Retorno aos textos, muito do que digo de mim hoje, foi o que já disse antes.
Nada de novo sobre o Sol? Não sei. Por que diabos me acompanha esse Eterno Retorno? Por que diabos eu o acompanho?
Por que esse retorno aos textos e memorias, aos momentos e historias?
Na fala, a narrativa é outra, diferente da que viveu, na escrita a leitura é diferente, de quem um dia escreveu. Sou e serei um traidor de mim mesmo sempre: Nenhuma palavra me fixa, nenhuma leitura me prende, facilmente me esqueço dos meus por ques e das motivações das minhas palavras. D'outras até lembro, mas já não vejo da mesma forma - e não tenho nenhum problema com isso, acho divertido, parte do que há de mais magico no mundo, a mudança.
Não me lembro bem quem era quando de uma certa forma escrevi algo, nem me lembro o que me atravessava no momento, sei que no reencontro, encontro outros sentidos, talvez nem tão iguais, talvez nem tão diferentes, dos de outrora.
E sei que o modo como eu escuto, as vezes minhas proprias palavras, não é nem perto do que um dia foi. Não porque se ampliou, não porque hoje eu escuto melhor que antes... é simplesmente uma questão de foco, as cores que antes capturavam meus olhos, não sãos as mesmas cores que o capturam hoje, nem são os sons que ouvia e me encantavam, os mesmos que me encantam hoje...
Não é que não há nada para dizer...
Só estou nesse silêncio a meio termo, de reconhecer o hoje pelo que um dia eu não era.
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