sábado, 8 de março de 2014

Areias...

Meu rosto arde, areia da praia, posso sentir vento do mar e seu gosto salino por toda parte;
Minhas vestes ensopadas, meus cortes ardidos...


Todos os músculos e ossos doem, ouço o mar a se quebrar contra rochas e contra si mesmo;
Devagar, abro meus cansados olhos para reconhecer velhas formas novas...

Me viro para vê-lo e os restos de madeira espalhados por todo lugar;
Não há vida nem destino, só eu ali, acordado, diante do mar;


Algo de hipnótico em seu som, algo que leve me surge;
Como os ventos que mudam de direção,
E as rochas que se derretem ao chocar continuo das ondas...


Por um instante, não mais que um instante,



sou apenas essa areia, essa rocha desfeita de vento, água e sal;


a ouvir, como um pequenino grão,


a melodia do Oceano;




[em silêncio]




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