sexta-feira, 18 de julho de 2008

Contos de cobras e pessoas...

Ahh... dizem que a nossa familia deveria ser nosso maior sustento para nossas aspirações.
Mas na familia das cobras , quem arranca as presas vira minhoca, e é rejeitado.
Quem nega é renegado, e quem sai dos padrões corre o risco de ser envenenado.
Falsidade é confundida com cortesia e sinceridade com grosseria, e as viboras disformes vivem a fugir de si mesmas, a destilar venenos uma contra as outras e contra aquelas que trairam seu sangue, para esquecerem o veneno que destilaram em si mesmas, sua deformidade monstruosa, suas questões, mas nem todo filho de cobra, cobra é...

A maior delas tem uma grande crista, e sua mordida é fatal pela força que possui destroi o corpo e a mente... Ja seu veneno despejado em doses leves, veneno de esperança, parece que é soprado ao ar e como uma nuvem e impregna o ar com um forte cheiro de medo e moralismo, esse gás do desespero, corroi os sonhos e destroi a esperança. Mas a grande que se gaba de seu poder, não consegue se levantar sobre seu próprio peso, dizem que o seu orgulho está pesando muito e por isso, fica díficil se erguer, então, debil e doente, despeja seu veneno no ar, amedrontando aqueles que tentem apontar qualquer uma de suas varias debilidades de sua impotencia perante si mesma...
A segunda maior, é mais fina, suas presas não mordem mais, apenas inoculam veneno, um veneno perigoso também, o veneno das culpas, um corrosivo poderoso, um ácido desgastante, destroi as relações, destroi as vontades. Desaprendeu a morder, não sabe se defender, apenas segue ordens e quando seu veneno doi demais em si mesma, ela tenta destilar seu mal contra outros, quando o veneno de suas proprias insatisfações a incomoda demais, ela se desfaz dele, despejando sobre suas crias, tentando banha-las, jamais consegue questionar a onipotencia da grande, mas por tras, tambem derrama ácido sobre suas costas, desejando poder despejar todo o rancor acumulado ao longo dos anos com aquela grande e tirana e desejando desfazer-se de suas questões, mas continua fugindo, fugindo , fugindo...
As cobras tem três crias e vivem no rio que não lhes pertence, pagam com caças ao senhor, e o senhor sempre lhes cobra, as cobras confusas, envenenam suas riquezas, isso insadece suas dividas assim os moveis, eletro-domesticos e utensilos da casa-rio aumentaram, inchadas, como um cancer, como incham as feridas abertas pelas mordidas das cobras, mas o lugar em si permaneceu pequeno, e hoje, mal acomoda os seus cinco moradores...
Será que o ambiente ficou envenenado?

As crias são curiosas,os filhos das cobras: um sapo, um passaro e a criança.

O sapo sempre foi presa, é recluso, mas não deixa de dizer o que pensa, dá saltos altos em momentos inesperados, dizem que é um salto de sinceridade, as vezes, não há nada mais doloroso, o sapo deixa de lado as cobras, afasta-se quando elas não se entendem e quando acham que ele é presa, ele astutamente escapa, e salta, salta sobre suas cabeças com sinceridade, machucando-lhes a consciência...

O pássaro, as cobras tentaram engaiolar, e reproduzir nele, suas deformadas imagens, aquela velha história de tentar das asas a cobra, só que aqui ao contrário, tentaram dar "cobras ao passaro", mas nem todo passarinho que acompanha cobra vira vibora e o passaro usou o bico e saiu da gaiola, e agora ele quer voar, mas as cobras, incapazes de sustentar o próprio peso, de se erguerem, incapazes de admitir que alguem seja capaz disso, vivem desmotivando o passaro, que por muito tempo ter ficado trancado, tem dificildades em voar sozinho, mas sonha em voar alto, ainda que as vezes, sinta medo de altura, apesar de gostar das paisagens distante, mas ele continua tentando e sonhando e tentando aprender o anditodo contra qualquer veneno da alma: esperança.

A criança, inocente, tentaram envenenar, mas o sapo e o passaro,o curam, o distraem, tentam manter-lhe a pureza, o sapo, pouco paciênte, muitas vezes salta e se vai, mas sempre que a criança precisa, ele está lá, para leva-la aonde precisar. O passaro gosta de voar com a criança para passear em outros lugares, nos sonhos e além do rio, além do conhecido e do comum, torna-la um passaro nas ideias, e nas perguntas é claro!
A criança inspira sonho e expira doçura, cuida atenciosa de seus companheiros quando feridos, cuida, com cuidado, com carinho, ele segue também seu próprio caminho, a parte daquilo que almejam as maiores cobras em sua confusão. A criança inspira a esperança do mundo. As crianças talvez sejam assim...

Os irmãos estão mais unidos que seus progenitores, que despejam venenos contra todos e contra tudo, sem querer enxergar que os unicos envenenados são eles mesmos, os irmãos apesar de tudo, lembram-se de bons momentos, que não falo aqui porque me falta caber em alegrias num momento de indignação, mas existiram, existem, mas o que os irmãos realmente queriam é que as cobras, seus pais, fossem felizes.
Queriam que as cobras aprendessem a voar.

3 comentários:

Mau e Ana disse...

Deus não dá asas às cobras por algum motivo...Duro é que o resto do mundo seja obrigado a rastejar

Wilson Lopes disse...

um passo fundamental:

fazer os passaros quererem voar.

disse...

Olá Thiago !
A poucos dias procurando uma paródia com contos de cobras acabei entrando em teu blog, foi o Universo conspirando, fiquei impressionada com a forma que expôs seus sentimentos !!
Fiquei aqui a pensar , esse rapaz tão jovem já tem uma visão auto crítica fantástica, uma escrita correta do português , algo tão difícil hoje de ver entre a maioria dos jovens .
Quero deixar aqui algumas palavras pra ti lendo tudo que colocou em seu blog... persista neste caminho, desvie-se a todo instante de tudo que seu sentimento alertar, busque dentro de si mesmo seu caminho, respostas, e o que mais desejar pra alcançar o mais profundo de ti... garanto vai se tornar o Heróis de si mesmo, vencendo seus dragões "monstros", pois eles não estão fora de ti, mas em nossos medos e temores do desconhecido de nós mesmos.
E nunca perca o fio da meada de todo o significado de viver e estar neste plano : O AMOR, o dínamo , o combustível , sem ele a vida não teria sentido algum !!
Abraços
Lú Magalhães