sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Como um céu estrelado...

Pessoas são, como estrels no céu. Somos para elas, como estrelas no céu.
Estamos tão longe e nosso brilho tácito de milhões de anos-luz,
pouco diz do nosso presente. Muitas vezes, já morremos e nossa luz continua a ir, por anos e anos-luz, além de nós. Somos, espectros.

Nosso significado, nosso presenti-mento na vida dos que nos rodeiam, está em ser mais do que estrelas que compõem a paisagem do céu. Está em sermos como a Lua, que reflete a luz solar, e inexoravelmene nos encanta, domina ao nosso céu e nos paralisa. Como a lua quando nasce dourada e nos arranca suspiros e lembranças, e vontades de mostra-la a mais alguém!
Como a Lua que sabe a hora de ser presença, cheia, inexoravel, inevitavel.
E mingua, e some, e volta, crescente, para se tornar cheia de vida, em nossas vidas, novamente.

Lua, como maré. Indispensável para a Terra.
Ser assim. Tornar o mundo do outro inexoravelmente diferente, sem a tua presença.
Que não é essencial não, mas que é danado de belo de se ver.

Que a Lua é para a Terra, tão encantadora como é pra nós.
E por mais que todas as estrelas do céu brilhem com brilham, como Vênus brilha pela manhã.
A Lua, implacavel, como um mundo inteiro, diverso e diferente, pálido e circular, se mostra cheia de orgulho no céu, se colocando, inexoravelmente.

Sobre as marés e os mares de nossas vidas.


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Um comentário:

Guido Santos disse...

É, fio, disse muita coisa esse texto, viu? ...