quinta-feira, 7 de junho de 2012

Fluído...

E as palavras me vêm, semi-derretidas, fluem lentamente,
Um fio de magma que escorre lentamente. Das profundezas de mim mesmo.
Ilumina em fogo tudo em seu caminho, para queimar tudo o que foi...
Das arvores secas em formas distorcidas pelo pequeno filete de luz, e um tapete amarelo e marrom de folhas secas e endurecidas, meus velhos momentos, monumentos.

E em cada palavra desdita, em cada gesto impensado, em cada pedaço, meus inteiros.
As vezes trincados, noutros nem tanto..

Tudo se desfaz, tudo se silencia, e escurece.
E agora se refaz, ao som do calor, luz e fogo - palavras em metal derretido

Sou essa escuridão, e essa luz.

Minhas mortes são invernos,
seguidos sempre da primavera...


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