domingo, 28 de dezembro de 2014

Alguns pensamentos sozinhos...

Perceber o vento, e o peso do corpo. Concentrar-se na respiração, é uma busca por focar a mente no presente. Não seria despertar presentificar a mente?

O esforço sem o anseio pelo resultado, o esforço mais difícil de ser realizado?

A espera pelo resultado, não é , de uma certa maneira, uma expectativa sobre as coisas incertas e impermanentes?

Pensamentos solitário me acompanham, tenho por algum tempo sido aluno-sem-professor. Por minha responsabilidade, evidentemente, desconfiado, meu pote tem muitas coisas, não está vazio...

Me atraem as coisas que são menos estruturadas, menos comprovadas, me atraí aquilo que não preocupa em se dizer verdade, e se afirmar a partir de provas.. Há para quem isso seja importante, e que bom. Porque imagino, que não é importante que saibamos de tudo e sejamos tão amplos e equilibrados, abarcar tudo em nós, é importante estar aberto à possibilidade da diferença, conviver bem com ela (e isso é com frequência bastante difícil).

Meu melhor exemplo é a escola. Muitas vezes me disseram, que minhas pretensões são utópicas, porque em qualquer meio em que eu possa vir a lecionar, a maioria dos outros professores não pensarão como eu... Antes, esse pensamento me assustava, me fazia sentir isolado e lutando contra algo muito maior... hoje eu acho bom...

Porque é a percepção da diferença, o que eu desejo comunicar... A existência de docentes e práticas do ensinar diferentes dentro de um mesmo meio, não é ruim, mas enriquecedora da experiência dos alunos, em termos da construção da percepção deles, de sua autonomia, sobre aquilo que desejam, aquilo que escolhem, aquilo que toleram...

E isso eu tomo para minha vida... de certa maneira... me afirmo dentro dos meus radicalismos e limitações... não pretendo abarcar tudo.

Me agrada o que se desfaz, o que não prende, a não verdade, a duvida...

O que mais me encantava no estudo da história, eram suas lacunas, mais do que suas palavras...

Diz muito...



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