terça-feira, 12 de outubro de 2010

O Ri(s)o e o Fósforo.

Pequenas contigências me afetam, e eu, costumo olhar por cima dos ombros.
Pequenas coisas, o atraso do salário, a falta de passagens nos horarios apropriados num dia específico. Posso então me manter aqui por mais 5 ou 6 dias, que com certeza serão bem aproveitados, mas que também o seriam no "outro mundo".

Confesso, estou com saudades de lá. E de acordar pra ir pra uma aula, natação de tarde, as festas e as conversas (que também tenho aqui, mas que são de outras esferas mesmo.)

Mas também, me encuca um medo de certos olhares de repreensão, e ter que ficar ouvindo aquelas bobagens que me incomodam tanto não pelo que eles olham, e comentam, mas justamente por o fazerem, odeio ser colocado numa caixa, interpretando meus "As" e "Bês" dentro de um quadro de "sucessos e fracassos" do qual já tentei me retirar a tanto tempo. Me incomoda ter que ficar lidando com essas coisas.

E tem os compromissos também não? Não os da Academia, porque, certamente, se não conseguir voltar hoje, pouca diferença realmente fara, se chegar sexta ou quinta, já que não tenho aula.
Mas tem reuniões, encontros, conversas, tem jogos para serem jogados e narrados por aí, coisas a serem escritas, lidas, mechidas. E elas, ao contrário das diversas coisas, não gosto tratar como obrigação, gosto de ir num ritmo prazeroso, ainda que tenha lá minhas perdas, eu as admito e continuo. Mas o que farei eu?

Muitas das coisas não dependem de mim, mas contam comigo, sim. E por não pensar a partir desses "deveres e teres", não me sinto na obrigação de voltar, não faz tanta diferença.
Na verdade, a vontade de ficar, talvez seja vontade também de fazer falta por lá, testar? Talvez, ainda que possa ser desagradavel a idéia, mas talvez sim.

E já vieram os que sentem falta, reclamar o sumiço. E como queria dizer que fiquei feliz por saber.

Agora espero pelo meu pai acordar, para conversar com ele sobre as pequenas contigências, avisadas sim porque poderia ter comprado as passagens ontem, ou anteontem, mas quem iria saber? Não é tão comum assim todas as passagens pós almoço ja estarem esgotadas, logo as 6 e 30 da manhã.

E na boa, eu faço isso. Me exponho a essas coisas e é isso sabe?
Né nem questão de não aprender, ou não ouvir, é a prioridade mesmo.

Não gosto muito de ficar preocupado com essas coisas.
Me preocupo com outras, as que chamo de "mais complicadas".

Ainda não sei, se fico ou se volto, muitas coisas se aparecem, e esses pensares são exercícios gostosos e não desgastantes. Ajudam a pensar coisas sobre as coisas, das coisas que a gente faz, entenderam?

Enfim, quando decidir, descobrirão.



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