segunda-feira, 14 de junho de 2010

Sonhares...

E sonhava com um Sol assim, refletido contra as nuvens de fazer tudo Sol-ser.
De uma neblina assim fina, como uma chuva-em-pó, e caminham assim, duas silhuetas desajustadas. Desajustados de tempo e de limites, limites da alma, da fala, de si, do ser.
E de falares assim contagiados, assim despretensiosos - porém, de assim, talvez mais juntos.
E do olhar a paisagem, de passaros que formam notas em fios de eletricidade, e de flores que se recusam a cair das árvores, ainda que outono.
E os livros fechados sobre a mesa, com uma maçã que pende de um lado para o outro sobre eles, e escorrega, bate levemente contra a mesa de vidro, rola, caí no tapete do chão, e um cachorro se aproxima para cheirar. Ele se chamaria Floquinho, tal qual como o Primeiro.
E o frio, e o chocolate quente, ou gelado, tudo é só mais uma desculpa para continuar falando.
Lua cheia, forte, noturna, plena, em um céu tão estrelado, que só sirva pra nos relembra do frio que vai fazer. Porque em noite de céu claro, é de lei um frio de rachar.
E um dormir assim destraído, cansado, pleno.

E de um sonho, renascer em mim.
Que de fato é deles que sou feito.

Utópico.

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