de repente... num dia cruzaram-se os olhares de uma forma diferente...
de repente a companhia dela
era a mais agradável
e com ela
qualquer assunto rendia
e o tempo nos desconhecia
nós o desconhecemos
eu queria
abraça-la
estar por perto
isso aconteceu meio que naturalmente
nos aproximamos
cumplicidade de conversas e confidencias
barreiras quebradas e lagrimas derramadas juntos
ficavamos muito tempo abraçados
era estranho para os dois
veio uma sensação de confusão
e uma tristeza porque dias depois eu iria embora
as batidas do coração descompassavam nos encontros
e a vontade de abraça-la era muito forte
a vontade de estar junto
mais do que no abraço
é como se de repente
houvesse um vinculo
uma vontade de compartilhar caminhos
uma felicidade inerente a estar juntos
uma saudade saudável,
da presença
mesmo pouco tempo depois dos encontros
“coincidência, não, eu diria, convivência.”
não existe uma forma padrão de amar alguém
é isso o que eu sinto
hoje
o que sinto
é a presença dela
não como um pensamento fixo
mas um sentimento constante
ela está
na Lua
nas estrelas
no céu
nos reflexos
nas outras pessoas
nas cores que veste
nas cores que gosta
nos autores
nas musicas
nas esquinas
nos lugares
nos cheiros e nos assuntos
ela está na minha história e na minha História,
está na minha Educação
quando vou comer
dormir
acordar
quando pratico Kendo, Kung Fu ou futebol
quando tomo um suco de laranja
em todas as minhas aulas
em todos os meus comentários
em todas as minhas loucuras...
...
mesmo sem estar lá
e quando está
meus olhos vidram
encantados
de modo que se desorientam quando se vai
e a procuram mesmo que eu não queira
o dia inteiro e a noite também
aqueles cabelos negros, mais ou menos ondulados
aqueles gestos e o jeito de andar
os olhos, os sorrisos, o corpo
e quando ela está, finjo que não estou (agora)
mas a observo,
e me reapaixono
a cada vão instante
e fico a imaginar
como será seu cotidiano
o que anda pensando e sentindo,
e a quero, tão bem quanto possível for
...
essas coisas e outras
é assim que eu não tenho
duvidas do que sinto
Um comentário:
"Mas Thi, como é que você sabe quando gosta, de verdade, de alguém?"
Uma pergunta talvez simples.
Uma resposta complexa. Um tubilhão de sentimentos...
Uma humanidade tão grande que impede a própria razão. Que não permite se concentrar em questões (digamos) "objetivas", como a leitura de um texto do Finley (risos).
É...ele é um ser humano, de fato. Alguém que faz tudo por inteiro e se arrisca. Se vai se machucar ou não, isso é pensamento secundário. Pra ele, sentir sem medo é o que importa e o que o realiza, o torna completo.
Pra mim, ele é amigo. O meu amigo mais sincero! Sincero com aquilo que sente, com aquilo que escolhe e com aquilo que faz...
E ele até me fez chorar!
=)
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