quarta-feira, 7 de maio de 2014

O frio deixa as janelas opacas...

 enrijece as pernas, fecha os casacos. Distraído, desenho no vidro gelado com os dedos, meus olhos abertos não enxergam nada, mesmo com a luz. Me levanto devagar, pra sentir o ar fora do onibus, pra esticar as pernas duras, sentir o vento... ou só andar...

A escuridão da estrada contrasta com aquele lugar luminoso no meio do nada. Apesar de parecer enorme, diante de tanta escuridão, não deve parecer mais que um pequeno ponto de luz. Os carros passam ocasionalmente, trazendo algum brilho de onde vem e para onde irão, mas normalmente, todas as estradas são escuras...

Se olhar pra trás não conseguiria ver da onde vim, e olho pra frente. Com certeza de que não sei nada de pra onde vou. Mesmo que o caminho seja conhecido, e aquela rodoviaria já me seja familiar, mesmo que certos trechos da estrada eu já conheça mesmo no escuro...

Eu não sei...



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