Um dia contaram para mim que eu escrevia poemas. Eu não sabia, eu quase sempre sento aqui e escrevo, n'outras horas desisto, n'outras horas olho para página em branco diante de meus olhos ou simplesmente sou distraído por outras coisas, e isso nunca teve nome... As vezes "meus escritos"... ou "os textos do blog".
Embora a prosa vá se desfazendo ao longo do tempo, nessas linhas soltas nunca foi meu intuito tornar as palavras poemas, na verdade são elas que me indicam o caminho, como a harmonia de uma música... as frases as vezes são jogadas como pedem (ou como podem), e em alguns parágrafos só cabe uma palavra, noutros, nenhuma...
As palavras e eu, nós nos pedimos mutuamente. Não poderia viver sem dize-las, e são elas que me dizem a todo momento. Me escrevem a todo momento...E a todo momento, me despertencem...
Tocam nas vidas de outras pessoas, transformar e são transformadas, magicamente, ganham outros nomes, texturas, dimensões..
Essas palavras que se pertencem, não me pertencem e por isso ganham outros nomes além dos que dei...
Porque, como para mim, "dizem muito" à outras pessoas...
Fico feliz que seja assim.
Obrigado.
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