quinta-feira, 8 de abril de 2010

Perspectivas... [1]

Certezas de menos, mais sentires.
Eu não quero julgamentos , tampouco complexidades.
As respostas são pouco interessantes, o que me instiga, me excita são as dúvidas, as inquietações.
Eu não preciso dessas teorias, desses teoremas, eu preciso de vida, e se me perguntarem o que penso ser o "sentido da vida", diria hoje que " a vida é sentir."
Vivo porque sinto, e hoje, muito, vivo pra sentir.
A razão não me passa de uma potência do sentir, já desmutilado da mais tola separação.

Não quero para mim as complicações da moral, das rigidezas, das certezas e verdades.
(mais nos matamos pelas nossas verdades, do que pelas nossas incertezas)
Gostaria poder abolir do meu vocabulário o "ter" , o "dever". Ninguem me "deve", ou "tem de" coisa nenhuma para mim. Quero ver a Culpa morrer enforcada!
Quero uma companhia de vontade própria, sem ter ou dever, só pra acompartilhar assim de um por do Sol tão bonito, ou um caminhar a esmo pela chuva, tanto faz, só quero
a intensidade do compartilhar pelo tempo que for.
Quero o suor dos rostos e das peles, a vontade das lutas - de dentro e de fora, quero assim menos vaidade, mais presença, quero um compartilhar assim sincero, em que caibam as incontaveis dimensões desse bixo humano que somos. Que se celebre as contradições , os encontrares e as coerências e sobretudo, o ser.

Estou cansado da dor, da amargura, das constrições que nos impomos.

Eu quero os gritos silenciados, quero as idéias que foram caladas, quero as paixões que foram tolhidas, as palavras não escritas, as danças não dançadas, quero ver os sonhos abandonados, quero para mim a essência do "impossivel".

Para que as idéias , projetos, teorias, razões, façam sentido é preciso sentir.
Quero uma miríade de sentires. De grandes sentidores
Quero para mim , quero para as minhas idéias, a força das minhas Utopias.
É que é o fogo apaixonado do acreditar que me da força, e não a frieza das páginas dos textos e dos livros, não é a razão que faz ou a lógica que faz qualquer teoria que alguma vez já conheci, é o calor do riso, é a sinceridade das lagrimas, a sinceridade dos laços.
O que me move é o abraço,
a identidade do recordar,
do reconhecer, igual.

Somos iguais!

É porque eu sinto, e sentindo, vou.
Vivo, de não caber em mim.


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