e hostil,
Entediantemente igual e distante.
E os Ecos repetidos num oceano sem Vento.
Gritam abafados...
     "Não há nada novo por aqui"

Mas minhas marés insandecidas
continuam a querer rasgar o céu, e o Sol.
E inverter os rios e as cachoeiras.

Apagar todas as velas do mundo.
Inaugurar um Dia Longo de Noite
Uma Ode à escuridão...

Com Lua cheia e Estrelas...
E todas as Cores do Universo...

Com todos os lapsos do sangue,
e as células da alma,
e todos os corpos da mente...

Cultivar um Sol em Chuva

de Peito Aberto...



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