sexta-feira, 25 de julho de 2008

Educação e transformação...

Sem muitos fundamentos teóricos, ou aprofundamento no assunto, mas acho que vale a pena escrever a respeito...

A Educação pode ser uma ferramenta de transformação:primariamente do individuo, e através da transformação dos individuos, da formação destes, transforma toda a sociedade.
Mas isso também permite que seja utilizada para controlar a sociedade,
um exemplo:
Quando dizem que a educação tem que ser isenta, que não deve intervir na familia ou se posicionar em relação a sociedade creio que estamos falando, então, de uma educação caolha, porque não é possivel nos excluirmos da sociedade e como a escola e a educação é constituida por pessoas (nós), não é possivel essa isenção, e acaba que essa isenção se manifesta de uma outra forma: potencializa a passividade política de nossas classes, a partir que ignora a política desde a formação básica do individuo durante sua infancia.
Esse modelo se reproduz em grande parte das escolas e ainda é, na prática, dominado por um autoritarismo que vem, culturamente, de nossos lares. Essa outra asa maligna da "deseducação", cria nosso hábito de não tolerar os questionamentos dos pequenos, das crianças, que gera, no futuro, um aprendiz que não quer mais aprender, porque teve seu interesse assassinado logo na infancia.
O modelo da nossa educação e seu alcance limitado criam uma realidade bastante complexa no Brasil: Muitos são os que não podem estudar em nosso país e dentre aqueles que podem, o sistema provoca uma formatação que castra o individuo de uma certa capacidade de senso critico, só não acontecendo em raras excessões em que ocorre uma negação desse sistema.
Assim, as escolas acabam por gerar continuadores: pessoas que apenas querem continuar a exercer algo que outro exercia e a viver para si mesmas acima de qualquer "dever e direito que possuem como cidadãos", acabam sendo como engrenagens novas de uma grande maquina e isso é muito triste.
Creio que como um primeiro passo para escapar desse grilhão, é instigar em nossos alunos a capacidade de questionar e sua inserção no contexto em que estamos envolvidos, ou seja, justamente o contrário daquilo que comumente é feito. Isso em questão de modelo, não há como avaliar a prática pessoal de cada professor, tenho professores fantasticos e conheço outros tantos que adoraria ter aula com eles que são excelentes e conseguem quebrar vários grilhões, embora continuem a ser esmagados pelo sistema.
É preciso levar em conta que é um trabalho humano, ou seja, por mais que haja uma mudança no sistema, devemos levar em conta a realidade das pessoas com quem estamos trabalhando e fazer todo o possivel para reascender a esperança e a perspectiva de mudança dessas pessoas, bem como a capacidade de liderar as lutas por estas mudanças! E ter em mente que podemos não ser bem sucedidos em nossos objetivos, mas que cada um já trará um sentimento tão bom que fará valer todas as lutas, fracassos, lagrimas e sucessos.
E a partir daí, com novas pessoas, com novas ideias, almejando mudanças, acho que a sociedade mudará por própria conta, propondo novas coisas , criando um sistema que consiga trazer para uma gama maior de seres humanos, prosperidade, satisfação e felicidade, ou pelo menos que permita que isso aconteça.

Meus agradecimentos os mestres que antes de nós observaram com muita inteligencia esse mecanismo, a todos os educadores do passado, do presente e do futuro.

Um comentário:

Wilson Lopes disse...

"Sem muitos fundamentos teóricos, ou aprofundamento no assunto, mas acho que vale a pena escrever a respeito..."

pra falar de educaçã não é necessário diploma mesmo não.
basta bom senso e solidariedade.
os passaros precisam é aprender a voar, não é a apertar parafuso.