sábado, 18 de abril de 2009

As fronteiras tenues...

Está semana as fronteiras que separam as coisas ficaram mais etéreas,
como se fizesse parte das fases de um ciclo natural, como o da Lua.
Qual é a fronteira entre as Ciências exatas e as Ciências humanas?
De onde vem? Por quê existem? O que há de mais exato entre História ou Matemática, Literatura ou Química, Ciências Sociais, Filosofia , Biologia... Os conhecimentos são diferentes, mas não se separam, podemos foca-los, mas estarão sempre casados um com o outro de alguma forma, talvez isso seja um espelho da sociedade, ou uma caracteristica do conhecimento, ou vai ver inventamos uma separação que na realidade simplesmente não consegue exsitir.
Não sei... Mas essas fronteiras desvanescentes, descontroi e desvanecem meus pre-conceitos e conceitos sobre humanas, exatas, biologicas... Parece que tudo é igual e diferente ao mesmo tempo, geral e específico. O conhecimento que eu quero construir dança entre as fronteiras, é um imigrante dos conhecimentos, ele existe por querer ser transformador e por almejar-se ao seu máximo não se divide, não se separa, se procura e se encontra... provavelente está por aí, refletida em pequenos fragmentos de cada area do conhecimento...
Me encontro nele e a divisão as vezes me intriga por isso, porque se torna obstaculo. Não nego que pode ser importante para parametrizar, mas esquecer o resto também é demais, nada mais interessante seria que aprendermos a lidar com o conhecimento de forma ampla, sem achar que por sermos estudantes de uma area, humanas por exemplo, que devemos rejeitar as exatas, apartar nosso gueto de estudo e negar-se a conhecer. Levaria mais tempo para uma formação dentro de um conhecimento "cosmopolita", mas poderia ser raiz de diálogos importantes e o fim de diferenças que na realidade não passam de valores construidos.
Seria interessante, talvez será.

Um comentário:

Aline Zouvi disse...

Concordo plenamente contigo. A inter-relação entre conceitos apreendidos é o que nos faz evoluir, é o que esclarece nosso pensamento. Não odeio as outras áreas, mas infelizmente tenho dificuldade ao estudá-las - talvez essas afinidades eletivas acabem contribuindo com toda essa divisão que conhecemos. Mas com certeza o isolamento, a mecanização do pensamento não é o melhor caminho.