segunda-feira, 21 de julho de 2008

Quem entende? Coisas da Comunicação

Deslizes de comunicação acontecem, a minha volta os vejo por todo lado...
E falar disso me lembra de alguem que me contou, de uma frase de outra pessoa,
que a gente só sabe o que disse depois que a pessoa te respondeu... Ou algo assim (entenderam?)
As pessoas não ouvem aquilo que dizemos, interpretar é mais do que apenas absorver o que foi ouvido, também é mais que tirar conclusões, mas vamos tomar que seja por aí e então passamos a entender que a medida que somos seres humanos diferentes, pra ser mais exato únicos, várias vezes aquilo que dizemos pode não ser aquilo que os outros ouvem.
Não quer dizer que não saibamos nos expressar, na verdade sabemos e são incrivelmente variadas as formas, sou encantado com as maneiras de se expressar das pessoas e presto bastante atenção a isso, os minimos trajeitos, os olhares, a intonação da voz e as palavras usadas e os gestos são formas de comunicação amplas e interessantes, mas por outro lado apesar de conseguirmos nos entender, nossa capacidade é limitada e, mas embora não possamos nos compreender inteiramente, podemos nos compreender e, por enquanto, isso basta, mas há vezes em que interpretamos coisas bem diferente daquilo que queriam nos dizer, ou interpretam aquilo que queriamos dizer muito diferente daquilo que queriamos dizer...
Eu entendo que seja normal que consigamos nos comunicar melhor com aqueles que se "alinham" de uma certa forma conosco e esse "alinhar" é um alinhar-se de forma ampla, em preferencias em comum e contextos: político, economico e socio-cultural.

Será que também temos uma necessidade de nos expressarmos? Por isso tantas formas diferentes, e incrivelmente interessantes?

Cada gesto, cada olhar , pensamento, frase solta, palavra, cada aperto de mão , abraço, cada passo dado ao lado, cada corpo se aproximando, isso torna praticamente tudo uma comunicação.
Desde desenhos até a lingua dos bebês...
Acho que são perguntas relevantes a quem pretende ensinar pessoas de realidades muito diferentes e pessoas muito diferentes.
E também a um ser humano, que muitas vezes quis dizer algo e ouviu as pessoas entenderem errado o que queria dizer.
As quantas vezes que se envolvia com um problema de familia, tentando mostrar-lhes o quanto os amo, quantas vezes entenderam que isso era ingratidão e desrespeito.
E quem está isento disso?
E quem disse que aquilo que pensamos não conta?
Para mim, continuo entendendo que fiz o que fiz porque gosto demais da minha familia e como fui eu quem fiz, acho que posso ficar tranquilo comigo mesmo, mesmo que ainda há quem aqui entenda como que foi apenas uma fase de um "garoto egoista cheio de problemas", mas a gente supera.
Essas coisas não acontecem só comigo e nos afetam bastante...
Nos afetam ainda mais quando amamos a pessoas que possuem um "alinhamento" tão diferente de nós, mesmo que muito próximas, que não são capazes de perceber os sacrificios que realizamos em função desta e as várias vezes em que ela não percebeu a intensão dos nossos atos. E que muitas vezes também não conseguimos entender, parece que há um grande abismo de realidades apesar de muitas coisas em comum
Muitas vezes que queremos dizer pra alguem, bem alto, gritando (de não caber em nós): "Eu Amo Você", mas ela só percebe o grito, e se irrita porque estão gritando...
Quem disse que a sua intensão não conta?
Não que sirva pra todos os casos, mas pra esse eu diria que, entender que há um problema de comunicação e tentar coisas novas, pode ser um belo começo e reconhecer que há uma intensão verdadeiramente positiva, a partir daí tentar se aproximar da linguagem que o outro entende é fundamental para inciar um contato positivo e reparar as aparas de uma relação, bom, é o que eu acho, nesse caso...

Muitas vezes também queria poder fazer mais, mas reflexão é necessária e a intensão da minha comunicação nem tão velada assim, que se figura de simples interesse e gosto pelo assunto, quando também é uma tentativa de ajudar.

Espero que gostem e me contem o que acham a respeito, já podemos começar a escrever um livro?
Abraços a todos.

Um comentário:

Mau e Ana disse...

Um livro eu não garanto
Mas um diário, sem dúvida!