segunda-feira, 14 de junho de 2010

Ícaro - recontado.

E ele se cansava de todo tédio mortal.
Filho do Artesão, almejava desde cedo alcançar Hélio. Só queria tocar, a grande carruagem Solar em seu percurso diário. Talvez, guia-la.
Quebrou-se algumas vezes, saltando, tentando , em vão alcançar o Céu e o Sol.
Seu pai, Dédalo, o Artesão, provavelmente o mais dedicado deles, queria protege-lo, do calor de Hélio, da Intensidade do mundo, e dos pensamentos excessivamente altos de seu filho.
Por acaso, ou por obra dos Deuses, foram aprisionados por Minos , pai e filho. Dédalo, sozinho, não teria sido capaz de bolar suas Asas de Cera; Dizem por aí, "foi Hermes quem o ajudou", mentira, pois se foi de Hermes alguma parte feita, é ter atiçad desde cedo garoto Ícaro a ser curioso e engenhoso como pai, e juntos deram "asas aos pensamentos" como costumam dizer.
Dédalo transformava a materia, voava através dela. Ícaro, nos mundos, nos pensamentos, sua criatividade era como os ventos mais fortes do Oeste, e tão pungente como as ondas do mais furioso mar.
Dizem que após a fuga do Labirtinto. Dédalo retornou a Atenas. E dizem que Ícaro, teve suas asas torradas pelo calor de Hélio - outra mentira.
E ele nem caiu, se aproximou, com suas asas derretendo da carruagem, e agarrou-a com toda força e quando achou que não fosse dar conta.

Já estava em cima dela. E cumpriu com o que disse ao próprio Hélio - "tomarei emprestada as rédeas de sua carruagem, portanto, descanse".

E e desde então o Sol passou a caminhar meio torto e se põe em lugares diferentes ao longo do ano, é que as vezes Hélio descansa, e Ícaro não gosta muito dos caminhos certos do céu.


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