quinta-feira, 24 de julho de 2014

Ansiedades...

As mãos escorregam para fora do casaco com dificuldade, há frio, e uma sensação de que comi algo insosso, como uma barra de ferro, ou grãos de areia e por isso, meu estomago se revira e se revira, e de repente, vem a tosse, e todos os cheiros parecem facas...

Todo frio é muito, e também todo calor, não há conforto. E em meus pensamentos não cabem coisas diferentes... Medo de não conseguir, medo de não dar conta, medo de decepcionar, já sentindo que estou decepcionando... E isso é do que ansiedade se alimenta.. do próprio medo de que aumente...

Tento, com algum esforço, soltar de mim essas palavras, para ver se desgarram de mim esses sentimentos e se desfaça esse nó na garganta. Quase todas as palavras, só me relembram das minhas exigências...

E ah! Essas exigências! Quão afiadas elas não podem ser.

A esperança escorre por entre os dedos frenética, buscando alguma paz de espírito, num dizer pro outro...

Num pedido de ajuda...

De quem tenta, errante, acertar a direção...


Sem confiança.


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