segunda-feira, 3 de março de 2008

Olhando no espelho.

Meu sono e meus sonhos se tornaram uma brincadeira. Durmo pouco e sonho muito, mas dos sonhos adormecidos, preferia os meus sonhos acordados. Não durmo bem, porque meus sonhos estão conturbados, não sei o que tem haver, mas é como se uma parte de mim ainda estivesse a absorver tudo o que está acontecendo e tentando se livrar do excesso de coisas absorvidas no passado, libertando-as. E esses sonhos, pseudo-pesadelos, eles pegam minhas ideias recentes, pegam fatos antigos, pegam meu medo do futuro, mastigam e tornam "realidade" , me atormentam com possibilidades tortuosas e por isso acordo. Chego a conclusão que acordar as 9 para seis, e não me pergunte por que a exatidão no horário, é melhor. E é a primeira vez que prefiro minha realidade aos sonhos noturnos, porque aqui meus problemas são reais, mensuraveis, possiveis de resolver, nos meus sonhos suas dimensões aumentam, estarei eu os tornando maior? Existe essa possibilidade, mas gostaria que não fosse.
Muitos desses sonhos tem haver com minha culpa, "minha cruz pesada". Fico me perguntando o que o "maquinador de sonhos" tem feito com os meus... ou aonde meu espírito tem ido quando adormeço. É um sonho ansioso, ele espera e cria resultados dessas esperas e da forma como um pessimista o faria, cria resultados infelizes. Por quê? Acho que deveria perguntar sobre "o que eu tenho feito nos meus sonhos?" faria, talvez, mais sentido.
Dizem que eh preciso refletir para desinternalizar essa cruz pesada. E aqui estou, a contar, o que uma parte de mim tem feito. Mas um fato relevante... é que eu não sou metade, sou inteiro e provavelmente não tenho sido ansioso somente nos sonhos, nem me culpado excessivamente somente neles. Mais complicado que enfrentar todos os absurdos que vejo, é enfrentar a mim mesmo, tirar de mim mesmo coisas que eu plantei a tanto tempo, colher meus furacões...Que idéia a minha de enterrar esses ventos.
E apesar deles estarem "bagunçando" bastante as coisas, eles estão equilibrando algo que há muito tempo precisava de equilibrio. Pesando o outro lado da balança.
Porque por mais paz que eu emanasse, estava em guerra dentro de mim. E agora, eu busco a paz e enfrento uma guerra por isso. Eu escolhi isso. É hora de superar o passado e parar de passa-lo, de me "queimar em minha própria chama", de me confrotar acordado ou dormindo.
E, não, não tenho feito isso sozinho.

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