sexta-feira, 6 de junho de 2008

Autoconsciência e a Semana Longa...

Definitivamente não curto muito essa parada de ficar doente...
(não é muito saudavel sabe?)
Bom, essa semana foi inevitavel, fiquei , desde domingo até ontem detonado por um começo de inflamação na garganta (e suspeito que tbm esteja gripando), passei a segunda e a terça "na cama", não diria de cama, porque eu, em minha inquietude ( e puxa vida, justificavel, eu esperava fazer qualquer coisa, menos ficar prostado na cama dormindo ¬¬) saia para perambular pela casa, sem ler nada, pq os olhos doiam demais, sem demorar demais pq o corpo doia demais, sem pensar muito pq a cabeça doia demais, e nossa, como doía esse negocio de pensar...
É bom ter pessoas por perto para puxarem minha orelha, prudentemente fui na UPA na terça, para pelo menos ter certeza do que tinha e começar a tomar medicação (ou as providências necessárias).

Mas não posso negar, tive oportunidade de me perceber no contexto e acho que a duas semanas eu estava "vivendo em terceira pessoa", como alguem passageiro, um "personagem secundario", aqueles PdMs de segunda categoria, como um taverneiro de uma das quinhentas tavernas que existem na capital do Reino, ou coisa parecida. Eu estava doente e vi como me relaciono com as pessoas através dessa óptica e notei, na fila da UPA , que a sutil diferença entre ser apenas um personagem secundario e um personagem principal de uma história, é um olhar, e nem precisa ser um olhar com os olhos...
Tive tempo para pensar sobre muitas das minhas questões, por mais que doesse (quase literalmente) foi bem útil.
Não posso fazer parte de um terceiro contexto, mas é preciso entender que entre as pessoas que conheço existem relações próprias delas, por mais obvio que esse raciocinio pareça eu acho importante falar um pouco sobre ele, as pessoas que eu conheço tem relações entre si, e eu não me torno alheio a isso porque isso existe, mas é necessário que isso exista, o que é dificil é se adaptar não tendo nenhum referencial. Porque apesar de entender bem o que é ficar sozinho, eu não sei "agir sozinho", não que não consiga fazer nada, mas tenho sérias restrições.
Diga-se de passagem , durante a vida toda sempre tive facilidade para estudar com os outros, e utilizava disso frequentemente para conseguir estudar, nem que fosse apenas da presença da pessoa e é obvio que o peso da obrigação de uma prova também empurrava (ainda que de um modo não tão positivo) aos estudos e agora, livre de qualquer obrigação exceto a para comigo mesmo meus estudos insistem em não fluir, ou fluirem "abaixo da média".
Mas uma coisa não posso negar, a vida me ensina muita coisa e como meu coração está muito perto da História, eu observo muito o que a vida me ensina da História.
E digo, que se passei segunda e terça deitado, numa cama refletindo sobre estas questões, ora furtando um pedaço de bolo de chocolate da geladeira ou (sim, eu me rebaixei a esse ponto) assistindo seção da tarde, a quarta feira de noite foi o divisor de águas da semana.
Um encontro um tanto inesperado, do qual tenho muito a dizer, mas é claro,
numa próxima oportunidade.
Abraços a todos

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