sábado, 13 de dezembro de 2008

Segundas impressões...

Depois de certo tempo passa-se a ignorar o fato de viver no 28º andar, ou pelo menos, não se apavorar com o fato.
Depois de certo tempo o zumbido das ruas se torna um initerrupto barulho e há um clima intenso de... velocidade? Talvez, eu chamo de correria mesmo.
Mas minhas origens me condenam: Sou fruto de um dos lugares mais "lentos" do mundo, então seria realmente natural que para minha referência, as coisasa fossem facilmente mais rápidas, o problema da impressão é que ainda assim, eu acho que é "rápido demais".
É como que se de tão rápido fosse, tão rápido é, que a vida nem se faz toda, mutila-se...
E lógico que nada é uma coisa só, então dá pra ter umas "amenidades" no caminho, só não são tão normais, ou frequentes, ou "naturais" como gostaria que fossem.
Meu maior problema se tornou o barulho e a cobrança, que acabou vindo grande parte de mim mesmo, pra entrar no ritmo, martelar o ritmo, enfim, depois começou a não dar muito certo, me senti "excesso", carregado de coisas, e fraco, e incapaz também, tudo isso ao mesmo tempo, e senti medo também.
Várias vezes.
O que me mais me chama a atenção, são as experiências incriveis que podemos viver, em várias esferas da vida. Se aprende bastante sim.
Mas quem na vida não quiz um tempo para voltar-se para dentro de si e se reorganizar.
Talvez um problema meu seja não gostar de estar em "desordem interna", apesar de "externamente" não ser muito organizado, quase nada.
E as dores?
Ah, doem, costumam doer com frequência e quase diariamente, alguns, já vi, tentam se acostumar e torna-las normais, outros, não. Fico no time de quem não tenta.
Tem dores que servem pra existir, e nos fazer "existir melhor".
Que dores? Ah, no meu caso, principalmente as dores cotidianas, os grandes contrastes e o absurdos das (des)humanidades.
Agora que aproveitei da minha inquietude (dessa vez é boa), do meu horário de sono desregulado, e da minha inspiração para contar-lhes essas experiências, deixo vocês aí lendo e vou dormir,

Boa noite a todos,

Thiago

Um comentário:

Mau e Ana disse...

só pra dizer que eu li...
sem arriscar comentários