domingo, 29 de agosto de 2010

Ele tentou dizer que...

"Não, que nem era tanto assim."
Mas já tinha caído, ou melhor, pulado, e nem sabia.
Soube naquele sorriso leve, com um aceno quase invisivel, perdeu as palavras, esqueceu-se de tudo mais que não fosse aquilo. Teve por aquele breve instante consciência de onde estava, naquele sorriso.
Gosta de estar por perto, fitar o jeito que ela caminha, e a forma como articula suas palavras, quando está ansiosa, irritada, quando está cansada ou feliz, é que muitas vezes não sabe dizer o que a presença e os gestos dizem tantas vezes melhor. Já deveria ter aprendido com silêncios outrora, mas ainda é completamente novo nisso.
E ele se encanta porque há muito ele não a ouvia: A ouvia naqueles momentos onde a alma dela ficava ali, a flor da pele, ou até transbordar, e esbarrar nele assim de leve, como só ela sabe fazer.
E compartilhar daquele mundo tão fascinante, e compartilhar um pouco daquilo que são e os pedacinhos que ali vão se esbarrando e encontrando.
Está embriagado de felicidade, não consegue esquecer aquele sorriso, aquele jeito de falar, aquele brilho no olhar, não consegue esquece-la de modo algum.
Não quer. Se caiu ou pulou, tanto faz.
"Já tanto faz aonde chegaremos. É um prazer estar ao seu lado."



.

Nenhum comentário: