sábado, 30 de maio de 2015

Ampulheta estilhaçada...

O tempo quebrou
Suas areias vazam,
Como vazam as horas,

(Se perdem as horas?)

Esvazia-se de si, a Ampulheta,
Toda antes cheia das areias que escorrem,
Das praias do meu tempo;

E o meu mundo que antes era,
não consegue mais ser;

Hoje estou perdido do tempo, fora das horas.
Dos relógios, rotinas e horários.

Sou todo atraso e todas essas ausências.
Ironicamente voltadas, essas horas,

A ver dessa ampulheta estilhaçada
Irem e se espalharem,
A serem arrastados pelo vento (tempo),

As areias de minha alma....


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